Vasco deve recorrer à base para enfrentar o Fortaleza

O Vasco da Gama avalia a possibilidade de recorrer a uma alternativa vinda do próprio elenco de base para suprir a lateral-direita no confronto diante do Fortaleza, marcado para a próxima quarta-feira (15), às 21h30, em São Januário. O técnico Fernando Diniz pode enfrentar dificuldades para escalar seus dois principais laterais: Paulo Henrique e Puma Rodríguez.

Convocações e longas viagens complicam escalações

Paulo Henrique, recentemente chamado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, estará em Tóquio na véspera do jogo, onde o Brasil enfrenta o Japão em amistoso internacional às 7h30 (horário de Brasília). O retorno ao país exigirá cerca de 25 horas de viagem, o que praticamente inviabiliza sua presença em campo, além do desgaste físico inevitável.

O companheiro de posição, Puma Rodríguez, também foi convocado, dessa vez pela seleção uruguaia, e deve encerrar sua participação na Data Fifa em confronto contra o Uzbequistão, no dia 13 de outubro, às 9h45, na Malásia. Embora tenha uma chance um pouco maior de retorno, o trajeto igualmente extenso e o tempo de recuperação reduzem as possibilidades de Diniz contar com ele diante dos cearenses.

Jovem da base pode ganhar chance inédita

Diante desse cenário, a comissão técnica considera utilizar Paulo Ricardo, conhecido como Paulinho, de apenas 20 anos. O lateral, revelado nas categorias de base cruzmaltinas, marcou o primeiro gol do Vasco na temporada, durante o empate por 1 a 1 contra o Nova Iguaçu, na estreia do Campeonato Carioca.


Revelado em São Januário, Paulinho ganha destaque como possível substituto dos laterais convocados por seleções (Foto: Reprodução/Instagram/@paulinhosb05)

O atleta quase foi emprestado ao Volta Redonda ao longo da temporada, mas permaneceu no elenco principal e pode agora receber sua primeira oportunidade sob o comando de Fernando Diniz. Internamente, Paulinho é tratado como uma das promessas mais promissoras formadas em São Januário, com passagens regulares pelas seleções de base do Brasil.

Até o momento, o jovem acumula sete atuações e um gol pelo time profissional, e pode ser a alternativa ideal em meio às ausências provocadas pelas convocações internacionais. O confronto com o Fortaleza, portanto, pode marcar um novo capítulo para a joia vascaína — e uma chance para Diniz testar soluções formadas em casa.

São Paulo traça plano estratégico para reforçar a lateral direita

Enquanto o elenco se movimenta dentro de campo, a diretoria do São Paulo trabalha nos bastidores para resolver uma carência que se arrasta desde a saída de Igor Vinícius: a lateral direita. Com um perfil de atleta bem definido, o clube aposta em um planejamento cirúrgico e cauteloso para não comprometer o orçamento e, ao mesmo tempo, manter o padrão competitivo da equipe.

Lateral coringa

Mais do que um simples substituto para a função, o São Paulo está atrás de um jogador que possa cumprir múltiplos papéis. A prioridade é trazer um lateral-direito que também possa atuar como zagueiro pelo lado direito, especialmente em esquemas com linha de três defensores.

Essa característica é vista como essencial para dar mais flexibilidade ao técnico e garantir consistência tática diante de possíveis desfalques.



Hernan Crespo treinador do São Paulo (Foto:reprodução/x/@andrehernan)

Economia como palavra de ordem

Com as finanças sob controle, mas longe da abundância, o Tricolor tem evitado investir em contratações definitivas nesta janela. A preferência é para atletas que estejam livres no mercado ou que possam chegar por empréstimo, desde que se encaixem na estrutura salarial do clube.

O momento exige cautela, especialmente após recentes investimentos e com outras posições também pedindo atenção, como o meio-campo, que sofre com a ausência de Oscar.

Puma Rodríguez no radar

Entre os nomes observados, um começa a ganhar força: o lateral uruguaio Puma Rodríguez, atualmente sem espaço no Vasco. Com contrato se encerrando no fim do ano, uma rescisão amigável poderia abrir caminho para sua chegada ao Morumbi sem custos de transferência.

A experiência do jogador e sua capacidade de atuar em mais de uma função são vistas com bons olhos internamente.

Prata da casa como plano B

Enquanto o mercado não oferece soluções definitivas, o clube aposta em casa. O jovem Maik, formado em Cotia, voltou a treinar com o elenco principal após se recuperar de lesão e já teve seu contrato renovado até 2028.

A comissão técnica enxerga o lateral como uma peça de reposição promissora, caso a busca por reforços não se concretize até o fechamento da janela.