Procuradora-geral de Nova York é investigada por fraude bancária após processar Trump

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, conhecida mundialmente por ter liderado o processo civil contra o ex-presidente Donald Trump, está sendo investigada por suspeita de fraude bancária. De acordo com informações divulgadas pelo governo federal dos Estados Unidos, a promotora teria se envolvido em operações financeiras irregulares, o que pode colocar em xeque sua credibilidade e afetar os desdobramentos de casos em que atuou nos últimos anos.

Investigação aponta movimentações suspeitas

Segundo as autoridades americanas, a investigação foi aberta após a detecção de possíveis inconsistências em relatórios financeiros ligados à procuradora. Há suspeitas de que ela tenha participado de movimentações de valores que não teriam sido devidamente declarados, utilizando intermediários ou contas paralelas para mascarar a origem do dinheiro. A apuração ainda é preliminar, mas fontes próximas ao caso afirmam que os indícios são considerados sérios o suficiente para justificar o aprofundamento das investigações.

Repercussão política e impacto sobre o caso Trump

Letitia James ganhou destaque nacional ao conduzir o processo contra Donald Trump e sua organização, acusando o ex-presidente de inflar o valor de seus ativos para obter benefícios financeiros. Agora, o cenário se inverte: críticos do Partido Republicano apontam contradição e ironia na situação, afirmando que a promotora enfrenta acusações semelhantes às que ela mesma apresentou contra o ex-presidente. Por outro lado, aliados democratas pedem cautela e destacam que nenhuma condenação foi formalizada até o momento.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/ Spencer Platt / Getty Images Embed)

Autoridade sob pressão e próximos passos

A acusação gerou forte repercussão no meio político e jurídico de Nova York. Especialistas em direito afirmam que, caso as suspeitas sejam comprovadas, James poderá ser afastada do cargo e responder criminalmente por fraude financeira, crime que pode levar a penas severas nos Estados Unidos. A procuradora ainda não se manifestou oficialmente, mas pessoas ligadas ao seu gabinete afirmam que ela nega qualquer envolvimento com irregularidades e se diz vítima de uma tentativa de retaliação política.

Contexto e histórico profissional

Formada em Direito pela Universidade Howard, Letitia James é a primeira mulher negra a ocupar o cargo de procuradora-geral do estado de Nova York. Sua atuação firme contra grandes corporações e figuras públicas a transformou em um dos nomes mais conhecidos do sistema jurídico americano. A investigação atual, no entanto, representa um dos maiores desafios de sua carreira e pode influenciar diretamente a percepção pública sobre a imparcialidade do sistema judicial dos Estados Unidos.

Diretora do Federal Reserve é acusada de cometer fraude hipotecária

O Diretor de Habitação Federal dos Estados Unidos, Bill Pulte, acusa a diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook, de cometer fraude hipotecária. Segundo Pulte, Cook possui duas hipotecas supostamente reivindicadas como ocupação principal.

Ela teria falsificado documentos bancários e registros de propriedade para obter condições de empréstimo mais favoráveis. Pulte solicitou uma investigação para a Procuradora-Geral, Pamela Jo Bondi. Após denúncia de Bill Pulte, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu em seu perfil no Truth Social que “Cook deve renunciar, agora!!!”

Denúncia

O diretor de habitação postou em seu perfil na rede social X que Lisa Cook atestou que sua casa, em Michigan era sua residência principal. Isso ocorreu em 18 de junho de 2021. Contudo, em 2 de julho do mesmo ano, ela teria assinado documentos de uma hipoteca de uma casa em Atlanta e alegou que esta era sua casa principal. Lisa teria realizado a fraude visando garantir condições favoráveis ​​de empréstimo.

Pulte também alegou que Cook anunciou seu apartamento em Atlanta, Geórgia, para alugar. Hipotecas para casas usadas como residências principais normalmente têm taxas de juros mais baixas do que imóveis comprados para aluguel. A denúncia foi feita mediante uma carta enviada por Pulte ao Departamento de Justiça no dia 15 de agosto de 2025. O diretor de habitação também publicou em seu perfil os documentos com as assinaturas de Cook.

O responsável do Departamento de Justiça, Ed Martin, planeja investigar Lisa e recomendou que o presidente do Fed, Jerome Powell, destitua-a do cargo no banco central americano. Além disso, Martin disse que seu trabalho de investigação é apartidário: “Se for um republicano cometendo fraude hipotecária, vamos investigar. Se for um democrata, vamos investigar”, disse ele. Em virtude da denúncia contra Lisa, Donald Trump passou a cobrar a renúncia de seu cargo no Fed.


Lisa Cook, no dia de sua nomeação (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Respostas de Cook

Lisa Cook respondeu às acusações de fraude e disse que não pretende renunciar: “Não tenho intenção de ser pressionada a renunciar ao meu cargo por causa de algumas perguntas levantadas em um tweet”. Ela alegou ter tomado conhecimento da investigação por meio da mídia que está cobrindo o caso.

Ela foi nomeada para o conselho administrativo do Fed pelo ex-presidente democrata Joe Biden em 2022 e reconduzida no ano seguinte para um mandato que encerra em 2038. E ela não poderá ser destituída do cargo, exceto se renunciar.


