Dez dicas essenciais para conquistar a tão sonhada oportunidade de emprego por Keila Dier, formada em liderança pela Universidade de Ohio

O mais desafiador no mundo corporativo atualmente é desenvolver as habilidades comportamentais e alinhar seus valores aos valores das organizações. A entrevista de emprego é o início do relacionamento da empresa com o colaborador, por isso é fundamental muita clareza de ambas as partes neste momento.

Uma das maiores especialistas em empreendedorismo e gestão de pessoas, Keila Dier, formada em liderança pela Universidade de Ohio e autora de Seja inspiração: Por uma liderança humana, que impacte pessoas, gere resultados e construa legados, Buzz Editora, traz dicas valiosas de como os candidatos devem se comportar em uma entrevista de emprego, e aproveitar esse momento para deixar claro suas principais habilidades comportamentais e como elas poderão agregar no crescimento da empresa.


Keila Dier, formada em liderança pela Universidade de Ohio e autora de Seja inspiração: Por uma liderança humana, que impacte pessoas, gere resultados e construa legados, Buzz Editora (Crédito Rovanir Barbieri)


Confira!

Dez dicas essenciais para conquistar a tão sonhada oportunidade de emprego

1. Pesquise sobre a empresa e se prepare profundamente: o primeiro ponto e um dos principais é você pesquisar tudo sobre a empresa que você está almejando trabalhar – seu propósito, visão, valores, cultura, há quanto tempo está no mercado, seus produtos ou serviços, enfim, todas as informações e notícias possíveis. Entenda bem sobre a descrição da vaga, quais as competências técnicas e comportamentais necessárias. Leve situações vividas, tarefas executadas, problemas resolvidos, resultados alcançados, tudo com muita clareza, transparência e verdade. Seja o mais sincero e natural possível.

2. Vista-se de forma adequada e seja extremamente pontual: O velho ditado: “A primeira impressão é a que fica”, é pura verdade. Opte por roupas profissionais e adequadas a cultura da empresa (pesquise para saber se é um ambiente mais formal ou casual, entender e respeitar e contexto é fundamental). Chegue ao local da entrevista com pelo menos 10 a 15 minutos de antecedência para as entrevistas presenciais, e se for online, garanta que sua conexão e equipamento estejam prontos e funcionando bem. Isso demonstra organização, respeito pelo tempo do entrevistador e reduz seu próprio nervosismo.

3. Comunique-se de Forma Clara, Confiante e Empática: A comunicação é outro ponto essencial. É natural ficarmos nervosos para uma entrevista de emprego, então vai aí uma dica muito importante: se prepare emocionalmente antes de sair de casa, faça um exercício de respiração para se acalmar e crie o momento da entrevista mentalmente, o que você vai falar, como vai se comportar, articule suas respostas de maneira clara e concisa. Isso vai te trazer muito mais confiança na hora de se comunicar na entrevista. Mantenha contato visual (mesmo em entrevistas virtuais, olhe para a câmera), demonstre escuta ativa, não interrompa de forma alguma o entrevistador e responda às perguntas de forma direta e sem rodeios. Use um tom de voz adequado. Mostre-se positivo e entusiasmado em relação à oportunidade.

4. Faça Perguntas e comentários Inteligentes: Quando for sua vez de perguntar, não hesite, pergunte e tire todas as suas dúvidas. Prepare cerca de 3 perguntas que demonstrem seu interesse pela empresa, pela função e pela equipe. Faça comentários sobre assuntos atuais do mercado, demonstre seu interesse não somente pelo emprego, mas também vontade de crescer e evoluir como ser humano e em entregar resultados com seu trabalho.

5. Mantenha uma postura confiante e natural: nosso corpo fala mais do que as palavras. Sente-se de forma ereta, com os ombros para trás, mas de forma relaxada; mantenha contato visual com o entrevistador, evite olhar demais para baixo e para os lados; utilize as mãos de forma natural, evite gesticular de forma exagerada.

6. Não chegue desinformado: é inadmissível chegar a uma entrevista sem saber nada sobre a empresa. Isso demonstra desinteresse pela vaga e falta de respeito.

