Tripulação da Crew-10 retorna à Terra com splashdown no Pacífico

A missão Crew-10 encerrou com sucesso sua estadia de quase cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS). A tripulação retornou com sucesso para Terra em um pouso no mar da costa da Califórnia, feito que marca o primeiro pouso no Oceano Pacífico de uma tripulação da NASA em cerca de 50 anos.

Pouso histórico e resgate rápido

Na manhã deste sábado (9), às 11h33 (horário de Brasília), a cápsula SpaceX Dragon, apelidada de Endurance pela tripulação, aterrissou nas águas do Pacífico perto de San Diego, trazendo de volta os astronautas Anne McClain (comandante, NASA), Nichole Ayers (piloto, NASA), Takuya Onishi (JAXA) e Kirill Peskov (Roscosmos), após 148 dias em órbita.

O retorno ocorreu de forma segura e imediatamente após a aterrissagem, a equipes de resgate da SpaceX se alinharam ao módulo para içamento e levaram a tripulação de volta à costa, de onde vão seguir para o Johnson Space Center, em Houston, para passarem por exames médicos e reencontrar com seus familiares.

Função da Missão

Durante essa missão, a equipe realizou mais de 200 experimentos em microgravidade, incluindo estudos sobre o crescimento de plantas, microalgas, os efeitos da radiação no DNA vegetal e alterações na estrutura dos olhos humanos, para contribuir para avanços visando adquirir conhecimentos para uma futura missão longa na Lua ou em Marte. Além de também participarem das atividades de manutenção e atualização da ISS.


Estação Espacial Internacional ISS (Foto: reprodução/NASA/Handout/Getty Images Embed)

Além da missão também reforçou o papel da cooperação entre diferentes agências espaciais. Como os astronautas dos Estados Unidos, Japão e Rússia compartilhando experiências e recursos a bordo da ISS, mostrando que a pesquisa espacial ultrapassa barreiras geopolíticas em prol de objetivos científicos comuns. Essa colaboração é vista como essencial para viabilizar missões mais complexas e de longa duração no futuro.

A NASA se pronunciou e destacou que o sucesso do retorno da tripulação representa um avanço significativo na Commercial Crew Program, reforçando a colaboração civil e internacional no espaço. Seu administrador interino Sean Duffy elogiou a missão como “os alicerces da exploração humana de longa duração”, isso mira um futuro com a presença humana na Lua e em Marte.

Missão Crew‑11 da SpaceX chega à Estação Espacial com quatro astronautas

Nesta tarde do dia 1º de agosto de 2025, quatro astronautas sendo eles, Zena Cardman, Mike Fincke, Kimiya Yui e Oleg Platonov, saíram da Estação de Lançamento 39A da NASA no Cabo Canaveral a bordo do foguete Falcon 9, com a cápsula Endeavour da SpaceX. A equipe decolou às 11h43 e em menos de 16 horas, conseguiram acoplar autonomamente ao porto Harmony da ISS por volta das 2h26, marcando um dos voos mais rápidos no espaço, concluído tudo em apenas cerca de 15 horas desde o seu lançamento iniciar. As escotilhas foram abertas aproximadamente às 4h45, marcando o final da acoplagem.

Objetivos científicos e importância da missão

A missão Crew‑11, tem uma duração prevista entre seis a oito meses e se destaca porque irá realizar simulações de pouso lunar, observará como a microgravidade impacta a pilotagem de futuras naves.

Eles buscam estudar efeitos biológicos como a divisão de células vegetais e o comportamento de vírus em microgravidade. Também serão analisadas células-tronco humanas e produção de nutrientes sob condições espaciais. Além de avaliar os riscos e testar contramedidas como suplementos de vitamina B e a utilização de braçadeiras compressivas.

Significado do ponto de vista estratégico

A missão é o êxito do programa Commercial Crew Program, que permite que se mantenham voos regulares a ISS por meio de parcerias com a empresa privada de Elon Musk, a SpaceX, esta foi a 11ª rotação operacional feita pela Dragon, e o 12º voo tripulado por humanos com sucesso desde 2020.


Foguete das missões tripuladas da SpaceX (Foto: reprodução/MIGUEL J. RODRIGUEZ CARRILLO/Getty Images Embed)

Tem um grande destaque também a cooperação internacional entre Estados Unidos, Japão e Rússia, em meio às últimas tensões geopolíticas que o mundo enfrenta. O voo ocorreu no mesmo momento em que os líderes da NASA e da Roscosmos se encontravam pessoalmente pela primeira vez desde 2018, reafirmando o compromisso com a ISS até sua desativação, que está planejada para ser realizada em 2030.

A chegada da Crew‑11 da SpaceX marca mais do que uma simples mudança de tripulação, ela é um símbolo da capacidade da exploração espacial moderna. Unindo a experiência com a inovação, com objetivos alinhados aos programas Artemis e pesquisas para beneficiar a Terra, esta missão também reforça que o espaço continua sendo um local de cooperação pacífica, sem o envolvimento político.