Ministério da Saúde inicia distribuição de antídoto contra intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde começou a distribuir nesta quinta-feira (9) o antídoto fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, substância presente em bebidas adulteradas que já provocou mortes no país.

O primeiro lote, com 2,5 mil doses, teve prioridade para São Paulo, que recebeu 288 ampolas, devido ao maior número de casos e óbitos registrados. Outros estados, como Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Piauí, Espírito Santo, Goiás, Acre, Paraíba e Rondônia, também receberão o medicamento.

A aquisição do fomepizol é inédita no Brasil e ocorreu oito dias após o ministro da Saúde acionar o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Tratamento e aplicação do antídoto

De acordo com a secretaria nacional de vigilância em saúde, Mariângela Simão, os profissionais de saúde foram treinados para manipular o fomepizol, medicamento raro devido à baixa produção mundial. Ele atua impedindo que o metanol se transforme em ácido fórmico, evitando danos graves e risco de morte.

O antídoto será utilizado apenas sob acompanhamento médico, seguindo normas técnicas que determinam seu uso em pacientes que apresentarem sintomas clínicos após ingestão de destilados adulterados, entre 6 e 72 horas, e alterações em pelo menos dois exames laboratoriais.


Drauzio Varella explica o que fazer em casos de intoxicação por metanol (Vídeo: reprodução/YouTube/Drauzio Varella)

O fomepizol se soma ao etanol farmacêutico, já utilizado pelo SUS, para tratar casos de intoxicação. O Ministério reforçou que a população não deve tentar comprar ou usar os produtos por conta própria e que mil doses do antídoto permanecerão reservadas em centro de distribuição para atender hospitais quando necessário.

Casos confirmados e distribuição

Até o momento, o Brasil registrou 259 notificações de intoxicação por metanol, com 24 casos confirmados e cinco mortes apenas em São Paulo. Paraná e Rio Grande do Sul também confirmaram casos. Com a distribuição do fomepizol, o governo espera ampliar o tratamento e reduzir o risco de mortes causadas pela ingestão da substância.

Polícia localiza fábrica ligada à morte de duas pessoas intoxicadas por metanol em SP

Nesta sexta-feira (10), a Polícia Civil de São Paulo localizou a fábrica ilegal de onde saíram as bebidas alcoólicas que causaram a morte de duas pessoas intoxicadas por metanol. Na operação, uma mulher foi presa.

O etanol era comprado nos postos de gasolina e estaria com metanol em sua composição, o que causou a intoxicação e a grande comoção na mídia e na população nas últimas semanas.

As investigações dos responsáveis pelo crime da adulteração

As investigações começaram após a morte de duas pessoas que consumiram vodca no mesmo bar, que fica na Zona Leste de São Paulo. Ao localizar os fabricantes e o local que funcionava para a fabricação de bebidas falsas, a polícia entrou com mandados de busca e apreensão, desmontando também a fábrica irregular.

A polícia confirmou que a proprietária, que foi presa em flagrante pela adulteração, será autuada por falsificação, corrução, adulteração de substâncias ou produtos alimentícios, tornando-os nocivos à saúde, ou diminuindo seu valor nutritivo. A mulher pode pegar de 4 a 8 anos de prisão, além de multa.

O dono do bar onde Marcos Antônio Jorge Junior e Ricardo Lopes Mira, mortos pela intoxicação por metanol, confessou que comprou garrafas de fábrica clandestina. No estabelecimento, localizado na Mooca, Zona Leste de São Paulo, foram apreendidas nove garrafas (uma de gin e oito de vodca), sendo detectadas a presença do metanol em oito garrafas.


Fábrica clandestina é fechada pela Polícia Civil (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil

Ainda existem suspeitas de envolvidos

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), através de nota, suspeita de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na adulteração bebidas, alegando que o metanol encontrado nelas são utilizados também para adulterar combustíveis.