7. Não fale de forma negativa sobre trabalhos anteriores: Jamais fale mal ou critique seus trabalhos anteriores, seus líderes e colegas de trabalho, mesmo que tenha tido experiências difíceis. Isso demonstra falta de ética, de profissionalismo, dificuldade de lidar com adversidades e fragilidade emocional.

8. Não demonstre comportamentos inapropriados: Deixe o celular no silencioso e guardado, não masque chiclete e nem balas, evite bocejar, evite usar gírias e palavras inapropriadas, não gesticule exageradamente, não sente de forma desleixada. Em entrevistas online, certifique-se de estar em um ambiente tranquilo, sem interrupções e com boa iluminação. Essas atitudes demonstram falta de profissionalismo e foco.

9. Não Minta sobre seu Currículo e Respostas: A sinceridade e a honestidade são requisitos inegociáveis. Muitas vezes a vontade de aumentar as experiências e habilidades é grande, mas essas inverdades serão facilmente percebidas e podem te desclassificar no processo. É muito mais positivo reconhecer suas limitações e demonstrar interesse em aprender do que mentir e depois não conseguir executar suas funções.

10. Não foque apenas no salário e nos benefícios: Focar na remuneração de cara é extremamente negativo em uma entrevista, demonstra que a pessoa está procurando apenas um emprego e não uma oportunidade de aprender, evoluir e agregar na empresa. Quando houver demonstração de interesse mútuo, aí sim é hora de falar sobre as questões financeiras. Priorize falar sobre o que você pode oferecer através das suas habilidades técnicas e comportamentais.

Estudo da Microsoft revela 40 profissões mais expostas à inteligência artificial

Um levantamento inédito da Microsoft, em colaboração com pesquisadores da área de tecnologia e trabalho, revelou as profissões mais suscetíveis à automação por Inteligência Artificial (IA), principalmente aquelas com tarefas baseadas em linguagem natural, matemática, comunicação, computação e produção de conteúdo.

O estudo, intitulado “Working with AI: Measuring the Occupational Implications of Generative AI”, analisou mais de 200 mil interações reais de usuários com o Microsoft Copilot, ferramenta de IA generativa integrada a produtos como Word, Excel e Teams. O objetivo: identificar quais ocupações mais se beneficiam – ou correm riscos – com a adoção da tecnologia.

Publicado como pré-print (ainda sem revisão por pares), o estudo analisou dados exclusivamente do mercado de trabalho dos Estados Unidos, mas suas implicações se estendem globalmente, especialmente em setores com alto grau de digitalização.

Metodologia da pesquisa

A análise se baseou na integração de três fontes de dados: interações reais com o Copilot da Microsoft; a base ocupacional O\NET, que mapeia funções profissionais nos EUA; e ferramentas estatísticas que mediram a proporção do trabalho passível de automação por IA generativa.

Os cientistas criaram um índice de aplicabilidade da IA, que atribui uma pontuação a cada ocupação com base na frequência e na relevância das tarefas que podem ser realizadas com o auxílio de IA. A pontuação não reflete uma substituição total, mas sim, o nível de suporte ou automação que essas ferramentas podem oferecer.

Profissões mais impactadas pela IA

O topo da lista é ocupado por funções que exigem trabalho intelectual, criativo ou repetitivo baseado em linguagem, exatamente o ponto forte dos grandes modelos de linguagem como o GPT-4. Confira a lista:

  • Intérpretes e tradutores
  • Historiadores
  • Redatores, revisores e jornalistas
  • Cientistas políticos e matemáticos
  • Analistas de dados, desenvolvedores web
  • Representantes de vendas e telemarketing
  • Professores universitários de negócios e economia
  • Editores, locutores, agentes de viagem
  • Consultores financeiros e demonstradores de produtos

Profissões menos impactadas pela IA

De outro lado estão as  funções manuais, físicas, operacionais ou relacionadas a cuidados humanos, que exigem habilidades motoras, sensoriais ou empatia. Sendo elas:

