Anitta brilha no LE DÉFILÉ em Paris

A cantora Anitta marcou presença no Le Défilé, em Paris, evento promovido por L’Oréal Paris que marca a abertura oficial da Semana de Moda da capital francesa. Convidada especial do desfile global da marca, a artista foi atração musical da noite, brilhando ao desfilar e performar dois de seus maiores sucessos, Girl From Rio e Envolver, em uma apresentação que uniu moda e música na passarela. Esta foi a segunda vez que Anitta participou do evento, consolidando ainda mais sua presença no circuito internacional de moda.

Para a ocasião, Anitta, embaixadora de L´Oréal Paris, vestiu uma criação exclusiva da marca brasileira Artemisi, desenvolvida especialmente para o evento. A escolha reforça a força da moda nacional em um dos palcos mais prestigiados do mundo.

“Participar novamente do Le Défilé, de L´Oréal Paris, é uma honra enorme. Estar aqui hoje simboliza a voz e a força de todas as mulheres e celebra o empoderamento feminino em um cenário global”, declarou Anitta.

A presença da estrela brasileira no Le Défilé reforça seu nome como referência mundial, transitando entre a música e a moda com a mesma potência que a transformou em um dos maiores nomes da cena pop internacional.

Anitta fala sobre sua fase atual: ‘Minha vida está mais feliz’

Em entrevista concedida à Quem momentos antes de sua apresentação no Le Défilé, de L’Oreal Paris, Anitta revelou que a nova fase de sua vida vai muito bem e fez comparações com o momento anterior: “Sempre muito estressada e pressionada e hoje em dia estou mais relaxada, está tudo bem para mim”, falou. A cantora se apresenta nesta segunda-feira (29) no evento que abre a Semana de Moda em Paris.

A nova fase

Durante a conversa, Anitta falou sobre como está sendo este momento mais suave de sua vida e de como isso reflete no seu dia a dia.

Segundo ela, as viagens, os passeios e os momentos com a família estão sendo mais proveitosos. Já na vida profissional, está conseguindo fazer coisas diferentes nas criações das músicas, por exemplo, coisas estas que ela acreditava não serem possíveis. “Por exemplo, se você for ao meu quarto de hotel agora, montei uma gambiarrazinha com computador e microfone. Liguei o equipamento e fiquei gravando as músicas, produzindo. Trabalho com mais relaxamento, mais prazer. Essa é a maior diferença”, falou.

Anitta também falou sobre seu relacionamento com Ian Bartolanza, empresário catarinense. “A primeira vez que parei um pouco de trabalhar tanto, já engatei um namoro que está durando. É um recorde!”, comentou.

De acordo com ela, durante sua trajetória foi entendendo que diversas coisas na vida são sobre as prioridades que podemos dar e que até então não tinha estado em um relacionamento duradouro justamente pela falta de tempo.

Para ela, a diferença entre o atual relacionamento e os anteriores tem a ver mesmo com tempo e dedicação porque quando está trabalhando muito fica extremamente focada e não sobra energia para distribuir em outras áreas da vida e neste momento sua escolha é conseguir doar essa energia para outros campos.

Desta vez, Ian não pode acompanha-la em Paris por motivos de trabalho, mas já já irão se encontrar, relatou.

Apresentação no Le Défilé

Em oito anos de evento, Anitta será a única cantora a se apresentar ao vivo. Para ocasião ela usará um traje exclusivo da paulistana Artemisi.

Presente no evento pela segunda vez, mas dessa vez como atração, a cantora confessou que fica nervosa quando faz algo pela primeira vez. “É algo muito grande, é um acontecimento na cidade”, pontuou.


Anitta vestida para o Le Défilé (Vídeo: reprodução/youtube/@caiohenrique98)

Anitta confessou que não faz uma preparação especial para momentos como esse e que gosta mesmo de deixar a adrenalina e o nervosismo serem o combustível para sua apresentação. “Nunca ensaio para nada, nunca me preparo. Eu só vou”, falou.

Sobre Paris, a cantora diz achar a cidade legal, mas não iria se não fosse a trabalho ou pela moda. Ela já esteve em outras regiões da França em momentos de férias, porém sua personalidade não é muito de gostar de lugares muito cheios e badalados.