Essa possibilidade é descartada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a Polícia Civil trabalha com duas hipóteses: que o metanol usado seria para higienizar as garrafas reaproveitadas e que a ideia era de adicionar o etanol de postos de gasolina, para aumentar o volume da produção, sem saber que o material continha o metanol na composição

Brasil recebe 1º lote de antídoto contra intoxicação por metanol

O governo federal brasileiro age rapidamente para tentar conter o número de mortos por intoxicação de metanol por bebidas adulteradas e trabalha com uma forte fiscalização em diversos estados para diminuir o número de casos de pessoas. Chega ao Brasil 2,5 mil doses do antídoto que é usado no tratamento de pessoas intoxicadas por metanol.

O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (09) o primeiro lote do antídoto formepizol.

Número de casos aumentam

De acordo com dados e boletins divulgados pelo Ministério da Saúde, 259 casos foram notificados, 24 foram confirmados. São 5 mortes confirmadas até o momento.

Em São Paulo 20 foram confirmados e 181 estão em investigação. Cinco mortes foram confirmadas em São Paulo e 11 seguem suspeitas, sendo 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco, 6 em São Paulo e 1 na Paraíba.



Brasil prepara estoque

São Paulo foi o primeiro estado a receber as doses nesta quinta-feira (09), os demais estados receberão as doses nesta sexta-feira (10).

De acordo com o Ministério da Saúde o estado de São Paulo recebeu 288 doses, pois é o estado que concentra o maior número de casos, em seguida foram 120 para o Rio de Janeiro, 104 para Bahia, 84 para o Paraná, 80 para o Rio Grande do Sul e 68 doses em Pernambuco.

Os demais estados também receberam doses de acordo com a necessidade de urgência de número de casos notificados, mil ampolas ficarão de reserva pelo Ministério da Saúde se for o caso de algum estado precisar reabastecer seu estoque.

O Ministério da Saúde recebeu uma doação de 12 mil ampolas do antídoto formebizol da empresa brasileira Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos.

O número de ampolas se junta a 4,3 mil ampolas adquiridas pelo SUS para ajudar no tratamento emergencial de pessoas intoxicadas por bebidas adulteradas por metanol.

O formepizol é o principal princípio ativo recomendado por especialistas que trabalha contra a intoxicação por metanol, mas quando não há  disponibilidade dele, também pode ser aplicado o etanol, em uma dose correta e menor, por intravenosa, podendo salvar a vida do paciente.

Perícia revela que metanol encontrado em garrafas apreendidas em SP foi adicionado

Os peritos oficiais do Estado de São Paulo analisaram dois grupos de garrafas de bebidas alcoólicas destiladas apreendidas durante operações de fiscalização na capital paulista. A perícia identificou níveis de metanol nas amostras e concluiu, pela concentração encontrada, que a substância não surgiu naturalmente, mas foi adicionada de forma proposital.

Normalmente, pequenas quantidades de metanol se formam durante o processo de destilação de álcool, entretanto, neste caso, a perícia descobriu que a quantidade era acima do normal, o que indicia adulteração.

A quantidade de garrafas analisadas, os tipos de bebidas e o local da apreensão não foram divulgadas.

“O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo trabalha 24h nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, assim como na análise documentoscópica de rótulos e lacres dos recipientes. Pode-se afirmar, até o momento, e conforme as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado, não sendo, portanto, produto de destilação natural”, complementou.

Força tarefa analisa garrafas apreendidas

O Instituto de Criminalística montou, na última sexta-feira (3), uma força-tarefa dedicada a examinar bebidas apreendidas em operações de fiscalização. O objetivo é apurar se houve adulteração e contaminação por metanol. Dados do governo de São Paulo indicam que, desde o dia 29, mais de 16 mil garrafas já foram apreendidas.


Metanol em garrafas apreendidas foi adicionado (Vídeo: reprodução/YouTube/@Band Jornalismo)

Durante o processo de análise, é feito a checagem das embalagens para descobrir se houve rompimento ou reaproveitamento das mesmas. Após, a bebida passa pela separação de seus componentes em um equipamento. Apenas o laudo final pode confirmar se há ou não a presença de metal e qual sua quantidade.