  • Operadores de draga, ponte e usinas
  • Técnicos de manutenção e instalação
  • Auxiliares de enfermagem e assistentes cirúrgicos
  • Lavadores de louça e embaladores industriais
  • Trabalhadores da construção civil e florestal
  • Telhadistas, lustradores, pintores e encanadores
  • Flebotomistas e cirurgiões bucomaxilofaciais
  • Engenheiros navais e embalsamadores

Essas atividades, por dependerem de ações no mundo físico, estão longe da automação total, ao menos com a tecnologia disponível atualmente.


baseadas em linguagem natural, matemática, comunicação, computação e produção de conteúdo.
Áreas da matemática, comunicação e computação serão as mais afetadas(Foto:reprodução/Laurence Dutton/Getty Images Embed)

IA como ferramenta, não substituição

A principal conclusão do estudo é que, embora muitas tarefas possam ser executadas por IA, isso não significa a substituição total de empregos humanos. Em vez disso, a tecnologia tende a amplificar a produtividade, especialmente em tarefas burocráticas e cognitivas repetitivas.

Esses achados estão alinhados com o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do instituto polonês NASK, que apontam que 1 em cada 4 empregos no mundo pode ser transformado pela IA generativa, o que reforça a urgência de capacitação digital contínua para os profissionais nas próximas décadas.

 

Executivo da Apple afirma que IA não vai acabar com empregos

Tor Myhren, vice-presidente de marketing da Apple, esteve presente na abertura do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, considerado o maior evento de publicidade e marketing do mundo. O evento iniciou-se na última segunda-feira (16) e encerra na sexta-feira (20).

Na abertura do evento, Tor destacou a importância da inteligência artificial como ferramenta de trabalho, mas foi enfático ao dizer que, por mais avançada que seja, jamais irá substituir o ser humano. Para ele, a ação humana é nosso “superpoder”.

Ferramenta criativa

O executivo alerta sobre a dependência excessiva que empresas desenvolveram com a inteligência artificial. Tor destacou que a IA é “a ferramenta criativa mais empolgante que já vimos em nossas vidas”. Contudo, seu uso jamais substitui a intervenção humana, especialmente no que tange à publicidade e propaganda.

Ele enfatizou que o ser humano é capaz de criar um vínculo emocional com uma marca ou produto, coisa que uma máquina jamais conseguirá. Para criar esta conexão, é a ação humana no desenvolvimento do marketing a chave para captar o público.


Discurso de Tor Myhren no Cannes Lions 2025 (Vídeo: reprodução/Instagram/@meioemensagem)

Cannes Lions Festival

O festival nasceu em 1953 e foi idealizado pela Screen Advertising Worlds Agencies. Atualmente, o evento é patrocinado e desenvolvido pela empresa britânica Ascencial. Como uma espécie de Oscar, o festival realiza premiações por categorias, como Filmes, Mídia Impressa, Marketing Direto, Internet, entre outras.

A premiação é separada em Grand Prix, Leão de Ouro, Leão de Prata e Leão de Bronze. Houve a criação de duas categorias novas: em 2005, surgiu a Titanium Lions, dedicada a destacar ideias consideradas inovadoras no ramo da comunicação. E em 2006, surgiu a Promo Lions.


Primeira peça publicitária brasileira ganhadora do Leão de Ouro, em 1974 (Vídeo: Reprodução/YouTube/WCast)

Destaque para o Brasil

Nesta edição do Cannes Lions Festival, o Brasil está sendo homenageado como País Criativo do Ano. O país conquistou 36 troféus, sendo 74 no total.

A participação brasileira no evento teve seu início em 1971, com a primeira conquista do Leão de Ouro em 1974. Na ocasião, a conquista brasileira se deu por meio de uma peça criada pelos publicitários Washington Olivetto e Francesc Petit, por meio da agência DPZ.

O vídeo premiado chama-se “Homem com mais de quarenta anos” e trata sobre a cobrança que era feita com os homens da época. Ao atingirem a faixa etária dos quarenta, não eram mais vistos como “úteis” à sociedade, não sendo mais aceitos no mercado de trabalho. O filme, de pouco mais de um minuto, era uma crítica de Olivetto e Petit a este sistema.