Metrô em São Paulo tem falha na sinalização e causa transtornos aos passageiros

A cidade de São Paulo amanheceu na manhã desta terça-feira (21) com problemas na sinalização da Linha 4-Amarela do Metrô e causou grande lentidão aos passageiros.

As estações de Pinheiros, Paulista, República e da Luz permaneceram fechadas até a normalização do atendimento, que voltou no começo da tarde de hoje (21).

Defeito na sinalização

O defeito na sinalização começou por volta das 4h40 da manhã, e fez com que os vagões diminuíssem a velocidade e também ficassem muito tempo parado entre as estações.

O sistema Paese, que oferece ônibus gratuitos em situações como essa, foi acionado ainda no começo da manhã para suprir no atendimento e amenizar o impacto.

Foi acionado um total de 24 ônibus para ajudar na operação, depois mais 10 foram adicionados, totalizando 34 veículos que ajudaram a transportar à população aos seus destinos, a maioria das pessoas estava a caminho do trabalho.

Esse aumento de veículos, no entanto, não foi suficiente para atender a demanda de passageiros, o que causou uma lotação excessiva de passageiros nos ônibus disponíveis.


Passageiros enfrentam dificuldades na linha 4-amarela com velocidade reduzida (Vídeo: reprodução/YouTube/@BandNewsTv)

Serviços voltam a ser normalizados

Após falha, a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo voltou a funcionar normalmente por volta das 11h30 de hoje (21).

Um problema na sinalização da linha fez com que a empresa administradora fizesse a transferência gratuita de passageiros em quatro estações. Isso causou muita lentidão e paralisação dos trens e um cenário de caos na mobilidade da população, muitos passageiros tiveram dificuldade para embarcar nos ônibus oferecidos devido à superlotação, isso afetou até o trânsito de carros na região.

Algumas imagens viralizaram nas redes sociais mostrando as estações superlotadas e internautas relataram que várias pessoas passaram mal e foram pisoteadas. Foram fechadas as estações Pinheiros (Linha 9-Esmeralda), Paulista (Linha 2-Verde), República (Linha 3-Vermelha) e Luz (linhas 1-Azul, 10-Turquesa, 11-Coral e o Expresso Aeroporto). Algumas linhas operaram com velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Luz e Vila Sônia.

A ViaQuatro informou que durante a manhã, cerca de 100 profissionais foram mobilizados e trabalharam para resolver o defeito o mais rápido possível. Após sete horas de dificuldades e engarrafamentos, a circulação de metrôs voltou a normalidade.

Design do submarino Titan é apontado como fator principal no desastre

Uma investigação de dois anos da U.S. Coast Guard concluiu, em relatório final divulgado nesta terça-feira (5), que o design inadequado do submersível Titan foi um dos principais fatores que causaram a implosão em junho de 2023, resultando na morte de cinco pessoas durante uma expedição aos destroços do Titanic.

O documento de mais de 300 páginas também apontou falhas graves na certificação, manutenção, inspeção e uma cultura de trabalho tóxica na operadora OceanGate, que ignorou alertas sobre anomalias no casco antes do mergulho fatal.

Os principais fatores contribuintes identificados pela investigação incluíram: projeto defeituoso e construção inadequada do casco de fibra de carbono, que perdeu integridade estrutural sob pressão extrema. Assim como, uma dependência excessiva de um sistema de monitoramento em tempo real sem análise significativa dos dados coletados, ignorando sinais de desgaste e danos anteriores.


OceanGate (Foto: reprodução/ David Ryder/Getty Images Embed)

 

Falhas de engenharia, certificação e inspeção

A investigação concluiu que o processo de projeto, teste e fabricação do casco do submarino Titan não observou os padrões de engenharia essenciais para operações em profundidades extremas. Não houve avaliação adequada do ciclo de vida da fibra de carbono utilizada, nem testes destrutivos ou inspeções completas antes do uso em expedições tripuladas. Após uma missiva com alertas em 2022, OceanGate não tomou providências corretivas nem investigações detalhadas foram realizadas.

