Sagrado Feminino guia desfile da SAU e celebra a força ancestral no beachwear do Verão 2026

Com o nascer do sol como inspiração e o corpo como território sagrado, a SAU Swim abriu o quinto dia da São Paulo Fashion Week com uma coleção que é, ao mesmo tempo, manifesto e celebração. Intitulada “Sagrado Feminino”, a coleção Verão 2026, assinada por Yasmim Nobre, traz à passarela uma releitura contemporânea da espiritualidade e da ancestralidade feminina, costurando com delicadeza temas como força, sensibilidade, intuição e natureza.

“Esse desfile é um convite para que cada pessoa resgate em si a força que já existe. O sagrado feminino é corpo, mente e espírito, é coletivo e é singular. É o que nos atravessa e o que atravessamos”, definiu a diretora criativa antes do desfile, em uma fala que ecoou na estética e na energia de cada look apresentado.

Moda e leveza

A coleção aposta em peças de beachwear versátil, feitas para transitar entre o mar e a cidade com leveza, mas sem perder profundidade. Tecidos naturais, modelagens fluidas e técnicas artesanais como crochê, tramas manuais e tingimentos orgânicos,  reforçam a conexão com o ancestral e o sustentável.


Desfile SAU Swim (Foto: Reprodução/Instagram/@sau.swim)

A cartela de cores passeia por tons terrosos, areia, marfim e nuances suaves de azul e verde, evocando paisagens naturais e a calmaria de rituais íntimos. As silhuetas celebram o corpo em sua pluralidade, abraçando curvas e movimentos com respeito e liberdade.

Roupas que vestem a alma

Em um momento em que a moda se reinventa e busca novos significados, a SAU entrega mais do que tendências: entrega propósito. O desfile não apenas vestiu modelos, mas transmitiu energia, criando uma atmosfera quase cerimonial na passarela, um verdadeiro respiro em meio à agitação da semana de moda.


Desfile SAU Swim (Foto: Reprodução/Instagram/@sau.swim)

“Sagrado Feminino” marca uma virada sensível no beachwear nacional, trazendo espiritualidade para o centro da conversa estética. E, acima de tudo, relembra que a moda pode e deve ser um canal de expressão do que há de mais verdadeiro em nós.

Matéria por Andrielly Ribas do portal InMagazine

Nova coleção cápsula da BRUSMAN une camisas autorais brasileiras à inspiração mediterrânea

A BRUSMAN, referência em camisas com identidade clássica, apresenta sua mais nova coleção cápsula: BRUSMAN Signature Capsule by Renzo Schmitz. Com criação exclusiva do estilista Edu Brusman, a coleção é inspirada na elegância natural das costeiras italianas e brusna sofisticação leve do homem brasileiro. As peças traduzem o espírito de lugares icônicos como Portofino, Amalfi e Capri em camisas leves, refinadas e atemporais.

Entre falésias ensolaradas e vilas à beira-mar, cada camisa foi concebida como uma releitura do clássico mediterrâneo, com cortes precisos, tecidos naturais e modelagens descontraídas que garantem conforto sem perder a elegância. As peças, produzidas em Linho, Oxford e Ana Ruga, carregam detalhes autorais que refletem a essência de um lifestyle refinado, tropical e com alma.



Criada a quatro mãos, a coleção representa a união de dois apaixonados por clássicos: o olhar autoral do estilista Edu Brusman e a personalidade marcante de Renzo Schmitz, celebrando liberdade, frescor e estilo com propósito em 16 camisas autorais exclusivas.

“Criar para o Renzo foi uma experiência incrível. Ele trouxe sua visão única e clássica para nossa tradição de camisaria autoral, e juntos conseguimos desenvolver peças que dialogam com o homem moderno sem abrir mão do conforto e da elegância”, afirma o estilista Edu Brusman.



A BRUSMAN Signature Capsule by Renzo Schmitz está disponível com exclusividade no ateliê do estilista Edu Brusman, localizado no bairro Jardins, em São Paulo, e também no site brusman.com.br — oferecendo uma experiência de moda que combina tradição, sofisticação e inspiração mediterrânea com alma brasileira.