Carreira

Para 2026, ela promete um álbum bem legal e diferente. “O povo vai gostar bastante, é um álbum que vai surpreender”, contou.

Após passar alguns anos morando fora do Brasil, Anitta retornou de vez ao país. De acordo com ela, morar fora foi uma fase muito importante que mudou sua vida definitivamente, porém agora está mais feliz, mais suave. As músicas serão lançadas para os Ensaios da Anitta 2026.

Rayssa Leal competirá em Paris na próxima etapa da SLS

Um dos maiores nomes do esporte brasileiro atual, Rayssa Leal, a “fadinha”, é a atual líder do campeonato da Street League Skateboarding (SLS) e busca manter sua hegemonia e a liderança no ranking mundial, na etapa de Paris, onde foi segunda colocada na temporada de 2024.

Etapa em Roland Garros e classificação das brasileiras

No dia 11 de outubro, pela primeira vez na história, o famoso e tradicional complexo, Stade Roland Garros, palco de um dos quatro Grand Slams de tênis que coroou Guga com três títulos, receberá uma etapa do circuito mundial de skate. Essa será a segunda etapa no formato clássico, após uma sequência de três seguidas no novo formato, chamado “takeover”.

No ranking mundial atual, a brasileira lidera na classificatória arena, referente ao formato clássico, já que venceu a primeira etapa do ano, que ocorreu em Miami, sendo a única brasileira entre as dez primeiras colocadas. Já no formato takeover, Rayssa ocupa a segunda colocação, ficando atrás apenas da australiana, Chloe Covell. Neste ranking, o Brasil também conta com a Gabi Mazetto (4º), Duda Ribeiro (7º) e Isabelly Avila (9º).


Rayssa Leal conquistou esse ano a etapa de Brasília em julho (Foto: reprodução/Instagram/rayssalealsk8)

Próxima etapa e classificadas ao Super Crown

Após a etapa de Paris, só restará a etapa de Las Vegas para definir quais atletas terão a oportunidade de disputar o Super Crown de 2025 e consequentemente o título mundial. Serão classificadas seis atletas na categoria arena e mais quatro da categoria takeover. Caso a mesma skatista esteja nas duas categorias, a vaga ficará com a mais bem colocada fora do ranking.


Rayssa Leal com o troféu do tricampeonato da Super Crown em 2024 (Foto: reprodução/Instagram/rayssalealsk8)

Caso a temporada se encerrasse hoje, o Brasil contaria com Rayssa e Gabi Mazetto através do ranking, e também com a Duda Ribeiro, com as regras da vaga herdada. Lembrando também que a maranhense é a atual tricampeã mundial da SLS, tendo vencido o Super Crown em 2022, 2023 e 2024, com todos os títulos sendo disputados no Brasil. Em 2025, São Paulo receberá novamente a decisão, com as datas anunciadas para 6 e 7 de dezembro.

Dior na nova era: como os festivais de cinema revelam a visão de Jonathan Anderson

Às vésperas da aguardada estreia da coleção feminina da Dior, marcada para 1º de outubro em Paris, Jonathan Anderson vem dando sinais claros de sua proposta estética para a maison. O estilista norte-irlandês, responsável por revitalizar a Loewe e por conduzir sua própria marca, JW Anderson, assumiu recentemente a missão histórica de comandar todas as frentes criativas da grife francesa. Com isso, os festivais de cinema de Veneza e Toronto se tornaram a vitrine ideal para seus primeiros movimentos no womenswear da casa.

Os primeiros gestos de Anderson

Em Veneza, nomes como Alba Rohrwacher, Greta Lee, Mia Goth e Monica Barbaro cruzaram o tapete vermelho vestindo criações da Dior sob medida, assinadas pelo novo diretor criativo.

Alba Rohrwacher foi responsável por dois momentos emblemáticos. Pela manhã, surgiu com uma regata plissada amarela adornada por laço de seda, que esbanjava simplicidade e minimalismo. Já à noite, a atriz italiana roubou os flashes com o primeiro vestido de alta-costura feminino da nova era: um azul profundo, inspirado nas silhuetas do século XVIII. O destaque ficou para a releitura moderna do pannier, estrutura que dá volume aos quadris, agora traduzida em linhas arquitetônicas.