O metanol é um tipo de álcool usado em solventes e outros produtos químicos, o que torna perigoso quando ingerido. A substância ataca o fígado, transformando em substância tóxica que pode comprometer o cérebro, o nervo óptico e a medula, a substância pode provocar insuficiência renal e pulmonar, além de causar cegueira, coma e morte.

Casos em São Paulo

O estado de São Paulo confirmou nesta terça-feira (08) 18 casos de intoxicação por metanol. 158 casos estão sendo investigados e 38 já foram descartados. Nesta segunda-feira (06) em Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo, a força-tarefa do governo paulista apreendeu mais de 100 mil garrafas vazias em galpão clandestino.


Policia fecha bares em SP (Vídeo: reprodução/YouTube/@SBT News)

Já foram fiscalizados cerca de 18 estabelecimentos desde a semana passada, desses, 11 foram interditados de forma cautelosa por questões sanitárias.

Seis distribuidoras e dois bares tiveram a inscrição estadual suspensa de forma preventiva. Entre os estabelecimentos estão a Bebilar Comercial e Distribuidora de Alimentos e Bebidas (com quatro inscrições), a Brasil Excellance e Exportadora de Bebidas, o BBR Supermercados, a FEC Alves Mercearia e Adega, além da Lanchonete Ministro.

Tarcísio se desculpa por piada e promete reforçar combate ao metanol

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou nesta terça-feira (7) um vídeo pedindo desculpas por uma fala feita durante coletiva sobre os casos de intoxicação por metanol no estado. Ao comentar a gravidade da situação, Tarcísio disse que “só se preocuparia no dia em que começassem a adulterar Coca-Cola”, declaração que gerou forte repercussão negativa.

No pronunciamento, o governador reconheceu o erro e afirmou que o comentário foi inadequado diante do contexto. “Errei. Fiz uma brincadeira para descontrair a coletiva, mas ela foi mal interpretada e, de fato, não cabia naquele momento”, afirmou. Ele ainda destacou que o governo tem adotado uma série de medidas para enfrentar a crise, como parcerias com o setor privado e ações de fiscalização.

Tarcísio também dirigiu um pedido de perdão às famílias das vítimas, aos comerciantes e à população em geral. “Nosso compromisso é com as pessoas, com a verdade e com a solução do problema. Não tenho compromisso com o erro. Peço perdão às famílias que sofrem, aos que perderam entes queridos e aos que estão vendo seus negócios prejudicados.

Casos de intoxicação preocupam autoridades em São Paulo

O Estado de São Paulo concentra o maior número de registros de intoxicação por metanol no país. De acordo com o boletim mais recente da Secretaria da Saúde, são 176 casos notificados, sendo 18 confirmados, 158 em investigação e 10 mortes, das quais três já foram oficialmente relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas.

A Polícia Civil trabalha com duas principais linhas de investigação: o uso do metanol na higienização de garrafas reaproveitadas e a adulteração intencional de bebidas com a substância. Segundo as autoridades, o álcool industrial pode ter sido usado para aumentar o volume de produção de bebidas falsificadas, sem o conhecimento de que o produto estava contaminado.


Dr. Drauzio Varella explica os efeitos do mentanol do organismo. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@sitedrauziovarella)

A Superintendência de Polícia Técnico-Científica confirmou a presença de metanol em bebidas de duas distribuidoras. O governo paulista pretende solicitar à Justiça a destruição de garrafas, rótulos e selos apreendidos nas operações, que já resultaram na coleta de mais de 7 mil unidades suspeitas

Governo reforça medidas e alerta sobre consumo seguro

Após a polêmica, Tarcísio reafirmou o compromisso do estado em intensificar o combate à falsificação de bebidas. Entre as medidas anunciadas estão a criação de um programa de qualidade para distribuidores e comerciantes, a suspensão de inscrições na Fazenda de empresas envolvidas em irregularidades e o aperfeiçoamento da logística reversa das garrafas.

