Trump anuncia sanções que comparam Moraes e esposa à Bonnie & Clyde

Na última segunda-feira (22), o Governo Trump anunciou que a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi incluída na lista de sanções dos Estados Unidos, baseada na lei Magnitsky. Mas o que chamou atenção foi forma que a Casa Branca apresentou essa medida comparando-os, em comunicado oficial, aos criminosos americanos Bonnie & Clyde.

De acordo com o Governo americano, Viviane de Moraes atua como facilitadora e protetora das ações do esposo. O secretário de Estado Marco Rubio apontou o Ministro como um “ator estrangeiro maligno”, que anteriormente já havia sido imposto à mesma lei.


Ministro Alexandre de Moraes e Viviane de Moraes (Foto: reprodução/G1)

Sobre as sanções

A medida possui embasamento na lei Magnitsky, aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012,   a qual habilita os Estados Unidos aplicar ações como congelamento de contas, proibição de transações financeiras e bloqueio de bens contra pessoas consideradas ameaças, especialmente suspeitos de corrupção ou violação aos direitos humanos.

Com a inclusão de Viviane de Moraes na lista, qualquer movimentação financeira feita na conta da advogada que seja ligada a ela em bancos americanos é automaticamente bloqueada, como, por exemplo, a Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa da família Moraes. Para que o processo seja retirado é necessário que o sancionado comprove mudança de comportamento, passando por um processo lento de reavaliação.

Possível semelhança entre casais

Bonnie & Clyde, foram um casal de criminosos que agiam contra às leis americanas no período da Grande Depressão, cometendo assaltos às lojas, bancos e até sequestros e assassinatos entre 1932 e 1934, quando foram mortos em uma emboscada policial.  Eles se tornaram famosos por ser um símbolo de resistência e rebeldia da época.


Casal de criminosos, Bonnie & Clyde (Foto:reprodução/Hulton Archive/Getty Images Embed)

Segundo especialistas, a afirmação da Casa Branca em compará- los foi altamente política e simbólica, tendo em vista que Moraes e Viviane teriam possivelmente atuado em parceria para minar instituições democráticas e obter vantagens pessoais.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal afirmou em nota que não fará comentários sobre decisões de governos estrangeiros.

EUA sancionam esposa de Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (22) a aplicação da Lei Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A sanção, que congela bens e proíbe transações financeiras nos Estados Unidos, é descrita pelo Tesouro americano como uma medida contra o que classificam como “abusos de direitos humanos” e corrupção no Judiciário brasileiro. A decisão também inclui a revogação de vistos de outras seis autoridades do país.

Justificativas da sanção

Segundo o comunicado oficial do Departamento do Tesouro dos EUA, a sanção contra Viviane se deve ao seu papel como “facilitadora e financiadora” das atividades do marido. Os EUA apontam que o escritório de advocacia do qual ela é sócia e o Instituto Lex, que ela preside, teriam apoiado financeiramente as ações de Moraes, que, segundo o governo americano, incluem “censura, prisões arbitrárias e perseguição a opositores políticos”.

As consequências são imediatas. Os bens de Viviane nos EUA estão bloqueados, e ela está proibida de realizar qualquer transação com cidadãos ou empresas americanas, o que afeta até mesmo o uso de cartões de crédito de bandeiras internacionais. O Instituto Lex também foi incluído na lista de entidades sancionadas. Além disso, o governo americano revogou os vistos de seis outras autoridades brasileiras, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ex-Procurador-Geral da República, José Levi, que atuou em investigações sensíveis.

O próprio Alexandre de Moraes já havia sido sancionado pela Lei Magnitsky, em julho de 2025, como uma resposta às decisões do ministro que envolveram censura, bloqueios de contas em redes sociais e prisões de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.


O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa, Viviane Barci de Moraes (Foto: reprodução/MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images Embed)

Entenda a Lei Magnitsky

A Lei Global Magnitsky é uma legislação americana que permite ao governo dos EUA sancionar estrangeiros por violações graves de direitos humanos ou por atos de corrupção significativa. As sanções podem incluir o congelamento de ativos, proibição de entrada no país e restrição de transações financeiras. A lei, promulgada em 2016, foi usada anteriormente para sancionar figuras como oligarcas russos e autoridades venezuelanas, mas recentemente se tornou uma ferramenta para combater o que o governo Trump considera “abusos” de figuras jurídicas no Brasil.

Reações e impacto político

No Brasil, políticos e ativistas bolsonaristas comemoraram a decisão, classificando-a como um “ato de justiça” e um “estrangulamento financeiro” ao que chamam de “ditadura do Judiciário”. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que há meses vinha articulando essa medida nos EUA, celebrou a notícia nas redes sociais.