Alba Rohrwacher (Foto: reprodução/Stefania D'Alessandro/Getty Images Embed)

Estrelas e interpretações distintas

A atriz Mia Goth, por sua vez, apostou em um vestido marrom de costas abertas, com drapeados e laço dramático. A peça traduz a mistura entre referências históricas e um frescor contemporâneo que parece nortear Anderson. 


Mia Goth (Foto:reprodução/JB Lacroix/Getty Images Embed)

A atriz norte-americana Greta Lee trouxe duas interpretações do clássico tailleur: uma versão minimalista em branco total e outra mais próxima da original de 1947, com casaco de cintura marcada e saia na altura do tornozelo.


Greta Lee (Foto: reprodução/Kate Green/Getty Images Embed)

No Festival de Toronto, a aposta recaiu sobre Anya Taylor-Joy. A atriz brilhou em um vestido de seda azul bebê, sem mangas, com decote alto e saia volumosa adornada por pregas. Com joias Tiffany & Co. e styling de Law Roach, o visual evocou uma estética de “Cinderela moderna”, confirmando a habilidade de Anderson em dialogar com diferentes referências sem perder a atitude.


Anya Taylor-Joy (Foto: reprodução/Matt Winkelmeyer/Getty Images Embed)

O que esperar em Paris

Seja no volume arquitetônico de Rohrwacher, na elegância contida de Greta Lee ou na ousadia quase teatral de Mia Goth, os primeiros gestos de Jonathan Anderson à frente da Dior sugerem um caminho pautado pelo diálogo entre o vintage e o contemporâneo. 

O estilista sinaliza que sua estreia em Paris promete ser um dos desfiles mais comentados do ano e um momento capaz de redefinir a narrativa da maison e consolidar uma nova era para a moda feminina da Dior.

Rebeca Andrade explica por que quase se aposentou após Paris 2024

A campeã olímpica Rebeca Andrade revelou que cogitou encerrar a carreira logo após os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A declaração foi feita durante participação na série especial “Legado de Paris”, produzida pelo Lance!

Conforme a ginasta, a decisão foi considerada porque, naquele momento, ela sentia ter alcançado todos os objetivos que havia traçado no esporte. Em Paris, Rebeca conquistou mais um capítulo de sua trajetória histórica, subindo ao pódio em provas individuais e ajudando a seleção brasileira feminina a alcançar resultados expressivos na disputa por equipes.

Conversa decisiva

O momento de dúvida foi superado após uma conversa com o técnico Francisco Porath, o Chico. Segundo Rebeca, o treinador a incentivou a reavaliar os próximos passos e mostrou que ainda havia espaço para novas metas, dentro e fora das competições. Essa troca de ideias foi fundamental para que ela optasse por permanecer ativa no alto rendimento.

Além da motivação esportiva, Rebeca também citou a importância de servir de inspiração para novos talentos e de representar o Brasil em competições futuras. Ela nos últimos anos tem sido de grande inspiração para muitas pessoas e ajudando na popularização do esporte pelo país, servindo de exemplo para milhares de meninas seguirem os passos dela e começando a praticar, com o sonho de chegar aonde ela está.


Rebeca Andrade em vitoria brasileira em Paris (Foto: reprodução/x/@geglobo)

Histórico e próximos desafios

Rebeca Andrade é considerada uma das maiores ginastas brasileiras de todos os tempos. Medalhista de ouro no salto nos Jogos de Tóquio 2020, ela já conquistou múltiplas medalhas em Mundiais e competições internacionais. Sua trajetória inclui a superação de lesões graves e um retorno marcante ao mais alto nível da ginástica artística.

Com a permanência confirmada no esporte, Rebeca e a comissão técnica projetam os próximos ciclos de treinamento, visando competições internacionais e a preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

Lorde resgata estética normcore durante semana de alta-costura em Paris

A Semana de Alta-Costura de Paris, que aconteceu de 7 a 10 de julho, teve a presença marcante da cantora Lorde. Conhecida por seu estilo normcore descontraído, a artista, que acaba de lançar seu álbum “Virgin“, aproveitou a oportunidade para exibir a evolução de sua imagem.