SPFW: Alunos periféricos do Cria Costura estreiam com 27 looks inspirados no balé

O SPFW ganhou um capítulo bonito e necessário: o projeto social Cria Costura levou 27 looks assinados por alunos da periferia à passarela da edição N60. A apresentação, inspirada no Balé Triádico da Bauhaus, provou que moda também é lugar de experimentação e memória. 

A proposta foi clara e bem sucedida: transformar conceitos geométricos e de volume em peças que transitam do figurino ao cotidiano. No que vimos na passarela, havia laços vermelhos que viravam estrutura, jaquetas com cara de puffer em náilon, mantas de retalhos que misturavam recortes e estampas feitas com colagens, e outras combinações que contaram a história do processo criativo dos alunos.



Educação, técnica e emoção em cena

A Cria Costura é um programa do Instituto Nacional da Moda, Design e Economia Criativa (INMODE), em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET). A turma foi dividida em dois módulos: o Acelerador Criativo, que começou em maio e envolveu 29 alunos no aprendizado de criação e costura; e o Módulo Empreendedor, com 27 participantes que desenvolveram a coleção exibida no SPFW N60. Isso faz toda a diferença, já que une técnica e mercado em um caminho real de oportunidade. 

Na passarela, o que chamou atenção foi o equilíbrio entre pesquisa e sentimento: proporções exageradas, sobreposições, e desconstrução de códigos rígidos mostraram que os alunos entenderam bem o exercício de remeter ao balé sem perder a cabeça autoral. No final, criadores e modelos entraram juntos, muitos visivelmente emocionados, e a plateia respondeu com aplausos, que mais que aprovação estética, mostram reconhecimento. O perfil do Instagram da FFW oficial registrou o momento do desfile



Cria Costura nas passarelas do SPFW | Reprodução/Instagram/@ffw


SPFW mais plural: o que isso significa

Fato é que iniciativas como essa mexem com a cadeia produtiva da moda ao colocar novas vozes no circuito. Ao transformar aulas e oficinas em um desfile no Pavilhão das Culturas Brasileiras (Pacubra), o Cria Costura amplia o debate sobre quem pode ocupar espaço nas semanas de moda, além de lançar jovens criadores que, sem esse “empurrão”, dificilmente chegariam ali. 

A edição N60 do SPFW, que celebra 30 anos do evento, tem dado espaço a projetos que dialogam com formação e diversidade. No caso do Cria Costura, o resultado na passarela não foi somente um conjunto de looks interessantes, mas a prova de que o investimento em formação gera repertório, que por sua vez, traz impacto real à cultura e empoderamento das periferias em palcos de destaque nacional. 

Bianca Andrade resgata o espírito de Elke Maravilha no Baile da Sephora com a fantasia que levou mais de 6 horas para ficar pronta

Apresentadora oficial da noite, Bianca homenageia a irreverência e o legado de Elke em um look que une passado e presente, ao lado do namorado Diego Cruz, que exalta outro ícone brasileiro com fantasia de Chacrinha

Bianca Andrade atravessa o tempo no Baile da Sephora 2025 com um tributo à lendária Elke Maravilha. Como apresentadora oficial da noite, a influenciadora mergulha no universo de uma das maiores referências da cultura brasileira em moda, beleza e autenticidade. A fantasia, batizada de Boca Maravilha, é uma fusão entre a irreverência de Elke e o DNA contemporâneo de Bianca, unindo duas gerações que fizeram da maquiagem e da expressão pessoal uma forma de arte.

A preparação para o look foi uma verdadeira imersão, foram mais de seis horas de produção, envolvendo maquiagem, cabelo, figurino e finalização de cada detalhe. Bianca passou por todo o processo duas vezes. A primeira para as captações de bastidores durante a semana e a segunda, hoje, no dia do baile, para cobrir o evento.



O visual, desenvolvido por Victor Hugo Mattos, com botas assinadas por Lucas Regal e beleza criada por Will Vieira, é uma explosão de cores, textura e significado. O rosa predomina em cada elemento, representando a essência de sua marca Boca Rosa e transformando a homenagem em algo profundamente pessoal. No centro da produção, a boca em tom vermelho intenso revive o primeiro batom lançado por Bianca, chamado Maravilha, uma referência direta ao universo da inspiração. O resultado é um visual que exala força, feminilidade e história, um encontro entre o glamour teatral de Elke e a estética pop de Bianca.