Denúncia de Bill Pulte encaminhada ao Departamento de Justiça (Foto: reprodução/X/@pulte)

Indicação de Trump

A denúncia surge em um período em que o presidente republicano necessita de apoio dentro do Fed para baixar a taxa de juros. Caso Lisa Cook resolva renunciar, o critério que Trump estabeleceu para uma nova indicação é que o nomeado defenda taxas menores.

Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell, foi criticado por Trump, sendo chamado de “tarde demais”, por não o atender em baixar as taxas há alguns meses. Powell também foi ameaçado de demissão, com possíveis nomes já ventilados na imprensa para ocpar o cargo. Scott Bessent e Michelle Bowman, que atua como membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve desde 2018, são alguns deles.

Sean Kingston é condenado a 3 anos e meio de prisão por fraude milionária

O rapper americano Sean Kingston, 35 anos, foi condenado a três anos e meio de prisão federal por fraude eletrônica. A sentença, que foi divulgada pela “CBS News” e confirmada por outros veículos como a “Associated Press”, também envolve sua mãe, Janice Turner, que foi condenada a cinco anos de prisão. Ambos foram considerados culpados por orquestrar um esquema milionário que incluía a compra de carros de luxo, joias, relógios caros e até equipamentos eletrônicos, tudo isso sem fazer os pagamentos devidos.

De acordo com as investigações, uma mãe e seu filho estavam alegando ter feito transferências bancárias que, na verdade, nunca aconteceram. Para dar credibilidade ao golpe, eles apresentavam recibos falsos de transações eletrônicas. O prejuízo total das vítimas já ultrapassa a marca de US$ 1 milhão, o que equivale a cerca de R$ 5,4 milhões.

Esquema descoberto em 2024

O caso veio a público em maio de 2024, quando Sean Kingston e Janice Turner foram presos em uma operação que contou até mesmo com participação da SWAT na mansão do artista no sul da Flórida. Em março deste ano, Kingston foi considerado culpado em quatro acusações de fraude eletrônica e uma de conspiração, e desde então aguardava a definição de sua sentença.


Sean Kingston e sua mãe, Janice Turner (Foto: Reprodução/Instagram/@seankingston)

No início desta semana, seus advogados tentaram convencer o tribunal a aplicar prisão domiciliar, argumentando que se tratava de um crime não violento e ressaltando as ações sociais realizadas pelo cantor ao longo da carreira. A defesa pediu uma pena de até dois anos e meio, enquanto os promotores federais solicitavam algo mais próximo da pena máxima de seis anos. A decisão final ficou em três anos e meio de reclusão.

Carreira marcada por sucessos e escândalo judicial

Sean Kingston, que na verdade se chama Kisean Anderson, se destacou em 2007 com o sucesso “Beautiful Girls”. Depois disso, ele lançou outras músicas populares como “Me Love”, “Fire Burning” e “Eenie Meenie”, essa última em colaboração com Justin Bieber. Seu álbum mais recente, “Road to Deliverance”, saiu em 2022, mas sua trajetória tem sido ofuscada desde que um esquema de fraude veio à tona.


TI recebeu R$ 15 mil para facilitar fraude de R$ 541 mi no Pix, segundo a polícia

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na quinta-feira (3), João Nazareno Roque, operador de TI na empresa C&M Software, apontado como peça-chave no maior ataque ao sistema Pix da história. Ele teria recebido R$ 15 mil para entregar suas credenciais e facilitar o acesso dos hackers, que desviaram R$ 541 milhões de contas reservadas gerenciadas pela BMP Instituição de Pagamentos.

Credenciais vendidas por R$ 15 mil

Segundo a investigação, Roque foi abordado por um intermediário em março. Em um primeiro pagamento via motoboy, recebeu R$ 5 mil por suas credenciais corporativas. Duas semanas depois, criou uma conta no Notion e continuou executando comandos em seu computador para os hackers — pelo que recebeu mais R$10 mil. Ao todo, somam R$ 15 mil em dinheiro vivo, pagos em cédulas de R$ 100.

A C&M Software integra sistemas de instituições financeiras ao Banco Central e é responsável pela conexão ao Pix. O acesso indevido permitiu que os hackers usassem a infraestrutura da empresa para gerar transferências automatizadas por meio do sistema, enquanto os criminosos sacaram os valores desviados.

Desvios e reação policial

As transferências fraudulentas somaram R$ 541 milhões, segundo a Polícia Civil . Após o incidente, o Banco Central determinou a suspensão do acesso da C&M aos sistemas Pix, que só foi autorizado novamente após reforço de segurança e auditoria na sexta-feira (4).

Durante as investigações, policiais cumpriram mandados de busca e prisão no bairro City Jaraguá, zona norte de São Paulo, e apreenderam equipamentos usados no ataque. Também bloquearam R$ 270 milhões em contas suspeitas, intermediadas pela quadrilha.


Hacker é preso em São Paulo (Foto: Reprodução/Istagram/@portalg1)

O ataque causou grande turbulência no mercado financeiro e chamou atenção do Banco Central, que discutiu ajustes emergenciais nos protocolos de autorização e monitoramento do Pix. A confiança nas empresas de TI que operam o sistema ficou abalada, intensificando críticas à C&M Software, que, por sua vez, afirmou que não foi a origem do problema .

A Polícia Federal investiga os demais integrantes da quadrilha e busca recuperar os recursos desviados. O caso destaca vulnerabilidades no sistema PIX e reforça a necessidade de implementação acelerada de autenticação mais robusta e redundâncias de segurança em plataformas financeiras.