Aparições em desfiles reforçam Lorde como novo ícone da moda

Suas aparições nos desfiles da Chanel e Balenciaga solidificam seu novo status como ícone de moda, que combina a sofisticação da alta-costura com sua estética autêntica e experimental.


Lorde comparece ao desfile de Alta-Costura Outono/Inverno 2025/2026 da Chanel em Paris, França (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Stephane Cardinale/Pascal Le Segretain/Getty Images Embed)

Estreia em grande estilo

O primeiro desfile de alta-costura de Lorde foi o da Chanel, em 8 de julho. Sentada na primeira fila, ao lado de nomes como Naomi Campbell, Penélope Cruz e a amiga Gracie Abrams, a cantora optou por um clássico mini vestido preto de tweed com mangas três quartos e saia levemente evasê. O que transformou o look foram os acessórios: um bracelete usado por cima da roupa, um colar com design que imitava penas de pássaro, uma tornozeleira estilosa e sapatos de bico fino, alinhados à tendência dos “shoe charms”, adornados com pequenos penduricalhos. Completando o visual, óculos de sol com armação tartaruga e um penteado meio preso, meio solto, com ondas naturais. A escolha equilibra a feminilidade clássica da Chanel com a estética andrógina e despojada de Lorde.


Lorde usa vestido transparente na Balenciaga durante a Alta-Costura Outono/Inverno 2025/2026 em Paris (Foto: reprodução/Vani Bassetti/Edward Berthelot/Valentina Frugiuele/Christian Vierig/Getty Images Embed)

Transparência e um toque de rebeldia

Em contraste com a sobriedade da Chanel, para o desfile da Balenciaga em 9 de julho, Lorde apostou em um look ousado, combinando um vestido longo e totalmente transparente, feito de cota de malha brilhante, usado por cima de jeans rasgados e finalizado com um cinto preto. Ela usou fita isolante preta para cobrir os mamilos, uma referência a looks anteriores e à campanha de seu novo single. Esse visual misturou glamour e rebeldia alinhada com sua fase mais experimental e confiante pós-lançamento de “Virgin”. A participação de Lorde na Semana de Alta-Costura de Paris 2025 foi uma declaração de sua evolução artística e pessoal.

Alta-costura destaca preto e volumes nas tendências do outono/inverno 2025

Desfiles de luxo em Paris revelaram que ombros marcantes, chapéus imponentes e caudas dramáticas dominarão a estação. A Semana de Alta-Costura de Paris mostrou um inverno 2025/26 marcado por peças de forte impacto visual, silhuetas teatrais e detalhes conceituais que prometem ecoar além das passarelas.

Com a ausência de grandes nomes como Dior, outras maisons tradicionais e designers em ascensão dominaram os holofotes com coleções exuberantes e experimentais. Entre as propostas que se destacaram estão ombros volumosos, caudas imponentes, chapéus exagerados, estrutura nos quadris e a supremacia do preto.

O luxo, como sempre, esteve presente em cada costura, mas desta vez acompanhado de toques inesperados e narrativas visuais ousadas.

5 tendências que dominaram os desfiles de alta-costura 

1. Ombros marcantes

Volumes nos ombros chamaram atenção em peças de Rahul Mishra, Balenciaga e Schiaparelli. A estética dramática ganhou novas interpretações com babados, estruturas arquitetônicas e até mesmo toques surrealistas.


Ombros estruturados e dramáticos dominam os looks da Balenciaga (Foto: reprodução/GettyImagesEmbed/StephaneRolland)

2. Caudas exageradas
Apesar da recente polêmica com caudas longas em tapetes vermelhos, marcas como Georges Hobeika e Robert Wun mantiveram o glamour com peças que arrastam pelo chão e exalam imponência.


Vestidos com caudas longas roubam a cena mesmo com a polêmica em desfile (Foto: reprodução/GettyImagesEmbed/PeterWhite)

3. Quadris estruturados
A silhueta com foco no quadril apareceu com força. Vestidos com cintura marcada e saias armadas resgataram inspirações dos anos 1950 e de épocas ainda mais antigas.


