Donos do Liverpool miram comprar time da primeira divisão espanhola

Os donos do Liverpool estão tentando migrar para La Liga e buscam a compra de um clube espanhol. O Fenway Sports Group (FSG), conglomerado norte-americano proprietário do catual campeão da Premier League, está em negociações avançadas para adquirir o Getafe, clube da primeira divisão espanhola. A informação foi confirmada por fontes próximas ao processo, que indicam que uma delegação do FSG visitou as instalações em fevereiro para avaliar o potencial do investimento. O time terminou a temporada 2024/25 na 13ª colocação do campeonato.

No entanto, o FSG não está sozinho nesse processo. O Qatar Sports Investments (QSI), grupo que controla o Paris Saint-Germain, também demonstrou interesse na aquisição do Getafe, conforme reportado anteriormente. Apesar da concorrência, o FSG acredita que sua experiência em gestão esportiva e sua visão estratégica podem ser diferenciais na negociação.

Um pouco sobre o FSG

Fundada em 2001 por Tom Werner e John W. Henry, o Fenway Sports Group é um conglomerado multiesportivo norte-americano, detentora de várias marcas e franquias famosas. Além do Liverpool, a empresa também é dona do Boston Red Sox da Major League Baseball, o Pittsburgh Penguins da National Hockey League e o Boston Common Golf da TGL, além disso, detém uma participação na RFK Racing da NASCAR, ao lado de Jack Roush (dono da equipe) e Brad Kezelowksi, campeão da categoria em 2012.


O FSG é dono do Boston Red Sox, uma das franquias mais famosas da MLB (Foto: reprodução/Maddie Malhotra/Getty Images Embed)

No entanto, mesmo com tal sucesso, isso não a impediu de participar de algumas polêmicas. Em 2019, a empresa foi alvo de críticas após uma tentativa do Liverpool — clube sob sua administração — de registrar a marca “Liverpool”. O pedido foi recusado devido ao “significado geográfico” do nome.

Em 2021, a FSG esteve no centro de uma controvérsia ao se envolver na tentativa, com os grupos proprietários de outros 11 clubes europeus, de criar uma Superliga Europeia. A proposta buscava emular elementos do modelo esportivo norte-americano, ao instituir uma competição com acesso restrito aos 15 clubes fundadores, eliminando praticamente o tradicional sistema europeu de promoção e rebaixamento por mérito esportivo.

Após a intensa reação negativa, o projeto entrou em colapso. O proprietário principal da FSG, John W. Henry, chegou a emitir um pedido público de desculpas, no qual assumiu total responsabilidade pelo envolvimento do Liverpool na iniciativa.

Um pouco sobre o Getafe

O Getafe Club de Fútbol S.A.D.  é um clube de futebol profissional da Espanha, sediado na cidade de Getafe, que fica dentro da Comunidade de Madri (capital do país).

O time, fundado originalmente em 1946, e refundado em 1983, alcançou a La Liga pela primeira vez em 2004. Desde então, participou da primeira divisão por doze temporadas consecutivas (2004 a 2016) e voltou à elite em 2017, onde permanece desde então.

Inclusive, na temporada 2018-19, o Getafe terminou em 5º lugar, sua melhor colocação na história da primeira divisão, e se classificou para a fase de grupos da Liga Europa de 2019-20. O time terminou em 2º lugar no seu grupo, com 12 pontos em 6 jogos, o que lhe permitiu avançar para a próxima fase. Nas oitavas de final, conseguiu vencer o Ajax por 3 a 2 no agregado. Graças a essa vitória, enfrentou a Inter de Milão nas quartas de final, mas acabou perdendo por 2 a 0 o confronto.


O Getafe derrotou o Ajax na Liga Europa em 2020 (Foto: reprodução/ Eric Verhoeven/Getty Images Embed)

O clube mantém rivalidades regionais com o Leganés, que também pertence à região sul de Madri, além de confrontos tradicionais com os dois gigantes da capital: Atlético e Real.

