Meta anuncia investimento bilionário em superinteligência

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, confirmou que a empresa lançará um ambicioso plano para investir centenas de bilhões de dólares na construção de gigantescos data centers destinados ao desenvolvimento de superinteligência artificial, sistemas capazes de superar a inteligência humana em diversas tarefas.

Infraestrutura de supercomputação

O primeiro grande data center, batizado de Prometheus, deverá entrar em operação em 2026, com potência superior a 1 gigawatt, suficiente para ocupar uma área comparável à parte significativa de Manhattan. O plano é que outro centro, denominado Hyperion, poderá alcançar até 5 gigawatts ao longo dos próximos anos, com isso a Meta pretende ampliar ainda mais essa rede de “titan clusters” superdimensionados.

A empresa elevou sua projeção de capex para 2025 entre US$ 64 bilhões e US$ 72 bilhões, valor quase o dobro de 2024. Com isso a meta consolidou sua solidez financeira com US$ 91 bilhões em fluxo operacional líquido, gerando capital para sustentar os investimentos.

Já investindo US$ 14,3 bilhões na Scale AI, assumindo 49% da startup especializada em rotulagem de dados inteligentes.

Recrutamento agressivo para uma reorganização

Zuckerberg está pessoalmente conduzindo um recrutamento intensivo de talentos em IA, oferecendo pacotes milionários para executivos de concorrentes como a OpenAI, Google, Apple, Anthropic e GitHub, para trabalharem em seu novo laboratório, denominado Meta Superintelligence Labs, que será liderado por Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, e Nat Friedman, ex-chefe da GitHub.


CEO da Meta Mark Zuckerberg (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

Isso se deve a uma reorganização interna, depois da criação da divisão Meta Superintelligence Labs, reunindo equipes como Meta AI, FAIR (Fundamental Artificial Intelligence Research) e outros projetos de IA geral sob um mesmo ambiente.

Reação do mercado e desafios futuros

As ações da Meta subiram cerca de 1% após o anúncio, impulsionando uma valorização acumulada de mais de 20–23% em 2025, impulsionada pela confiança dos investidores na ambição tecnológica da empresa.

Pois essa iniciativa marca o mais audacioso esforço da Meta até hoje para recuperar terreno na corrida global pela inteligência artificial, com foco não apenas em IA generativa, mas na construção de uma verdadeira superinteligência.

Meta dá novo passo rumo à superinteligência com criação de laboratório exclusivo de IA

A Meta anunciou a criação de um novo braço de pesquisa voltado exclusivamente para inteligência artificial avançada, batizado de Meta Superintelligence. O movimento reforça a intenção da empresa de acelerar o desenvolvimento de sistemas de IA com capacidades comparáveis, ou superiores, às humanas.

Uma aposta ambiciosa

A nova divisão foi estruturada para centralizar os esforços da companhia na corrida pela chamada Inteligência Artificial Geral (AGI). O objetivo é claro: sair da retaguarda e posicionar a Meta como uma das protagonistas globais no desenvolvimento de tecnologias de IA mais autônomas, adaptativas e abrangentes.

Segundo fontes próximas ao projeto, a Meta reuniu um time de elite para liderar a iniciativa. À frente do laboratório estará Alexandr Wang, fundador da Scale AI, que assume como Chief AI Officer. Ele será acompanhado por Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, que cuidará da frente de produtos e aplicações práticas.

Também fazem parte do time nomes influentes no setor de IA, como Daniel Gross, cofundador da Safe Superintelligence, e pesquisadores que passaram por empresas como OpenAI, DeepMind e Anthropic.


Podcast falando sobre avanço da Ia da meta (Vídeo: reprodução/YouTube/IAhoje)

Recrutamento de ponta e investimento bilionário

A formação da equipe tem sido feita com agressividade no mercado. De acordo com fontes do setor, executivos da Meta vêm oferecendo pacotes milionários para atrair talentos de empresas concorrentes. Algumas propostas estariam sendo conduzidas diretamente por Mark Zuckerberg, por meio de contatos pessoais.

O laboratório surge na esteira de um investimento robusto na Scale AI. A Meta desembolsou cerca de US$ 14,8 bilhões para adquirir uma participação de 49% na empresa, especializada em rotulagem de dados para IA. A aproximação com a Scale é vista como uma tentativa de integrar infraestrutura, dados e talentos sob uma mesma estratégia.

Produtos, metas e o cenário competitivo

Entre os planos da Meta, estão o aprimoramento do assistente Meta AI, o desenvolvimento de ferramentas publicitárias mais inteligentes, como anúncios em vídeo gerados por IA, e a integração de IA em óculos inteligentes, uma das apostas da empresa para o futuro da computação pessoal.

O anúncio ocorre em meio à intensificação da concorrência com Google, OpenAI e startups asiáticas que vêm ganhando espaço, como a DeepSeek. Com o novo laboratório, a Meta busca reposicionar-se no cenário global de IA, após uma recepção moderada dos modelos Llama 4 e uma série de saídas de executivos nos últimos meses.

Entre promessas e prudência

Apesar da movimentação ousada, o histórico recente da empresa com grandes apostas tecnológicas, como o Reality Labs, que acumulou mais de US$ 60 bilhões em perdas, levanta alerta no setor. Além disso, especialistas como Yann LeCun, cientista-chefe da Meta, alertam que ainda estamos longe de alcançar a AGI com as abordagens atuais.

A Meta, no entanto, parece disposta a encurtar esse caminho, nem que isso signifique redefinir sua estratégia mais uma vez.