Silhuetas acinturadas e saias volumosas trazem o glamour dos anos 1950 de volta às passarelas (Foto: reprodução/GettyImagesEmbed/KristySparow)

4. Chapéus amplos
Os acessórios voltaram ao protagonismo: chapéus com abas largas e formatos diagonais, como os fascinators ingleses, surgiram em coleções como RVDK e Viktor & Rolf.


Chapéus com abas largas e formas ousadas na temporada (Foto: reprodução/GettyImagesEmbed/Dominique Maitre)

5. Preto absoluto
Looks monocromáticos em preto dominaram a maioria das coleções. Giorgio Armani Privé, Chanel e Ashi Studio apostam na elegância atemporal da cor, criando composições sofisticadas e impactantes.Looks all-black mostram que o preto segue sendo sinônimo de sofisticação

Looks all-black mostram que o preto segue sendo sinônimo de sofisticação na alta-costura (Foto: reprodução/GettyImagesEmbed/PedroPascal)

Estilo com narrativa: horror, cinema e provocação ganham espaço

Além das tendências visuais, a coleção de Robert Wun se destacou ao trazer elementos que dialogam com o cinema de horror. Vestidos com manchas simulando sangue e texturas sombrias provocaram reações intensas, mostrando como a moda pode ser ferramenta de expressão artística profunda.

O futuro da alta-costura se mostra fiel à tradição, mas também é aberto à experimentação. O outono/inverno 2025/26 deixa claro que, mesmo com um público seleto e exclusivo, ainda há espaço para provocar, emocionar e reinventar com agulha, linha e muita imaginação.

Ju Ferraz estreia na semana de alta-costura em Paris ao lado de grandes nomes da moda internacional

A empresária e influenciadora Ju Ferraz marcou presença pela primeira vez na prestigiada Semana de Alta Costura de Paris, um dos eventos mais exclusivos e influentes do calendário da moda internacional. Conhecida por seu olhar apurado e crescente relevância no cenário fashion brasileiro, Ju escolheu a capital francesa como palco para dar um novo passo em sua conexão com a moda global.

Entre os destaques de sua agenda, o primeiro compromisso foi o desfile do estilista sírio Rami Al Ali, nesta quinta-feira (10) celebrado por sua estética refinada, que combina técnicas artesanais do Oriente Médio com a elegância clássica europeia. Ela também foi uma das convidadas do desfile do estilista suíço Kevin Germanier, também nesta quinta-feira (10) conhecido por seu trabalho autoral de estética futurista e foco na sustentabilidade.

Nesta coleção, Germanier voltou a colaborar com o brasileiro Gustavo Silvestre, referência nacional em práticas conscientes e no uso do crochê como expressão contemporânea de moda. Para ambos os eventos, a influenciadora escolheu a tradicional maison francesa Balmain. No desfile de Rami Al Ali, Ju escolheu um vestido preto de mangas longas com decote estruturado em off-white e fenda frontal, que valoriza a silhueta e confere elegância ao look.


Ju Ferraz (Foto: reprodução/@higorblanco)

Já para Germanier, apostou em um clássico da grife francesa: um conjunto de alfaiataria composto por blazer estruturado com botões dourados e calça de corte reto, uma assinatura atemporal da maison.

Além de marcar presença nos desfiles de Haute Couture, Ju Ferraz foi uma das convidadas para a apresentação exclusiva da Boucheron, nesta sexta-feira (11), joalheria histórica fundada em 1858, reconhecida por ter sido a primeira a se instalar na emblemática Place Vendôme, epicentro do luxo parisiense.

“Foi incrível acompanhar os desfiles de alta-costura em Paris. O do Rami Al Ali me encantou com a sofisticação e os detalhes impecáveis. Já o da Germanier foi um show de criatividade: lúdico, colorido, cheio de brilho e textura. Me emocionei muito em saber da colaboração com o estilista brasileiro Gustavo silvestre. Ver o Brasil representado assim é um orgulho! Estar aqui me fez sentir, mais do que nunca, como a moda realmente não tem fronteiras.”

