Netanyahu planeja assumir controle total de Gaza, informa TV israelense

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, vai ampliar sua atuação na Faixa de Gaza. O objetivo é dominar completamente a região, visando exercer plano controle territorial. A notícia foi transmitida pelo canal i12 de Israel, baseando-se em dados obtidos por fontes governamentais.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel não se manifestou até o momento.

Segundo o canal, o primeiro-ministro convocará uma reunião com sua equipe de governo para divulgar a determinação na terça-feira (5). Apesar de não divulgar o que será falado na reunião, confirmou que o foco será debater estratégias para a Faixa de Gaza.

Segundo fontes ouvidas pelo canal de TV, a decisão foi tomada após o insucesso das negociações por um cessar-fogo, que incluía a devolução dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

O que prevê o plano

O plano envolveria a entrada estratégica das forças armadas em partes específicas da Faixa de Gaza, onde foram identificadas pelos serviços de inteligência, como possíveis locais onde estariam os cativeiros de reféns.

Seria uma forma de enfraquecer a resistência do Hamas e tentar localizar os reféns.

O desejo de assumir o controle total de Gaza não é recente. Em maio, durante a autorização de reabertura de entrada de apoio humanitário, o primeiro-ministro Netanyahu declarou que dominar o território estava incluído em seu “plano de vitória” da guerra.


Moradores de Gaza em meio a fome e ataques (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

Netanyahu visita a Casa Branca

Anteriormente, em uma visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, manifestou a intenção de formular estratégias para que os Estados Unidos controle Gaza, realocando os habitantes do local, enviando-os para países próximos, e o projeto inclui a criação de resorts de luxo no local.

Essa seria uma maneira de garantir controle absoluto na região, consolidando presença estratégica e domínio político e econômico na região.

Israel realiza nova ofensiva aérea em território iraniano e alerta população local

Nesta quinta-feira (19), forças israelenses intensificaram uma ofensiva aérea contra o Irã, atingindo áreas estratégicas como Teerã, Arak, Natanz e Isfahan. Os ataques, voltados principalmente para instalações nucleares e infraestruturas militares, ocorrem em meio a uma escalada de tensões entre os dois países iniciada no início do mês.

Além dos bombardeios, as autoridades israelenses emitiram ordens de retirada imediata para civis nas regiões afetadas, alegando risco direto à segurança da população.

Israel intensifica ações no Irã e pede evacuação de civis

As Forças de Defesa de Israel iniciaram, nesta quinta-feira (19), uma nova série de ofensivas aéreas em diferentes regiões do Irã, incluindo a capital, Teerã. As operações foram confirmadas pelas autoridades militares israelenses, que classificaram a ação como parte de uma estratégia contínua para atingir alvos militares do regime iraniano.

Entre os locais sob risco está a região de Arak, situada no oeste iraniano, que abriga uma instalação nuclear composta por um reator e uma central de produção de óxido de deutério. Essa substância pode ser utilizada na produção de plutônio, que representa uma alternativa técnica na construção de armamentos nucleares. Além de Arak, a cidade de Khandab também está sob alerta.

As autoridades israelenses emitiram mensagens diretas aos civis que habitam essas regiões, instruindo-os a deixarem imediatamente suas casas. O comunicado alerta que a permanência nesses locais representa uma ameaça direta à segurança da população.

Fontes do governo israelense indicam que os bombardeios são parte de uma campanha mais ampla de ações militares no território iraniano, realizada nos últimos dias, visando neutralizar capacidades estratégicas ligadas à infraestrutura militar do Irã.

Conflito iniciou em 13 de junho

A atual fase do confronto iniciou-se na sexta-feira (13). Nesse dia, Israel lançou a operação “Rising Lion” contra mais de cem alvos no Irã, entre eles centros nucleares e militares. Em resposta, o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém, incluindo ataques que causaram danos residenciais e atingiram a embaixada norte-americana. 


Episódio de podcast que explica o início do conflito (Áudio: reprodução/Spotify/ O Assunto)

Na quarta-feira (18), um míssil iraniano atingiu o hospital Soroka, em Be’er Sheva, no sul de Israel, provocando ao menos 40 feridos e danos extensos. Desde então, a reação israelense tem incluído novos bombardeios, sobretudo contra instalações nucleares, com o objetivo declarado de desmantelar a estrutura de comando iraniana considerada uma ameaça existencial.