Em resposta, Alexandre de Moraes divulgou uma nota classificando a sanção como “ilegal e lamentável”, e reafirmou seu compromisso com a “independência constitucional”. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o STF defenderam a soberania do país, e a Faculdade de Direito da USP condenou a medida como uma interferência indevida em assuntos internos.

Governo Trump aplica Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou a Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A decisão ocorreu nesta quarta-feira (30) e prevê sanções econômicas a estrangeiros, com bloqueio de contas bancárias e bens que estejam em território dos Estados Unidos. Outra punição é a proibição da entrada dos penalizados no país. Transações bancárias que estejam relacionadas ao sistema americano também ficam suspensas.

A lei é destinada a pessoas que cometeram crimes contra os direitos humanos e envolvidos em corrupção. A informação foi recebida pelo jornalista da CNN, Lourival Sant’Anna.

Apesar de o ministro não se enquadrar em nenhum desses perfis, o presidente norte-americano considera que as decisões do STF sobre Jair Bolsonaro (PL) são uma operação de “caça às bruxas“. As medidas são uma forma do governante pressionar Moraes e os outros ministros sobre o julgamento de Bolsonaro.

No começo de julho, em sua rede social, Trump escreveu que “Estarei observando de perto a caça às bruxas de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores“.

Taxações

Além da Lei Magnitsky, o governo de Donald Trump aplicará taxações ao Brasil a partir de agosto. Também motivado pela política interna brasileira, as tarifas serão cobradas aos produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos.

Totalizadas atualmente em 10%, as taxas terão um acréscimo de 40%, ou seja: passarão a ser de 50%. Mesmo com o discurso sobre o julgamento de Jair Bolsonaro, analistas políticos dizem que essa decisão é uma medida para afastar o Brasil da China, pois o país tem estreitado as relações com o Brics.


Em publicação, Donald Trump cita países do Brics (Foto: reprodução/Truth/@realDonaldTrump)

Bolsonaro

Após decisão votada pela primeira turma do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a usar tornozeleira eletrônica com monitoramento e recolhimento domiciliar, além de estar proibido de entrar em contato com autoridades estrangeiras. As redes sociais também estão restritas ao político.

Para Alexandre de Moraes, a medida cautelar é motivada pelo envolvimento de Bolsonaro com ataques contra o Estado Democrático de Direito.

Universidade da Pensilvânia limita atletas trans após pacto com gestão Trump

A Universidade da Pensilvânia decidiu, nesta terça-feira (02), restringir a participação de atletas trans em times femininos. A medida faz parte de um acordo firmado com o governo do ex-presidente Donald Trump e encerra um processo federal que questionava a presença dessas atletas nas competições da instituição. Nos últimos meses, o caso ganhou destaque e foi alvo de uma investigação conduzida pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos. Segundo as autoridades, a participação de mulheres trans em equipes femininas poderia violar regras que garantem competições justas, o que motivou a universidade a revisar suas políticas esportivas.

Regra pode causar impacto no esporte universitário

A partir desta nova regra, apenas atletas registradas como mulheres ao nascer poderão competir nas equipes femininas. O acordo prevê ainda a revisão de resultados anteriores, com a possível devolução de títulos e medalhas conquistados em competições questionadas. Além disso, a universidade deverá enviar pedidos formais de desculpas às atletas que se sentiram prejudicadas durante o período investigado. Todas essas medidas visam cumprir as exigências das autoridades e evitar possíveis cortes no financiamento da instituição.


Nadadores competindo (Foto: reprodução/Kathryn Riley /Getty Images Embed) 

Essa mudança ocorre após meses de debates sobre a participação de atletas trans e a necessidade de preservar a competitividade justa no esporte feminino. Apesar da decisão, a universidade reforçou que continuará promovendo espaços inclusivos para atletas trans em outras modalidades, reafirmando seu compromisso com a diversidade e o diálogo.

Decisão provoca reações e debate sobre inclusão no esporte

Essa medida reacendeu o debate sobre inclusão e gerou reações variadas. Organizações que defendem os direitos LGBTQIA+ criticaram a decisão, classificando-a como um retrocesso que exclui atletas trans e dificulta a construção de ambientes esportivos acolhedores. Por outro lado, parte da opinião pública e representantes esportivos apoiaram a medida, argumentando que ela protege a competitividade justa entre as atletas femininas, garantindo regras equilibradas para todas. Esses especialistas indicam que a decisão pode influenciar políticas em outras universidades e organizações esportivas nos Estados Unidos. O tema segue em evidência e deve motivar a criação de novas regras e soluções, tanto no esporte universitário quanto em competições profissionais.