Ficha técnica look desfile Rami Al Ali

Vestido: Balmain @balmain

Joias: Diamond Design + Tiffany & Co @diamonddesign_  @tiffanyandco

Sapato: YSL para Acervo A @ysl @acervo.a

Óculos: Loewe @loewe

Styling: Dinho Netto @dinhonetto

Beleza: Thaís Damasio @thaisdamasiomakeup

Foto: Higor Blanco @higorblanco

Ficha técnica look desfile Germanier

Look: Balmain @balmain

Bolsa: Jacquemus @jacquemus

Brinco: Schiaparelli @schiaparelli

Sapato: Valentino @maisonvalentino

Óculos Celine @celine

Styling: Dinho Netto @dinhonetto

Beleza: Thaís Damasio @thaisdamasiomakeup

Foto: Higor Blanco @higorblanco

Alta-costura em Paris ganha carga teatral com desfile performático de Robert Wun

O terceiro dia da temporada de alta-costura outono-inverno 2025/26, em Paris, nesta quarta-feira (9), foi marcado por viradas históricas. Glenn Martens fez sua estreia aguardada à frente da Maison Margiela, enquanto Demna apresentou sua última coleção para a Balenciaga. Mas, mesmo com expectativas voltadas a essas grandes casas, foi o estilista Robert Wun quem surpreendeu com um desfile performático, cinematográfico e carregado de teatralidade.

No salão, o runway escuro foi pontuado por spots direcionais que acentuaram o contraste entre sombra e luz, realçando cada contorno escultórico. As criações exploraram drapeados metálicos e recortes geométricos, combinados a volumes arquitetônicos que projetavam aos modelos como formas cinéticas em movimento.

A dramaticidade ganhou novos contornos com acessórios imponentes: arcos metálicos e headpieces com penas eretas, em tons de vermelho e preto, integrados ao styling capilar. Extensões trançadas também deram continuidade às linhas dos vestidos, reforçando o diálogo entre corpo e estrutura, que faz parte do estilo de Wun. 


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

Moda como ilusão: O horror performático de Robert Wun

A coleção apresentada por Wun levou ao extremo a mistura entre moda e arte. As roupas ganharam contornos de personagens sombrios, com véus dramáticos, volumes exagerados e aplicações, que criavam ilusões ópticas impressionantes.


 Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

A inspiração performática lembrou o estilo provocativo de Viktor & Rolf, mas com a identidade própria de Wun: suas silhuetas esculturais e atmosferas intensas transformaram a passarela em um verdadeiro espetáculo visual.

As modelos cruzavam a passarela sob focos de luz, revelando silhuetas esculturais que mesclavam técnica e teatralidade. Um vestido metálico carregava um véu de miçangas carmesim, escorrendo pelos ombros, como se fosse sangue seco, enquanto outra criação trazia a modelo arrastando um manequim monocromático, sugerindo uma presença obsessiva. 


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

Além disso, chapéus perfurados projetavam delicados jogos de luz sobre peças em tons claros, e sob decotes profundos estruturas internas com volumes arquitetônicos. Tules translúcidos e recortes geométricos brincavam com transparências e sombras, e cada passo preciso transformava o desfile numa instalação de arte em movimento.


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

Mudanças nas grandes maisons e a força de novos nomes

Enquanto Robert Wun consolidava sua linguagem autoral, a alta-costura também vivia um momento de transição. Glenn Martens assumiu a direção criativa da Margiela após o legado de John Galliano, enquanto Demna se despedia da Balenciaga após uma era marcada por rupturas estéticas.


Haute Couture Fall/Winter 2025/2026 (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)

A ausência de nomes tradicionais como Dior e Valentino nesta edição também contribuiu para que vozes emergentes como Wun ganhassem mais espaço e atenção.

Robert Wun e o novo futuro da alta-costura

Nascido em Hong Kong, e radicado em Londres, Robert Wun estreou na couture em 2023 e, desde então, tem atraído olhares com suas criações intensas, quase cinematográficas. No desfile desta quarta-feira (9), ele consolidou seu talento como contador de histórias por meio do vestuário com emoção e potência visual.


