Moraes critica ações de Eduardo e Flávio Bolsonaro em investigação

Na determinação que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado (22), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que as movimentações de Eduardo e Flávio para tentar favorecer o pai no processo foram “ações lamentáveis” e caracterizaram tentativa de interferência indevida.

Segundo o Ministro , as instituições democráticas do Brasil demonstraram maturidade ao conter e responsabilizar ações consideradas ilegais em defesa do grupo acusado de tentar um golpe de Estado.

Ataques de Moraes aos filhos de Bolsonaro

Moraes afirma que Eduardo Bolsonaro teria atuado de forma desleal contra o país, inclusive se afastando de suas funções parlamentares. Na mesma linha, aponta que Flávio Bolsonaro, ao criticar decisões da Justiça, buscaria incentivar a retomada de acampamentos golpistas e promover instabilidade social, desconsiderando seu papel como senador.


Ministro Alexandre de Morais ( Foto: Reprodução / Felipe Sampaio / STF)


Convocação de Apoiadores Gera Suspeita de Interferência

Um vídeo publicado na noite de sexta-feira (21) mostra Flávio Bolsonaro convocando simpatizantes para se aproximarem da residência do ex-presidente. Segundo a análise de Moraes, essa mobilização pode representar uma tentativa de usar o grupo para dificultar tanto a checagem da tornozeleira eletrônica quanto o cumprimento da prisão domiciliar.

O ex-presidente terá uma audiência com o juiz neste domingo (23). Ele está preso preventivamente, sem prazo definido, após pedido da Polícia Federal ao STF. A decisão foi tomada devido ao descumprimento das regras da tornozeleira eletrônica e ao risco de fuga, com aval da Procuradoria-Geral da República.

PGR Endossa Pedido de Prisão

A Procuradoria-Geral da República avaliou o caso e decidiu apoiar a adoção da medida de prisão. No posicionamento enviado às autoridades, o órgão ressaltou que os acontecimentos recentes ampliaram a preocupação sobre a situação. Por conta desse novo cenário, a instituição considerou adequada a atuação imediata das forças responsáveis pela investigação. Assim, a PGR deixou claro que não vê impedimentos para o prosseguimento da ação solicitada.