Fábio Assunção lamenta fase difícil e comenta efeitos da dependência no corpo e na mente

O ator Fábio Assunção, de 54 anos, desabafou nesta quarta-feira (29) durante um bate-papo no podcast Tantos Tempos, que viu sua vida desmoronar aos 30 anos, logo depois de perceber que estava lutando contra a adicção – um tipo de vício ou dependência química

Reflexão sobre a vida

De acordo com o ator, as coisas começaram a desmoronar quando percebeu que estava enfrentando um excesso de trabalho acompanhado de uma grande pressão com as gravações aceleradas e o comprometimento total com o trabalho. Ele relatou que enfrentou um período de extremo cansaço e esgotamento, descrevendo a fase como um momento de pausa necessária para se renovar e buscar novas energias.


Fábio Assunção durante o podcast Tantos Tempos (Foto: reprodução/YouTube/TantosTemposPodcast)

Fábio ainda conta que ficou por quase 10 anos dentro de estúdios de filmagem e quando chegou aos 30 anos, percebeu que estava “velho”. Ele contou que precisou reaprender habilidades básicas, como andar, falar e reorganizar sua rotina.

O ator que já participou de grandes novelas da TV Globo como “Rei do Gado” (1996), “Celebridade” (2003), “Paraíso Tropical” (2007), “Totalmente Demais” (2015), também revela pontos importantes que precisou reavaliar sobre sua vida. Ele refletiu sobre a vida com otimismo, destacando que ela oferece constantes oportunidades de recomeço e de superação, permitindo ressignificar diferentes fases da existência e exercitar a liberdade de pensamento.

Ajuda e compreensão sobre o momento


Entrevista completa no podcast Tantos Tempos (Vídeo: reprodução/YouTube/TantosTemposPodcast)

Com tanta base vivida e situações adversas superadas, um novo entendimento sobre a jornada surgiu. Assim, o artista descreve como é importante entender e compreender a sua história com mais profundidade. “É bonito você entrar por um processo de adoecimento da sua alma, porque não é um produto que faz você ficar dependente, mas é o espaço que aquilo ocupa na sua vida”, lembra ao celebrar que a vida é uma transformação e que possui muitas portas para a saída. 

Assunção aproveita a entrevista para também enaltecer a família e agradecer a importância dela na vida dele, e o quanto isso fez diferença para ele durante esse processo de ensinamento, onde aprendeu a ressignificar o sentido da palavra “velho” e sobre não desistir.

Palmeiras encontra o que faltava em Flaco e Roque

No futebol, duplas de ataque inesquecíveis costumam surgir quando estilos diferentes se encontram em campo e se completam de forma quase instintiva. Foi assim com Careca e Muller no São Paulo dos anos 80, com Romário e Bebeto no tetra de 1994 e com tantos outros nomes que marcaram época. No Palmeiras de hoje, essa tradição parece ganhar novos capítulos com a união de Flaco López e Vitor Roque, responsáveis por redesenhar o cenário ofensivo do time.

Dois estilos que se encontram

prime explosão, mobilidade e intensidade, além de carregar consigo a coragem de partir para cima sem medo do choque físico. Essa combinação criou um ataque versátil: ao mesmo tempo em que López garante a finalização letal, Roque abre espaços, incomoda zagueiros e conecta o time do meio para frente.


Imagem de Flaco Lopez e Vitor Roque comemorando gol (foto:reprodução/x/@oficialsala12)

Quando começaram a atuar juntos, a expectativa era de que Roque apenas “servisse” para valorizar o desempenho de López. Mas o tempo mostrou outra história: a parceria não é de dependência, mas de reciprocidade. Hoje, um se fortalece com a presença do outro. O argentino se beneficia das diagonais abertas pelo brasileiro, enquanto Roque encontrou confiança no parceiro para arriscar e também se colocar como protagonista.

Estatísticas que contam a história

Os números recentes refletem essa evolução e em pouco mais de 12 jogos dividindo o ataque, a dupla participou da maior parte dos gols palmeirenses. O impacto é tão grande que, em vitórias marcantes como a sobre o Vasco, ambos tiveram protagonismo direto — López anotou dois gols e deu uma assistência, e Roque marcou o terceiro, selando a atuação.

Mais do que lances isolados, o que impressiona é a constância. Quando Flaco não aparece para finalizar, Roque surge como válvula de escape. Quando o brasileiro é bem marcado, López assume o papel decisivo. Uma engrenagem equilibrada que reduz a previsibilidade ofensiva do Palmeiras.

É impossível falar dessa sintonia sem citar o papel de Abel Ferreira. O treinador português sempre foi elogiado pela capacidade de reinventar o time diante de cenários adversos. Agora, ele parece ter encontrado um trunfo duplo: uma dupla de atacantes que não se anula, mas se fortalece em campo. Isso amplia o leque tático do Palmeiras, que passa a variar entre ataques posicionais e jogadas de velocidade, dependendo do adversário.

Reflexos na temporada

Com o entrosamento afiado, o Verdão ganhou fôlego no Brasileirão, encurtando a distância para os líderes e reassumindo o papel de candidato ao título. Além disso, a força ofensiva aumenta a confiança da equipe em duelos eliminatórios da Libertadores, onde cada detalhe pode ser determinante. Torcedores e críticos já enxergam em López e Roque uma arma capaz de definir confrontos pesados, seja contra rivais brasileiros ou sul-americanos.

As arquibancadas também sentiram a mudança. Cânticos em homenagem a Flaco e Roque já começam a ecoar no Allianz Parque, e a conexão emocional da torcida com a dupla cresce a cada rodada. No imaginário do palmeirense, a esperança de títulos passa diretamente pela sintonia dos dois atacantes, vistos como protagonistas de um time em reconstrução constante, mas que não perde a fome de conquistas.

Uma parceria com futuro

Se conseguirem manter o ritmo, Flaco López e Vitor Roque têm tudo para escrever seus nomes ao lado das grandes duplas da história alviverde. Mais do que estatísticas, eles entregam confiança, identidade e uma sensação rara no futebol: a de que, juntos, podem transformar o Palmeiras em um time ainda mais letal e competitivo.