Robert Wun (Foto: reprodução/Richard Bord/Getty Images Embed)


Em um dia marcado por despedidas e estreias, ele provou que a alta-costura pode ser também um território de risco criativo. E, talvez por isso, seja mais necessário do que nunca.

Demna Gvasalia se despede da Balenciaga com desfile memorável

A moda presenciou um momento histórico nesta quarta-feira (9), durante a Semana de Alta-Costura de Paris, com a despedida de Demna Gvasalia da direção criativa da Balenciaga. O estilista georgiano apresentou sua 54ª e última coleção de alta-costura, marcando o fim de uma era de dez anos que influenciou profundamente a estética contemporânea.

O desfile culminou em sua primeira aparição pública ao final de um desfile da marca, um gesto de adeus carregado de emoção antes de sua transição para a Gucci.


Dolly Parton usa vestido branco emplumado e joias da Lorraine Schwartz no desfile de despedida de Demna da Balenciaga  (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)

Casting que quebrou regras e marcou época

Demna Gvasalia é reconhecido por sua revolução no casting, uma prática que ele iniciou na Vetements em 2014 e amplificou na Balenciaga. Sua visão busca personalidades, idades e tipos físicos diversos para suas passarelas. Kim Kardashian desfilou com um slip dress e casaco de plumas, evocando um glamour hollywoodiano.


 Kim Kardashian desfila com slip dress e casaco de plumas (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguemagazine)

A lendária Naomi Campbell trouxe sua elegância atemporal, enquanto a atriz francesa Isabelle Huppert e a supermodelo Eva Herzigova adicionaram sofisticação ao elenco. Eliza Douglas, musa de longa data de Demna, abriu seu primeiro desfile para a Balenciaga em 2016 e fechou o último, com um vestido de renda branca. Completando a diversidade, Lola Dragoness von Flame, figura proeminente no cenário queer parisiense, e Linda Honeyman marcaram presença.


A modelo Naomi Campbell (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguemagazine)

A coleção de despedida

Na coleção de outono/inverno, composta por 39 looks, o estilista combinou sua provocação estética característica com um profundo respeito pela herança de Cristóbal Balenciaga. Silhuetas apresentaram, ombros exagerados, quadris acolchoados e golas teatrais, marcas que redefiniram o volume e a forma na moda contemporânea.


A modelo Eliza Douglas abriu o primeiro desfile de Demna para a Balenciaga em 2016 e fechou o último (Foto: reprodução/Instagram/@balenciaga)

Corsets foram redesenhados para o conforto, criando a icônica silhueta de ampulheta sem sacrificar a mobilidade. Um destaque inovador foram os nove ternos “one-size-fits-all”, criados com ateliês napolitanos e modelados inicialmente em um fisiculturista para depois se adaptar a corpos diversos, invertendo a lógica tradicional da alfaiataria.


Ternos "one-size-fits-all" modelados no corpo de um fisiculturista para se adaptar a corpos diversos (Vídeo: reprodução/X/@OhhVeryGood)

Demna na Gucci e o futuro da Balenciaga

Demna manteve sua influência e transformou como as pessoas se vestem, popularizando silhuetas oversized e elevando o “feio” a um patamar de desejo. Na Balenciaga, popularizou itens como os tênis Triple S e bolsas inspiradas em objetos cotidianos, ao mesmo tempo, em que misturava streetwear com alta-costura de forma inédita. Sua habilidade em questionar noções de luxo e integrar críticas sociais em seus desfiles, como o cenário de lama, solidificou seu status de visionário. Sua forte conexão com celebridades, como Kim Kardashian, Cardi B, e Charli XCX, ampliou o alcance da Balenciaga para novas gerações.


Demna Gvasalia faz aparição única ao final de um desfile (Vídeo: reprodução/X/@LaModeUnknown)

Demna assume a direção criativa da Gucci a partir de 10 de julho, prometendo continuar sua abordagem iconoclasta. A Balenciaga, por sua vez, será comandada por Pierpaolo Piccioli, ex-Valentino, que terá a desafiadora tarefa de seguir os passos de um estilista que deixou grande marca na história da moda.