Cultura organizacional tóxica e segurança

Além dos defeitos técnicos, a investigação destacou uma cultura de trabalho opressiva na OceanGate, onde funcionários foram demitidos ou silenciados por levantarem preocupações sobre segurança. A empresa também explorou brechas regulatórias: classificou passageiros como “mission specialists” para evitar regulamentações, sujeitou documentos a fraude e operou o Titan fora dos protocolos exigidos por órgãos reguladores.

Queda de avião na Índia deixa 242 mortos

Nesta quinta-feira (12), um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu pouco após decolar do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, na Índia, matando todos os ocupantes e atingindo um prédio que servia de alojamento para médicos internos.

Voo cai logo após decolagem e mata todos os ocupantes

Todas as 242 pessoas que estavam a bordo do voo AI171 da Air India morreram na queda da aeronave nesta quarta-feira (12), na cidade indiana de Ahmedabad. O avião havia decolado às 13h39 (horário local) do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres. Cinco minutos depois da partida, a aeronave caiu fora do perímetro do aeroporto e colidiu com um edifício que servia de alojamento para médicos residentes do BJ Medical College.


Momento da queda do avião da Air India (Vídeo: Reprodução/Instagram/@cnnbrasil)

A bordo estavam 230 passageiros e 12 tripulantes. Segundo a agência Reuters, entre as vítimas havia 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. O acidente também resultou na morte de estudantes que estavam no prédio atingido. Segundo o jornal The New York Times, pelo menos cinco estudantes morreram, mas há relatos de que entre 50 e 60 pessoas estavam no local no momento do impacto.

Vídeos divulgados pelas redes locais Gujarat First e NDTV mostram o momento da queda e a fumaça intensa que se seguiu. Imagens de redes sociais exibem o prédio parcialmente destruído e em chamas. O fogo foi contido por equipes de bombeiros que chegaram rapidamente à cena. A polícia afirma que cerca de 70% a 80% da área do edifício já foi isolada e que os trabalhos de limpeza continuam.

O sinal do avião foi perdido cerca de um minuto após a decolagem. Segundo o sistema de rastreamento de voos Flightradar24, a aeronave atingiu altitude máxima de 190 metros, antes de começar a perder altitude a uma taxa de 145 metros por minuto. Antes do impacto, a tripulação emitiu um sinal de emergência, conhecido como “mayday”.

O modelo envolvido no acidente era um Boeing 787 Dreamliner. A empresa Air India, responsável pelo voo, afirmou em nota que ainda apura os detalhes da ocorrência e que divulgará mais informações conforme forem confirmadas.

Histórico de acidentes da companhia

A tragédia reacendeu o debate sobre o histórico de segurança da Air India, estatal indiana. A companhia já esteve envolvida em ao menos três acidentes anteriores com mortes. O mais antigo ocorreu em 1966, quando o voo 101, também com destino a Londres, caiu devido à falha mecânica e matou 117 pessoas.

Outro caso marcante foi o voo 855, em 1978, que caiu no mar logo após sair de Bombaim em direção a Dubai. Todas as 213 pessoas a bordo morreram. A investigação apontou falha de navegação causada por erros de controle do piloto. Já em 2020, o voo 1344 da subsidiária Air India Express se partiu ao meio após um pouso malsucedido em Calecute. O acidente resultou em 18 mortes e mais de 150 feridos.

Diante do ocorrido em Ahmedabad, o ministro da Aviação Civil da Índia declarou estar “chocado e devastado”, e informou que todos os órgãos do governo estão em “alerta máximo”. O primeiro-ministro Narendra Modi também se manifestou, dizendo que a tragédia é “indescritível” e que acompanha de perto os trabalhos de resgate e investigação.

Diversas rotas de acesso ao aeroporto foram bloqueadas e todos os voos temporariamente suspensos após o acidente. Os serviços de emergência seguem mobilizados na região.

As causas exatas da queda ainda serão investigadas pela Direção-Geral da Aviação Civil da Índia (DGCA), que recolhe dados da caixa-preta da aeronave.