“Esse ano o tema era viagem no tempo, e a ideia da Elke veio como um presente pra gente. Dessa vez, eu queria escolher alguém que fosse muito importante pra nossa cultura e que tivesse um elo real comigo, e quando falamos em Elke Maravilha, tudo fez sentido. Ela é uma mulher muito à frente do seu tempo, uma artista, uma entidade, verdadeiramente uma força. Tudo o que ela representava pra nossa cultura, televisão e pra comunidade feminina é muito inspirador. E o mais bonito é que, assim como eu, ela usava a maquiagem, a moda e a beleza como forma de expressão, como uma maneira de ser livre e autêntica. Essa homenagem é uma celebração dessa liberdade e dessa alegria de ser quem a gente é.”, declarou Bianca Andrade.

Foz transforma memórias do interior em moda no SPFW

A marca Foz apresentou, nesta sexta-feira (17), sua nova coleção no São Paulo Fashion Week, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera. Chamada “Povoado Poesia”, a coleção propõe uma interpretação afetiva da vida no interior, por meio da recriação de um vilarejo fictício idealizado pelo estilista Antônio Castro.

Para trazer nostalgia, a trilha sonora da apresentação incluiu cantigas cantadas pelo coral infantil do Colégio Maria Montessori, onde Antônio estudou.

Além de valorizar elementos regionais no desfile, a coleção marca a parceria entre a Foz e a Prefeitura de Maceió, envolvendo grupos, ONGs, cooperativas e artesãos locais que colaboraram na produção das peças apresentadas no evento.

Looks exibidos na passarela

As roupas desta coleção apresentam elementos infantis, como pipas coloridas e estampas quadriculadas, que reforçam a proposta lúdica do universo. Também teve fitas do Senhor do Bonfim aplicadas em peças de tapeçaria e em camiseta, com as frases “Viajo porque te amo” na frente e “Volto porque preciso” nas costas.


Modelos desfilando para Foz no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@spfw)

Outro elemento regional presente na coleção é o patchwork, técnica que une pedaços de tecido em uma única peça, popularmente conhecida como retalhos. Essa técnica aparece em calças, jaquetas e calçados. A coleção também inclui peças mais escuras, feitas com fuxicos de tamanhos variados e jacquard, uma técnica que entrelaça o tecido diretamente na peça, apresentando paisagens.


Modelos desfilando para Foz no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@topviewclub)

Entre os acessórios, as bolsas chamaram a atenção, decoradas com alças e franjas de palha e feitas com faixas de tecido. O desfile também trouxe pulseiras e brincos artesanais que complementaram o visual.

O universo interiorano de Foz

“Povoado Poesia” marca o encerramento da trilogia da Foz, composta pelas coleções “Alambique Fantasia” (2023) e “O Conto de Laura” (2024). Nesta fase final, a marca explora a sensibilidade do amadurecimento e resgata memórias da infância, refletidas na arquitetura e nos contos folclóricos das cidades do interior.

Em “Alambique Fantasia”, a Foz apresenta uma fábrica de cachaça sob a perspectiva de um engenho de cana-de-açúcar. Enquanto isso, “O Conto de Laura” conta a história da tia-avó de Antônio, que, nos anos 1930, fugiu da casa dos pais para se juntar ao cangaço.

Matéria escrita por Maria Carolina Brandão no portal InMagazine.

 

 

Handred celebra a moda noturna em desfile no SPFW

A Handred apresentou sua nova coleção no São Paulo Fashion Week, na noite desta quinta-feira (16), em um desfile realizado na Casa Higienópolis. Sob direção criativa de André Namitala, a marca carioca levou à passarela a coleção “Baila”, inspirada na vida noturna antes do crepúsculo e nos tradicionais bailes do Rio de Janeiro.

As peças foram feitas à mão por mais de 50 profissionais no ateliê da marca, no Rio de Janeiro. Para envolver o público no clima da coleção, o desfile contou com torres de champanhe comandadas por Ivana Wonder e uma trilha sonora que relembrou esses bailes.