As autoridades também reforçam o alerta à população sobre os riscos do metanol, substância altamente tóxica usada na indústria. Quando ingerido, o metanol pode causar cegueira, insuficiência renal e até morte, sendo impossível identificá-lo pelo sabor, cheiro ou cor da bebida.

Especialistas recomendam que consumidores desconfiem de preços muito baixos, comprem apenas de fornecedores confiáveis e verifiquem lacres e selos fiscais nas embalagens. Em caso de sintomas como tontura, dor de cabeça intensa, visão turva ou confusão mental, a orientação é buscar atendimento médico imediato e informar a origem da bebida consumida.

Tarcísio defende ações imediatas para evitar novas intoxicações em São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou preocupação pública sobre a possibilidade de falsificação da Coca-Cola com metanol. De acordo com ele, se essa adulteração acontecer, será preciso agir com severidade para prevenir intoxicações em larga escala e fortalecer os mecanismos de fiscalização. O alerta acende um sinal sobre os riscos à saúde pública e pressiona as autoridades a prevenir atividades ilícitas.

Alerta preventivo e responsabilidades

Tarcísio afirmou em uma declaração recente que a falsificação de bebidas é uma ameaça direta ao consumidor. “Vou me preocupar no dia em que começarem a falsificar Coca-Cola”, declarou. Ele destacou que não espera um surto inesperado, porém as autoridades estaduais precisam urgentemente intensificar a fiscalização sanitária, as rotas de transporte e os controles fiscais.

Segundo ele, as autoridades de saúde, polícia e órgãos reguladores têm a responsabilidade de colaborar para impedir que substâncias químicas perigosas sejam comercializadas.


Tarcísio em declaração sobre falsificação de bebidas (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)

O governador também enfatizou que a fiscalização deve ser contínua e unificada, englobando desde a fabricação até a entrega das bebidas. Tarcísio também destacou que é fundamental conscientizar os consumidores para poderem identificar possíveis irregularidades e reportar atividades suspeitas às autoridades competentes.

Contexto do risco e logística de prevenção

O metanol é uma substância venenosa que pode provocar desde náuseas e problemas de visão até óbito em situações graves. Em outras áreas, já ocorreram casos de intoxicação devido à adulteração de bebidas alcoólicas, o que serve como um alerta para a necessidade de intensificar as medidas preventivas no setor de refrigerantes.

Em São Paulo, para combater esse tipo de crime, é fundamental identificar os pontos vulneráveis na cadeia de produção, transporte e venda, bem como aumentar as inspeções em fábricas, centros de distribuição e locais de revenda suspeitos.


Especialista explica sobre os risco da contaminação por metanol (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

A afirmação de Tarcísio traz à tona um dilema importante: garantir a segurança alimentar em um contexto de crimes cada vez mais sofisticados exige cooperação entre o governo e entidades de controle. A prevenção de um desastre sanitário ou o enfrentamento de uma crise pública podem depender da atenção aos indícios de adulteração, da definição clara de responsabilidades e da ação ágil e coordenada das autoridades competentes.

Antídoto contra intoxicação por metanol será enviado dos EUA, afirma Padilha

O Brasil deve receber nesta semana uma remessa de Fomepizol, antídoto usado no tratamento de intoxicações por metanol. O medicamento, considerado referência internacional, será importado em caráter emergencial, já que ainda não possui registro no país. A carga, enviada pelos Estados Unidos, inclui 2.500 ampolas adquiridas pelo Ministério da Saúde e outras 100 doadas pelo fabricante. O material será recebido em um galpão no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e distribuído aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica dos estados.

Importação emergencial

As doses de Fomepizol foram compradas da farmacêutica japonesa Daiichi-Sankyo, por meio de uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que possibilitou a aquisição imediata. Segundo o ministro Alexandre Padilha, cada paciente costuma utilizar de duas a quatro ampolas do medicamento. Até agora, o medicamento ainda não teve solicitação de registro no Brasil.


