Trump faz mistério sobre possível ação contra cartéis na Venezuela

Vocês vão descobrir.” Foi com essa resposta enigmática que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu neste domingo (7) à pergunta de um jornalista sobre a possibilidade de autorizar ataques contra cartéis atuantes na Venezuela. O comentário foi feito de forma breve, enquanto Trump deixava a Casa Branca, e acontece em meio a discussões internas no governo americano sobre ações militares direcionadas a organizações criminosas, incluindo operações em solo venezuelano.

De acordo com múltiplas fontes próximas ao assunto, essas ofensivas fazem parte de uma possível estratégia mais ampla da Casa Branca para aumentar a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro e desestabilizar seu governo.

EUA aumenta pressão com recompensa milionária

No último dia 7 de agosto, os Estados Unidos elevaram o tom contra o governo venezuelano. A secretária de Justiça americana, Pam Bondi, anunciou uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusado desde 2020 de envolvimento com o narcotráfico internacional. Bondi não poupou palavras e classificou Maduro como “uma das maiores figuras do tráfico de drogas no mundo”, além de afirmar que ele representa uma ameaça direta à segurança dos EUA.

As acusações incluem supostos laços com o grupo Tren de Aragua, rotulado como terrorista por Washington, e com o Cartel de Sinaloa, do México. Ele também é apontado como líder do Cartel de Los Soles, cuja existência é contestada por alguns analistas.

Maduro, por sua parte, nega todas as acusações. Paralelamente, em uma demonstração de força, os EUA deslocaram para o sul do Caribe sete navios de guerra e um submarino de propulsão nuclear, somando mais de 4.500 militares, entre marinheiros e fuzileiros. De acordo com Donald Trump, essa mobilização faz parte de uma ofensiva mais ampla contra organizações criminosas ligadas ao tráfico, com possível alcance dentro da Venezuela.


Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (Foto: reprodução/Jesus Vargas/Getty Images Embed)

Embarcação suspeita de tráfico

Na terça-feira (2), Donald Trump divulgou um vídeo que mostra uma ação militar dos Estados Unidos contra uma embarcação suspeita de envolvimento com o narcotráfico, supostamente operada por criminosos venezuelanos. Segundo Trump, a ofensiva resultou na morte de 11 indivíduos identificados como “terroristas”, e nenhum soldado americano ficou ferido durante a operação.

Ele afirmou ainda que o ataque foi direcionado a membros da gangue venezuelana Tren de Aragua, e que a embarcação estava operando dentro da jurisdição do Comando Sul dos EUA, responsável por ações militares na região do Caribe e América do Sul.

Japão afirma que acordo comercial com os EUA ainda não foi concluído

O Japão reafirmou que o amplo acordo comercial com os Estados Unidos ainda não foi concluído, conforme a declaração do ministro da Política Econômica e revitalização, Ryosei Akazawa. Segundo ele, ordenar que os EUA emitam conclusões formais por meio de ações presidenciais continua pendente para setores estratégicos como o farmacêutico e de semicondutores.

Embora já tenha sido divulgada uma ordem presidencial com ajustes tarifários gerais e específicos para automóveis e autopeças, não houve emissão de ordens equiparando os produtos farmacêuticos e de semicondutores ao status de “nação mais favorecida”, necessário para finalizar o acordo. Em suas declarações, Akazawa afirmou que esse acordo não está resolvido.

Além disso, Akazawa informou que o Japão iniciará uma análise sobre o impacto econômico das mudanças nas tarifas automotivas dos EUA e também ainda avaliará como as condições comerciais japonesas se comparam às de outros países.

Contexto e impacto em outros países

Esse impasse ocorre em um momento negociações intensas entre os dois países. Conforme informações da Reuters, o acordo busca incluir reduções tarifárias e outras concessões, mas ainda depende de definições importantes, sobretudo no setor de tecnologia de ponta e farmacêuticos.

Enquanto isso segui em análise, alguns analistas internacionais destacam que a Coreia do Sul está pretendendo usar o modelo dessas negociações como base no seu próprio acordo que deve ser negociado com os Estados Unidos, enfatizando que não aceitará os mesmos termos e continuará negociando com foco nos interesses nacionais.

O que isso significa?

Essa incerteza nas negociações, traz a ausência de ordens presidenciais formais mantendo a situação indefinida até o exato momento, especialmente para os setores mais afetados, com os semicondutores e farmacêuticas, isso está gerando críticas tanto para o Japão quanto para a competitividade global.


Solange Srour (Reprodução/CNN Brasil Money/YouTube)

O impacto econômico interno, mostra uma análise que será conduzida pelo Japão deverá avaliar os efeitos das novas tarifas automobilísticas e a posição competitiva dos países no cenário internacional, as informações vitais para os ajustes de políticas econômicas e industriais.

Isso leva a uma repercussão regional, a postura cautelosa do Japão pode influenciar outros países asiáticos, como evidenciado pela estratégia sul-coreana de adaptar o modelo sem replicar passivamente os mesmos termos.