O conceito da coleção “Baila”

Ao longo do último ano, Namitala passou por diversas transformações, incluindo a mudança de sede da marca e um processo de amadurecimento profissional. Foi nesse contexto que surgiu a ideia de criar uma coleção que celebrasse essas conquistas. Em entrevista à Vogue, o estilista contou como esse momento inspirou o conceito da nova coleção:

“Ela veio de uma vontade de querer comemorar um pouco. Acho que toda a trajetória de quem tem negócio são trajetórias que vão como montanha-russa. Pode ser meio clichê, mas a gente dita um pouco da emoção que a gente quer sentir.”

A inspiração também veio de um sonho que envolvia uma celebração e da chegada da Era de Aquário, símbolo de inovação, coletividade, que celebra o renascimento, a liberdade e a espiritualidade através da noite — vista aqui como um ritual de passagem entre o crepúsculo e a madrugada.

Handred e a moda em movimento

A coleção “Baila” traz peças confeccionadas em seda e couro sustentável, que recebem o acabamento matelassê, realçando a textura e o visual das roupas. O design foi criado para acompanhar as formas do corpo, transmitindo leveza e elegância, em sintonia com o clima de celebração da coleção.


Modelos desfilando para Handred no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@spfw)

O desfile foi construído como uma narrativa em movimento: começou de forma mais introspectiva e evoluiu para um ritmo mais leve e fluido, refletindo a essência das roupas criadas por André.


Modelos desfilando para Handred no São Paulo Fashion Week. (vídeo: reprodução/Instagram/@glamourbrasil)

A trilha sonora, a performance e a ambientação reforçaram essa transição, criando uma experiência sensorial que traduz o espírito de “Baila”: uma celebração da liberdade, da expressão individual e da alegria de se reconectar com o outro através da moda.

Uma imersão na sensibilidade

Com “Baila”, André Namitala reafirma sua posição entre os criadores mais poéticos da moda brasileira contemporânea. Sua Handred mantém o equilíbrio entre sofisticação artesanal e experimentação estética, traduzindo em forma e textura uma narrativa sobre liberdade, conexão e renascimento.

O desfile foi mais do que uma exibição de roupas — foi uma experiência sensorial completa, que envolveu o público em um clima de celebração e introspecção. O encontro entre música, dança e design evocou memórias afetivas das noites tropicais, onde o vestir é também um ato de expressão e pertencimento.

Entre o passado e o futuro, “Baila” surge como uma ode à noite e ao poder transformador da arte de criar. Ao fundir o artesanal e o contemporâneo em uma mesma linguagem, a Handred convida o público a dançar sob a luz da nova era — a Era de Aquário, onde a moda é mais do que aparência: é movimento, emoção e rito.

Matéria escrita por Maria Carolina Brandão no portal InMagazine.

Leandro Castro emociona com “Gaiafilia” e é um dos mais aplaudidos do quarto dia da SPFW

Em um dos momentos mais marcantes do quarto dia da São Paulo Fashion Week, o estilista Leandro Castro arrebatou o público com o desfile de sua nova coleção, intitulada “Gaiafilia”. O nome que faz referência à conexão profunda e afetiva com a Terra antecipa a proposta conceitual do estilista: uma moda que é ao mesmo tempo poética, política e visceral.

Com uma passarela que evocava o ancestral, Castro traduziu em tecidos, cortes e texturas uma relação íntima entre o humano e o planeta. Tecidos naturais, tramas artesanais e silhuetas fluidas marcaram presença, em um desfile onde cada look parecia crescer da terra, como se fosse parte viva do ambiente.

Reconecção com a natureza

As cores seguiram uma paleta terrosa, com tons de barro, musgo, areia e carvão, entrecortadas por nuances vibrantes que remetem a flores e minerais. A modelagem foi marcada por formas soltas e assimetrias intencionais, refletindo a imperfeição bela da natureza. Elementos como crochê, franjas, tecidos amassados e acabamentos crus reforçaram a proposta sensorial da coleção.


Desfile Leandro Castro (Vídeo: reprodução/Instagram/@ffw)

A escolha por matérias-primas sustentáveis e processos artesanais não foi apenas uma decisão criativa, mas também um posicionamento claro sobre o papel da moda no mundo atual. A presença de modelos diversos em corpos, gêneros e idades, reforçou a ideia de que a conexão com a Terra é universal, acessível e urgente.

