As sapatilhas, símbolo de conforto e elegância minimalista, têm reconquistado um público inesperado: os homens. Com novas propostas e numerações inclusivas, o calçado se firma como peça-chave de um estilo livre de rótulos.

Desde 2023, marcas como Miu Miu, Fendi e Saint Laurent têm levado às passarelas versões masculinas das tradicionais, ballet flats. No Brasil, nomes como Puma e Agui acompanham o movimento, apostando em modelos com numerações maiores e designs versáteis. O resultado é uma moda mais democrática, que resgata um calçado já usado por homens em diferentes períodos históricos, do Renascimento ao século XVIII.

Tendência global e influência de celebridades

Ícones como Bad Bunny, Harry Styles, Marc Jacobs, Danny Bowien e o modelo Richard Biedul foram vistos incorporando sapatilhas em seus looks, impulsionando a visibilidade da peça. A presença desses nomes no, street style e em editoriais reforça que o calçado deixou de ser um item exclusivamente feminino para se tornar símbolo de liberdade estética.

Essa influência não se restringe apenas ao público fashionista. Ao aparecerem em eventos, clipes e redes sociais, essas personalidades ajudam a quebrar barreiras culturais e inspiram mais homens a experimentarem o visual, ampliando a aceitação da tendência no dia a dia.

Versatilidade e resgate histórico

As sapatilhas masculinas combinam com diferentes estilos, indo de jeans básicos a alfaiataria leve e shorts amplos, sempre mantendo um ar de sofisticação despretensiosa. O minimalismo do design favorece a adaptação em diversas ocasiões, seja em um look casual ou mais arrumado.

O retorno desse calçado também resgata um capítulo pouco lembrado da moda masculina. Durante o Renascimento e no século XVIII, homens de diferentes classes sociais já usavam versões de sapatilhas, muitas vezes adornadas com bordados e tecidos nobres. Hoje, o resgate dessa estética vem com um toque contemporâneo, unindo praticidade e estilo.

Ao atravessar séculos e voltar com força para o guarda-roupa masculino, as sapatilhas provam que moda e gênero podem andar separados. Com apoio das passarelas, das marcas e de ícones culturais, o calçado ganha status de item de estilo atemporal, confortável e livre de rótulos.