Antídoto para casos de intoxicação por metanol (Foto: reprodução/Matheus Landim/GOVBA)

Ao comentar a evolução dos casos de intoxicação por metanol no Brasil, o ministro Alexandre Padilha informou que, entre domingo e segunda-feira, não houve novas confirmações, com exceção de São Paulo, que ainda não havia atualizado seus dados até as 17h30.

O país registra 16 casos confirmados de intoxicação por metanol: 14 em São Paulo e 2 no Paraná. Segundo o ministro Alexandre Padilha, entre domingo e segunda-feira não houve novas confirmações, com exceção de São Paulo, que ainda não havia atualizado seus dados até as 17h30. Casos suspeitos na Bahia e no Espírito Santo foram descartados no fim de semana.

O que é o Fomepizol?

O Fomepizol é indicado para tratar intoxicações causadas por metanol e etilenoglicol, e integra a lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Reconhecido internacionalmente, o antídoto tem aprovação da FDA agência reguladora dos Estados Unidos desde 1997. É classificado como uma “droga órfã” possui produção limitada e está indisponível na maioria dos países.

O antídoto bloqueia a enzima ADH, impedindo que o metanol se torne tóxico. É aplicado por via intravenosa e não é indicado para grávidas, lactantes ou pessoas com doença renal. O metanol pode permanecer no corpo por até 71 horas.

Assessoria de Hungria contesta ministro após resultado negativo de metanol

O Cantor, rapper e compositor Hungria foi internado na última quinta-feira (02), após uma suspeita de ingestão de bebida adulterada. Por nota, a assessoria de imprensa do cantor disse que a internação foi uma precaução por orientação médica após o cantor sentir um mal-estar.

Durante a semana subiu para 225 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil. Os casos começaram em São Paulo e se espalham por vários estados do Brasil.

Ministério da Saúde descarta intoxicação

No último domingo (05), o cantor tranquilizou seus fãs por meio de uma publicação no Instagram em que ele mostrou registros ao lado dos filhos, dizendo que ele estava tendo uma boa evolução clínica e já estava recebendo alta naquele mesmo dia.

O irmão de Hungria, Leandro Hungria, se pronunciou a respeito dos sintomas que o irmão apresentava ao ser socorrido: náuseas intensas, visão embaçada, palidez acentuada e fortes dores no estômago. Assim que chegou ao hospital, ele recebeu os primeiros cuidados e foi encaminhado para a UTI.

O cantor Hungria teve alta no domingo, (05) e foi liberado para casa, mas o resultado clínico dos exames realizado nele ainda não foi concluído. Sua assessoria se pronunciou sobre o caso no portal Leo Dias, após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmar em uma entrevista ao portal Metrópoles que os exames realizados em Hungria não detectaram a presença de metanol nem de derivados da substância em seu organismo.


Cantor Hungria agradece fãs e equipe médica em despedida do hospital - (Foto: Reprodução | Instagram: hungria_oficial)

Assessoria do cantor nega ter acesso a exames clínicos

A assessoria do cantor negou que os exames de Hungia tenham ficado prontos e contestou a declaração do ministro Alexandre Padilha em uma entrevista ao portal Metrópoles. Uma nota foi divulgada pela equipe do cantor e disse: “Nós não estamos confirmando isso, uma vez que não recebemos ainda os resultados dos exames, então não conseguimos saber ainda ter um diagnóstico definido”, declarou a assessoria.

Durante os três dias em que permaneceu internado na UTI do hospital DF Star, em Brasília, Hungria recebeu o antídoto utilizado para combater a intoxicação por metanol, o etanol por intravenosa, e passou por sessões de hemodiálise.

Saiba o antídoto usado para tratar da intoxicação por metanol

Nos últimos dias, os casos de pessoas internadas por uma possível intoxicação por metanol vem aumentando. Os primeiros casos confirmados aconteceram em São Paulo, que já contam com 14 confirmações, com dois óbitos e no Paraná, com dois casos confirmados.

As duas mortes confirmadas são de Marcos Antônio Jorge Junior e Ricardo Lopes Mira, que consumiram bebidas adulteradas no mesmo bar, que fica na Mooca, na Zona Leste de São Paulo. O estabelecimento foi fechado na última semana.