Moda e consciência ambiental

Outro destaque foi a trilha sonora do desfile, que misturou sons da natureza com batidas eletrônicas sutis, criando uma atmosfera imersiva e sensorial. O cenário minimalista, quase ritualístico, permitiu que cada peça brilhasse com intensidade própria, reforçando o tom de reverência à Terra-mãe. Com “Gaiafilia”, Leandro Castro não apenas vestiu corpos  ele tocou consciências, confirmando seu nome como um dos mais relevantes desta edição da SPFW.

“Gaiafilia” é mais do que um manifesto visual: é um chamado à reconexão com o essencial. E Leandro Castro conseguiu fazer isso com sensibilidade estética e apelo contemporâneo, sendo ovacionado ao final do desfile.

Matéria do portal InMagazine por Andrielly Ribas

À La Garçonne traz intimidade urbana e ousadia conceitual ao quarto dia de SPFW

Amarca À La Garçonne (@alagarconne), sob direção criativa de Fábio Souza, abriu o quarto dia da São Paulo Fashion Week, nesta quinta-feira (16), no teatro do Shopping Iguatemi (SP), com um desfile que reafirma seu DNA urbano e provocativo. Sempre conectada com os desejos mais atuais da moda global, a grife apresentou uma coleção marcada pela fusão entre intimidade e streetwear, com forte presença de referências culturais e estéticas do cotidiano contemporâneo.

O desfile começou com uma cena impactante e simbólica: um modelo surgiu na passarela apenas de cueca e camisa branca, uma exposição crua da intimidade que a marca escolheu dividir com o público. A imagem, embora ousada, dialoga diretamente com a tendência crescente do underwear como outerwear, vista nas últimas fashion weeks internacionais. Peças íntimas, lingeries e roupas de baixo ganham cada vez mais protagonismo, não apenas como detalhe, mas como peça central dos looks.

A intimidade foi para a passarela

A sensualidade da intimidade foi elevada à proposta estética central da nova coleção da À La Garçonne. Ao invés de esconder, a marca escolheu valorizar a lingerie, colocando-a em evidência na composição dos looks. Tops, cuecas, meias-calças e rendas dividem espaço com peças de sobreposição, como jaquetas oversized e camisetas desestruturadas, em uma linguagem visual que flerta com o genderless e reforça o corpo como território de expressão.


Desfile À La Garçonne (Foto: Reprodução/Instagram/@ffw)

As modelagens amplas e desconstruídas continuam sendo uma assinatura da marca, mas surgem nesta temporada com nova energia. A silhueta larga é trabalhada com transparências, sobreposições ousadas e tecidos tecnológicos, garantindo uma estética urbana e ao mesmo tempo sofisticada. O resultado são peças que equilibram conforto e personalidade, ideais para um público que busca autenticidade no vestir.

Sobre estilo

A conexão com as ruas permanece como essência da À La Garçonne. Tênis de skate, bonés, jeans lavados e grafismos remetem ao universo do streetwear, evidenciando influências do hip hop, do skate e da cultura de rua em geral. Essa fidelidade à linguagem urbana mostra a capacidade da marca de dialogar com o presente, sem perder suas raízes.

Por fim, a coleção apresenta uma paleta sóbria, dominada por preto, branco, cinza e tons terrosos, pontuada por cores vibrantes e detalhes metálicos. Esse contraste entre o básico e o ousado adiciona dinamismo e contemporaneidade aos looks, criando composições visuais que equilibram sofisticação e rebeldia, traços sempre presentes no universo criativo da grife.

Matéria escrita por Andrielly Ribas no portal InMagazine.

Donatella Versace preside júri do Latin American Fashion Awards

Em um anúncio que ressalta a presença internacional da moda latino-americana, Donatella Versace será a presidente do júri da segunda edição do Latin American Fashion Awards, agendado para os dias 6 a 9 de novembro na República Dominicana.

A veterana italiana, ex-diretora criativa da Versace por quase três décadas e atual embaixadora-chefe do grupo, assumirá o lugar de Haider Ackermann como presidente do júri a convite da organização. Além de prestigiar o evento internacionalmente, a novidade demonstra sua ambição de fortalecer a presença da moda latino-americana no cenário global.

Composição do júri e peso simbólico

Com Versace como presidente, o júri de 2025 contará com personalidades renomadas da moda global e latino-americana, incluindo brasileiros como Vivian Sotocorno (diretora de moda da Vogue) e Oskar Metsavaht (fundador e diretor da Osklen).


