Furacão Melissa avança com ventos de quase 300 km/h

O furacão Melissa se torna o segundo mais forte da história, com ventos de quase 300 km/h que avançam pelo Caribe, com foco na Jamaica, nesta terça-feira (28). O fenômeno fica atrás apenas do furacão Allen (305 km/h) de 1980. A tempestade foi considerada a mais forte a atingir o planeta..

Os percursos do furacão Melissa

Formado nas águas do Atlântico Norte, o fenômeno começa com tempestades tropicais que ganham forçam ao encontrarem águas quentes e poucos ventos frios. O Melissa saiu da África Ocidental e se movimentou para o Caribe em 21 de outubro.


Furacão Melissa (Foto: reprodução/Instagram/@terrafatos)

Além da Jamaica, a previsão é que o furacão atinja Cuba como um grande ainda no fim desta noite ou no início da manhã de quarta-feira (29). É possível que o fenômeno chegue em partes das Bahamas e áreas vizinhas.

É na parede do olho do furacão onde estão os ventos mais fortes e está se movendo em direção à Jamaica. O furacão só atingirá a costa se metade do seu olho cruzar a terra firme.

Rastros do fenômeno

O Centro Nacional de Furacões americano classificou o Melissa como categoria 5, o nível máximo na escala de Saffir-Simpson. Assim, especialistas afirmam que a tempestade possui um grande poder destruição.

A tormenta, que já deixou 7 mortes no Caribe, com vítimas na Jamaica, no Haiti e na República Dominicana, teve diminuição na pressão central mínima, o que indica aumento da intensidade nas horas seguintes, pois quanto menor a pressão, maior a tempestade.


Furacão Melissa atinge Jamaica (Foto: reprodução/Instagram/@carlosjotasilva)

Na Jamaica, mais de 52 mil pessoas sofrerem com a falta de energia causada pelo furacão e equipamentos reestabelecerem o fornecimento de energia para mais de 30 mil clientes. Porém, segundo a Serviço Público da Jamaica (JPS), eles continuaram a “restabelecer o fornecimento de energia nas comunidades afetadas enquanto for seguro” para as equipes.

Atualmente, o furacão Melissa está se movendo em direção ao norte-nordeste a 11 km/h.

Região mais populosa da Jamaica na rota do furacão Melissa

O furacão Melissa deve atingir a Jamaica nesta terça-feira (28) com ventos de até 280 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. O fenômeno é considerado altamente destrutivo, com risco de enchentes, deslizamentos e elevação do nível do mar em até 4 metros.

A Federação Internacional da Cruz Vermelha estima que cerca de 1,5 milhão de pessoas serão diretamente afetadas — mais da metade da população jamaicana —, o que evidencia um risco elevado de enchentes, desmoronamentos e aumento do nível do mar em até 4 metros em trechos do litoral, o que intensifica o alerta para áreas costeiras e sobre áreas densamente habitadas.

Furacão mais forte do século

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou para a gravidade da situação na Jamaica com a chegada do furacão Melissa, que pode provocar rajadas de vento de até 300 km/h, enchentes súbitas e deslizamentos de terra, configurando o fenômeno climático mais severo registrado no país em um século.

Mais de 800 abrigos foram mobilizados para acolher moradores de áreas vulneráveis, enquanto autoridades preveem que, após atravessar a ilha, o furacão volte a atingir Cuba entre a noite desta terça-feira (28) e a manhã de quarta-feira (29).


Furacão Melissa atinge categoria 5 (Vídeo: reprodução/R7)

A trajetória do furacão já resultou em sete mortes no Caribe: três no Haiti, três na Jamaica e uma na República Dominicana. De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, o fenômeno segue classificado na categoria 5, com ventos que chegam a 280 km/h.

Evacuação em massa na Jamaica

Diante da ameaça representada pelo furacão Melissa, o governo da Jamaica decretou estado de emergência e determinou evacuação compulsória em várias áreas consideradas de alto risco. Entre as comunidades afetadas estão Rocky Point, Baía do Porto Velho, Taylor Land, New Haven e Riverton City.

O primeiro-ministro Andrew Holness afirmou que a Jamaica não tem estrutura para suportar um furacão de categoria 5 e que o principal desafio será a reconstrução. As medidas emergenciais seguem válidas enquanto houver risco à população. O ministro da Saúde, Christopher Tufton, informou que pacientes foram transferidos para andares superiores de hospitais costeiros como precaução diante da elevação do nível do mar.