Laudo confirma abcesso cerebral como causa da morte de Millena Brandão

Um laudo da Polícia Técnica-Científica de São Paulo revelou um abcesso cerebral como causador da morte de Millena Brandão, atriz mirim de 11 anos que faleceu no início de maio. Segundo informações da CNN, que teve acesso ao documento da polícia, a perícia não aponta como a atriz desenvolveu a enfermidade.

Abcesso cerebral e morte da atriz

A doença informada no laudo como responsável pela morte de Millena se trata de uma infecção na região do cérebro que pode gerar pus. Alguns dos sintomas iniciais desta infecção são dores na cabeça e febre intermitente, uma febre que vai e vem. De acordo com o depoimento do pai da atriz, Luiz Rodrigo Brandão, a menina apresentava, além das dores de cabeças, dores nas pernas e cansaço extremo.

Após um desmaio, Millena foi levada ao UPA Maria Antonieta em São Paulo, onde a atriz foi diagnosticada com infecção urinária. Horas depois da entrada na unidade médica, a atriz teve um infarto e precisou ser transferida para o Hospital Geral do Grajaú, na Zona Sul da cidade, onde através de exames foi identificado uma mancha no cérebro da menina.


Exame que aponta uma mancha, tumor no cérebro (Foto: reprodução/Boston Globe/Getty Images Embed)

Em estado grave, Millena foi entubada e após mais algumas paradas cardíacas e, segundo o pai da menina, falta de neurologistas, a atriz não resistiu e veio a óbito na tarde de sexta, o2 de maio, por morte cerebral, dano irreversível na região cerebral. As secretarias do Município e do Estado de São Paulo investigam se ocorreu erro ou negligência no atendimento a Millena e caso alguma falha seja descoberta, o advogado da família da atriz declarou que pode recorrer à justiça.

Sobre Millena Brandão

Millena Brandão era uma atriz mirim de 11 anos que participou como figurante nas novelas infanto-juvenis do SBT “A Infância de Romeu e Julieta” ; “A Caverna Encantada” e também esteve na série bem sucedida da Netflix, “Sintonia”.


Millena Brandão no SBT (Foto: reprodução/Instagram/@nanarude)

A atriz também fazia trabalhos como modelo e como criadora de conteúdo em suas redes, onde possuía mais de 100 mil seguidores. Antes de sua internação, a menina buscava entrar no mundo do teatro musical e era integrante da Cia Artítica Em’Cena.

Lula emite comunicado sobre morte de brasileira na Indonésia

A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, na Indonésia, gerou uma onda de comoção no Brasil e levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a se manifestar. Lula afirmou que recebeu “com muita tristeza” a notícia de que Juliana foi encontrada sem vida na manhã desta terça (24), após passar quatro dias desaparecida em um penhasco no Monte Rinjani, um vulcão ativo na ilha de Lombok.



Presidente Lula manifesta condolências à Juliana Marins e família (Reprodução: X/@ErikakHilton)

Acidente de Juliana e seus desdobramentos

Nascida em Niterói, formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e atuante como dançarina de pole dance, Juliana estava em uma viagem pela Ásia e realizava uma trilha guiada no Monte Rinjani, vulcão ainda ativo que se eleva a 3.721 metros de altitude e ao seu redor tem um lago, um destino popular entre aventureiros.

Na madrugada de sábado (21) a jovem se desequilibrou e caiu em uma área de difícil acesso, a centenas de metros da borda da cratera. Testemunhas relataram que, após a queda, Juliana ainda apresentava sinais de vida, conseguindo mover os braços e olhar para cima, tendo ainda registrado a cena em vídeo de drone. A notícia do acidente chegou à família no Brasil cerca de três horas depois do ocorrido.

As operações de busca e salvamento enfrentaram desafios, incluindo o terreno acidentado, as condições climáticas adversas com neblina intensa e quedas bruscas de temperatura, além da falta de equipamentos adequados.

Durante os quatro dias de buscas, a família de Juliana viveu momentos de angústia e expectativa, acompanhando o caso à distância e mobilizando esforços para pressionar as autoridades indonésias a intensificarem o resgate.

As reclamações da família e as suspeitas de negligência



Deputada Federal Erika Hilton (PSOL) denuncia negligência do Estado indonésio (Reprodução: X/@ErikakHilton)

Desde o início das buscas, a família de Juliana Marins tem levantado sérias questões sobre a condução do resgate, apontando indícios de negligência por parte das autoridades indonésias e do guia turístico.

Logo no início das operações de resgate, começaram a surgir relatos e vídeos que afirmavam que ela já havia sido localizada e, inclusive, que havia recebido água, alimentos e agasalhos. A irmã de Juliana, Mariana, precisou vir a público diversas vezes para corrigir as informações, esclarecendo que as equipes de resgate ainda não haviam conseguido chegar até ela, e chegou a relatar que até mesmo vídeos “forjados” foram enviados à família, aumentando a confusão e a dor.

Outro ponto levantado foi a falta de equipamentos adequados, com relatos da irmã de Juliana, Mariana, indicando que as cordas utilizadas nas tentativas de resgate não eram longas o suficiente para alcançar a jovem. Além disso, surgiram contradições nos relatos sobre a atuação do guia, com a família afirmando que ele teria sugerido que Juliana “descansasse” e seguisse viagem, versão negada pelo profissional.

Advogados e juristas apontam que pode haver responsabilidade do Estado indonésio e da agência de turismo/guia local. Em situações semelhantes, no Brasil, prestadores de serviço teriam uma “responsabilização enorme”. Para que o Estado brasileiro atue formalmente, é necessário esgotar os recursos internos na Indonésia e fazer uma solicitação formal.