Donatella Versace nova júri, e as personalidades renomadas (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil/Alberto E. Rodriguez/WireImage Embed)

A seleção de nomes renomados fortalece o aspecto aspiracional e a conexão entre mercados que o evento pretende estabelecer. Ao assumir a presidência, Versace traz consigo não apenas sua própria trajetória, mas também um símbolo: o reconhecimento da criatividade latino-americana por uma personalidade emblemática da moda europeia.

Desafios e perspectivas da edição 2025

A edição de 2025 traz o tema “Hot by Heritage” (Quente pela Herança), destacando a riqueza cultural da região e sua capacidade de resistência frente às pressões globais da moda. O prêmio ganhará importância ao aumentar o reconhecimento dos criadores emergentes e também proporcionar aos vencedores mentoria e visibilidade até mesmo em eventos como a Milan Fashion Week.


Donatella Versace é anunciada como nova presidente do júri da segunda edição do Latin American Fashion Awards (Foto: reprodução/Instagram/@latinamericanfashionawards)

Versace, atuando como presidente do júri, desempenhará um papel estratégico: além de analisar propostas, deverá garantir a consistência entre os critérios de avaliação e o objetivo de incluir vozes variadas. À medida que o evento expande seu alcance, é essencial preservar sua legitimidade e credibilidade, principalmente em um contexto de intensa concorrência e diversidade de estilos.

A designação de Donatella Versace como presidente do júri na segunda edição do Latin American Fashion Awards representa uma conexão significativa entre tradição e modernidade, Europa e América Latina. Além de ser um gesto simbólico, ela pode influenciar o tom crítico da premiação e orientar os novos talentos da indústria. Se bem conduzida, a edição de 2025 tem o potencial de estabelecer o evento como um marco global para criadores latino-americanos, além de aumentar o prestígio cultural que já vinha ganhando destaque em edições passadas.

Forca nas alturas: o desfile mais ousado da SPFW N60

O desfile da Forca Studio no São Paulo Fashion Week N60 levou o público a uma experiência fora do comum. Realizado no Aeroporto Campo de Marte, o evento começou com um salto de paraquedas, simbolizando o novo momento da marca, que busca “voos mais altos” com a estreia no calendário de atacado e o lançamento de uma linha sob medida. Sob a direção criativa de Vivian Rivaben e Silvio De Marchi, a coleção “Helyx” uniu adrenalina, movimento e design urbano em uma passarela marcada pela ousadia.

Moda em movimento

Inspirada em esportes radicais e na energia das ruas paulistanas, a coleção trouxe cerca de 50 looks com cortes aerodinâmicos e atitude clubber. Couro, jacquard, chiffon e denim formaram uma mistura equilibrada entre rigidez e fluidez. As peças mostraram a força do utilitarismo, com jaquetas repletas de bolsos, calças com fechos metálicos e macacões ajustados. A cartela de cores seguiu a estética dos uniformes, indo do off-white e gelo ao verde oliva e vermelho queimado.


Desfile da Forca Studio (Vídeo: reprodução/Instagram/@ambulatoriodamoda)


A Forca Studio apresentou ainda uma collab com a criadora Cece, que trouxe uma linha de bodies de látex, reforçando o lado futurista e performático da marca. Os acessórios — como luvas volumosas e braçadeiras inspiradas em equipamentos de paraquedismo — completaram o visual esportivo e conceitual da coleção.

Presenças e atmosfera

Entre os destaques da passarela estavam as atrizes Alinne Moraes e Vitória Strada, além do cantor mexicano Christian Chávez, que trouxeram brilho e carisma ao desfile. Com trilha sonora assinada por Silenzo/Urro e beleza de Maxi Weber, o clima do evento foi de pura energia.


Desfile da Forca Studio (Vídeo: reprodução/Instagram/@spfw)


Mais do que apresentar uma coleção, a Forca Studio mostrou um manifesto sobre coragem, reinvenção e liberdade. Em um cenário simbólico, onde cada detalhe remetia ao impulso de arriscar, a marca deixou claro que, quando a moda decide saltar do céu, o resultado só pode ser de tirar o fôlego.