A equipe disputa atualmente a La Liga, e manda seus jogos no Estádio Coliseum, com capacidade para apenas 16.500 espectadores, inaugurado em 1998. Sendo esse um dos principais motivos para a FSG se voltar ao Getafe, as obras do novo estádio, que recém-começaram, além das saídas de principais nomes do elenco que têm projeção mundial. A compra surge, por parte da empresa, como forma de investimento ao clube.

“Agora sou Trent”: Real Madrid apresenta novo galáctico em clima de reinvenção

O cenário era clássico: o escudo do Real Madrid ao fundo, o presidente Florentino Pérez no centro e flashes disparando como chuva. Mas o protagonista de hoje não era qualquer um, era Trent Alexander-Arnold, um dos jogadores mais talentosos da geração inglesa, que agora atende apenas por “Trent”, por pedido do próprio.

E foi assim, com simplicidade no nome e ambição nos olhos, que o ex-lateral do Liverpool iniciou seu novo capítulo na carreira, tentando colocar seu nome na história merengue.

De Anfield a Madrid: o passo mais ousado da carreira

Em sua apresentação oficial, o agora “camisa 12” não escondeu a emoção. Falou em espanhol, que inclusive espantou muitos, pelo seu ótimo sotaque, gesticulou como um veterano da casa e cravou a frase que mais ecoou nos corredores de Valdebebas:

“Vestir essa camisa é mais que um sonho. É o topo.” – Exclamou o jogador.

O jogador chega como reforço estratégico para o novo ciclo de Xabi Alonso, que pretende transformar o Real em uma máquina moderna, versátil, jovem e impiedosa. Tentando fazer algo maior do que fez em seu ex-clube, no qual ficou marcado na história do clube.


Trent sendo apresentado pelo Real Madrid (Foto: Instagram/@realmadrid)

Uma nova identidade: de Alexander-Arnold a… “Trent”

Talvez a escolha mais simbólica do dia tenha sido a mudança no nome da camisa. Nada de sobrenome composto, nada de formalidade inglesa. O nome será “Trent”. Simples, direto e com personalidade, uma aposta para se conectar mais rapidamente com a torcida espanhola e mundial.

A decisão reflete mais que marketing: mostra que o jogador está pronto para recomeçar do zero em um clube onde o peso do escudo é maior que qualquer passado.

Contrato longo, pressa em brilhar

  • Contrato até 2031.

  • Valor simbólico de transferência: cerca de € 10 milhões pagos ao Liverpool para antecipar a chegada antes do Mundial, se não o clube ficaria sem o jogador para a disputa da competição.

  • Número da camisa: 12, tradicional entre os polivalentes do elenco.

Florentino Pérez não poupou elogios:

“Ele é mais do que um lateral. É uma mente criativa, uma joia rara do futebol europeu.”

Em paz com os rivais, em guerra por títulos

Trent também foi questionado sobre como será dividir vestiário com Mbappé e Vini Jr., jogadores com quem já travou batalhas em campo, por jogos muito decisivos.

“É muito melhor jogar com eles do que contra. Agora, somos parte da mesma história.”

Com essa frase, ele virou a página da rivalidade e entrou no livro dos Galácticos 2.0, grupo que busca chegar em grandes conquistas, com muitas estrelas.

Primeiros desafios: Mundial de Clubes e La Liga no radar

O novo camisa 12 já tem missão marcada: estreia no Mundial de Clubes, em solo americano, onde o Real enfrenta o Al-Hilal em sua primeira partida. Uma chance de ouro para mostrar que está pronto, não apenas para jogar, mas para liderar uma nova era em Madrid. Ele também é visto como essencial, pois o clube vem de uma temporada em que o seu lateral direito não conseguiu jogar muito, devido a lesões.

E agora?

O Real Madrid de Xabi Alonso se arma com juventude, técnica e uma identidade renovada. E Trent chega com tudo para ser mais que um lateral: um símbolo dessa transição.

A camisa é nova, o nome é curto, mas a expectativa é gigante. Madrid tem um novo sonho, e ele atende por Trent.