María Corina Machado ganha Prêmio Nobel da Paz 2025

O Prêmio Nobel da Paz 2025 foi entregue para María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, nesta sexta-feira (10). A ganhadora foi reconhecida pela liderança e sua luta a favor da democracia e direitos humanos da Venezuela. Além disso, é recebido uma premiação em dinheiro de 11 milhões de coroas suecas (R$ 6,2 milhões na cotação atual). María se tornou a 20ª mulher a ganhar o Nobel.

A luta de María Corina

A líder da oposição está nessa luta desde as eleições no país, em 2024, onde ela havia contestado duramente os resultados que fizeram o atual presidente, Nicolás Maduro, ser reeleito, alegando que não houve transparência e que a vitória de Maduro nunca foi reconhecido na área internacional até hoje. Vale destacar que ela havia sido impedida de eleger naquele ano e sofre muita repressão do regime atual. Corina havia sido presa ano passado e vive escondida na Venezuela enquanto luta pelos direitos do povo venezuelano.


María Corina Machado discursando para o povo da Venezuela (Foto: reprodução/Jesus Vargas/Getty Images Embed)

Motivações por trás da escolha

A escolha atendeu critérios de efeito duradouro, alcance internacional e risco pessoal enfrentado pelo vencedor ou vencedora. Entre as justificativas estão avanços em processos de mediação entre partes rivais, participação na reconstrução pós-conflito e promoção de direitos humanos fundamentais, inclusive para grupos vulneráveis. O comitê pontuou que o prêmio também serve para inspirar outras iniciativas semelhantes no mundo inteiro.

Reações internacionais

A notícia foi saudada por governos, organizações humanitárias e especialistas em política internacional. Em países diretamente envolvidos nos contextos de atuação do laureado, houve manifestações de apoio e comemoração. Alguns críticos questionaram se a escolha é simbólica ou se terá respaldo político real para provocar mudanças concretas sobre o terreno.

O legado e os desafios

Receber o Nobel da Paz implica responsabilidade. A expectativa é que o ganhador use o prêmio como plataforma para ampliar sua voz global, garantir segurança às suas iniciativas e consolidar acordos que já mostram sinais de fragilidade. Ao mesmo tempo, haverá pressão para que os resultados tangíveis se confirmem nos próximos anos.

Nobel de Medicina 2025: quem são e o que descobriram os vencedores

Nesta segunda-feira (6), a organização do Prêmio Nobel anunciou os vencedores da categoria Fisiologia ou Medicina de 2025: Mary Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi. O trio de cientistas foi reconhecido por suas descobertas sobre a tolerância imunológica periférica — um avanço que abriu caminho para novos tratamentos contra o câncer e doenças autoimunes.

A escolha dos vencedores do Nobel de Medicina é feita pela Assembleia Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia. Além da medalha de ouro entregue pelo rei sueco, os laureados recebem um prêmio de 11 milhões de coroas suecas, equivalente a cerca de US$ 1,2 milhão.

Vencedores do Nobel 2025

A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre cada um dos cientistas que protagonizam essa conquista histórica.

  • Mary E. Brunkow, nascida em 1961, é doutora pela Universidade de Princeton e atua como Gerente Sênior de Programas no Instituto de Biologia de Sistemas, em Seattle. Com uma carreira marcada por inovação.
  • Shimon Sakaguchi nasceu em 1951, na cidade de Nagahama, Japão. Formado em Medicina pela Universidade de Kyoto, onde também concluiu seu doutorado e construiu uma carreira brilhante na área da imunologia, hoje ele é Professor Emérito na Universidade de Osaka, reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre o sistema imunológico.
  • Fred Ramsdell, nascido em Elmhurst, Illinois, em 1960, é doutor pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e atua como consultor científico na Sonoma Biotherapeutics, em San Francisco.

Imagem ilustrativa dos vencedores do prêmio Nobel de 2025 (Foto: reprodução/CNN/Niklas Elmehed)

Em 1995, Shimon Sakaguchi desafiou a ciência ao mostrar que a tolerância imunológica não depende só do timo. Ele revelou uma segunda defesa: as células T reguladoras, que agem como “guardas” do sistema imunológico, evitando ataques às próprias células.

A descoberta que fez história

A pesquisa premiada com o Nobel de Medicina 2025 revelou um mecanismo essencial para proteger o corpo de si mesmo: a tolerância imunológica periférica. Publicado na revista Nature, o estudo mostra como o sistema imunológico evita reações perigosas contra células saudáveis, graças à ação das células T reguladoras, verdadeiras “guardiãs” que mantêm o equilíbrio entre defesa e autodestruição.

Segundo Marie Wahren-Herlenius, professora de reumatologia do Instituto Karolinska, o Nobel de Medicina 2025 destaca como o corpo consegue equilibrar a defesa contra micróbios sem desencadear doenças autoimunes — um verdadeiro controle de precisão do sistema imunológico.