Cresce também a quantidade de estados com suspeita de pessoas intoxicadas. Hoje são 13 estados (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná).

O antídoto usado no tratamento

O principal antídoto chama-se “fomepizol”, que tem a função de bloquear a ação do fígado, em transformar o metanol como veneno. Assim, o metanol ingerido é eliminado naturalmente pelos rins, através da urina, sem causar danos.

Os médicos usam também bicarbonato de sódio, para controlar a acidez no sangue e, nos casos mais graves, hemodiálise, para remover o metanol e o ácido fórmico do sangue.

Na ausência do fomepizol, o paciente intoxicado recebe uma dose de etanol, controlada pelos médicos, na veia. A função deste álcool de “enganar” o fígado, que aceita mais substância do que o metanol. Como o fígado acaba processando o etanol, acaba esquecendo do metanol presente, que acaba sendo eliminado também pela urina.

Lembrando que o uso do fomepizol e do etanol é exclusivamente controlada por médicos.


Aumento de casos suspeitos de intoxicação por metanol (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)

A consequência do metanol no corpo

O metanol, mesmo possuindo um cheiro característico, diferente do etanol, que é encontrado normalmente nas bebidas alcoólicas, consegue ser facilmente confundido

Os principais sintomas aparecem em dentro de 24 horas e são parecidos com uma ressaca normal, de uma bebida que não foi adulterada, como: dor de cabeça, tontura, náusea e dores abdominais. Em sintomas mais graves, deixa a pessoa com dificuldades de enxergar, isso devido ao metanol atingir o nervo óptico, que pode levar á cegueira, a confusão mental e a dificuldade na respiração, pois o sangue fica muito ácido e também pode levar a morte.

Hungria comemora alta do hospital após contaminação por metanol

Na última semana, o rapper Hungria deu entrada no hospital DF Star em Brasília após apresentar sintomas de intoxicação por metanol, assunto que tem estado em alta entre as notícias. No último domingo (5), ele tranquilizou seus fãs através de um registro ao lado dos filhos, ainda no leito onde passou alguns dias internado, dizendo que está tendo uma boa evolução clínica e, por tanto, já recebeu alta.

Comunicado oficial da equipe

Através de uma nota compartilhada em seu Instagram, sua equipe disse que o artista seguirá em acompanhamento médico ambulatorial, conforme orientação da equipe médica responsável por seu tratamento. Exames complementares ainda estão em processamento, mas uma boa recuperação foi observada até o momento. Tanto o rapper, quanto sua equipe, agradeceram aos profissionais de saúde responsáveis pelo seu acompanhamento desde o ocorrido.


 
Hungria comemora alta do hospital (Foto: reprodução/Instagram/@hungria_oficial)

“Hoje meu coração é só gratidão.”, escreveu Hungria. “Estou me recuperando da melhor maneira possível e logo estarei em casa, mais forte com a fé renovada.”. Ele aproveitou para agradecer as inúmeras mensagens de carinho e apoio que tem recebido dos fãs nos últimos dias, alegando ter feito toda a diferença em seu processo de recuperação.

Intoxicação por metanol

Nas últimas semanas, o uso de metanol encontrado em diversas bebidas alcoólicas tem sido um dos grandes assuntos a viralizarem nas redes sociais, especialmente, entre os jovens adultos. O Brasil, em especial o estado de São Paulo, tem registrado um aumento no número de casos de intoxicação pela substância. Pelo organismo interpretar o metanol de forma parecida com o álcool, os contaminados alegaram só perceber sua toxicidade quando a mesma já estava em ação.

O gerente médico do Pronto Atendimento do Hospital Sírio-Libanês Luis Fernando Pena, contou ao Portal G1 que os sintomas iniciais parecem uma “ressaca” comum, como tontura e dor de cabeça, mas podendo levar a problemas sérios no fígado e olhos, que podem se agravar no período de 48 horas. Sendo assim, é recomendado procurar um pronto-socorro nos primeiros sintomas.