Lula afirma que pode disputar a Presidência em 2026 se estiver bem de saúde

Nesta sexta-feira (5), o presidente Lula indicou que pretende disputar novamente a Presidência em 2026, desde que mantenha a saúde e a disposição que tem hoje. Ele afirmou que só abriria mão da candidatura se enfrentasse problemas de saúde ou se aparecesse alguém que, em sua avaliação, estivesse mais preparado para assumir a missão.

Lula também comentou que, aos 88 anos, considera estar no auge da maturidade. No atual cenário político, segue como o principal nome da esquerda cotado para entrar na corrida presidencial.

O presidente Lula declarou que a extrema direita não retornará ao comando do país. Ele também afirmou que, caso decida disputar a Presidência em 2026, será para vencer as eleições.

Lula nega atrito com Congresso

O presidente Lula negou qualquer atrito com o Congresso Nacional e reforçou a importância de manter uma relação institucional sólida entre os Poderes. Segundo ele, é normal que existam divergências, desde que sejam tratadas com diálogo e respeito mútuo.

Durante sua fala, Lula destacou o apoio que tem recebido do Legislativo e afirmou que, ao longo de dois anos e meio de governo, a maioria das propostas enviadas pelo Executivo foi aprovada pelo Congresso.

O presidente Lula adotou um discurso conciliador que se alinha à postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de defender o diálogo como ferramenta central para resolver impasses entre o governo e o Congresso. Ambos reforçam a importância da negociação como estratégia para garantir avanços institucionais e evitar conflitos políticos.


Presidente Lula e o Ministro da Fazenda Fernando Haddad (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Sanções e diplomacia em choque

Lula afirmou que o Brasil não tomará partido na tensão entre Estados Unidos e Venezuela, destacando que o país não busca conflitos internacionais. Para ele, guerras apenas causam mortes e aprofundam a pobreza, sendo essencial apostar no diálogo.

O presidente também criticou as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. Segundo Lula, a decisão de Donald Trump tem motivação política, não comercial, já que o republicano mencionou o julgamento de Jair Bolsonaro no STF como justificativa. Ele ainda afirmou que Trump “não é dono do Brasil” e que cada país deve se limitar a opinar sobre seus próprios assuntos.

Congresso dos EUA libera milhares de páginas sobre caso Jeffrey Epstein

Na última terça-feira (02), o Comitê de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos revelou 33 mil páginas de processos judiciais e centenas de arquivos de imagem ligados a Jeffrey Epstein, que foi condenado por tráfico sexual de menores e que morreu em 2019, enquanto ainda aguardava julgamento.

Os documentos, que também envolvem a ex-namorada do bilionário, Ghislaine Maxwell, incluem processos judiciais, entrevistas com vítimas e registros visuais de investigações.

Documentos e investigações

Os arquivos que contêm evidências relacionadas a Epstein e sua ex-companheira foram liberados após uma intimação ao Departamento de Justiça, enquanto parte do Congresso busca maior transparência sobre as investigações, alegando que a maioria das informações já era de conhecimento público e continuam solicitando a liberação de outros arquivos do caso.


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Jeffrey Epstein foi acusado de comandar uma rede de tráfico sexual envolvendo menores de idade
(Foto: reprodução/Stephanie Keith/Getty Images Embed)

A iniciativa também gera debate sobre a proteção das vítimas, sendo exigido por democratas e republicanos, a partir de uma petição para um projeto de lei, a divulgação de todas as informações dos documentos, menos as informações sensíveis das vítimas. Com a crescente pressão dentro do Congresso, o presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou que a petição é desnecessária visto a divulgação feita pelo comitê que contém as 33 mil páginas.

Relação de Trump e Epstein

Durante 15 anos, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Jeffrey Epstein cultivaram uma amizade, especialmente entre as décadas de 1990 e 2000, período em que ambos viviam em Palm Beach, na Flórida. Eles chegaram a dividir espaços em festas, jantares e até viagens nos jatos particulares do financista. 

Trump já elogiou o bilionário publicamente, descrevendo-o como um “cara incrível” mas o vínculo se rompeu por volta de 2004, após disputa por uma propriedade e episódios de comportamento considerados inapropriados por parte de Epstein. 

O presidente afirma ter cortado relações quando as denúncias de abuso surgiram e nunca foi formalmente investigado no caso. Entretanto, sua proximidade anterior com o bilionário manteve o nome de Trump constantemente associado às especulações que cercam os arquivos de Epstein.


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Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu tornar público os arquivos de Epstein 
(Foto: reprodução/Adam Gray/Getty Images Embed)

Na campanha de 2024, o atual presidente dos Estados Unidos prometeu tornar público os arquivos secretos sobre as investigações de Epstein, inclusive a lista de clientes do financiador – que supostamente envolvia nomes de pessoas que participaram do escândalo sexual.

Entretanto, em junho deste ano, após uma briga pública entre o bilionário Elon Musk e Donald Trump, Musk acabou publicando no X que o presidente aparecia nos arquivos da investigação. A postagem logo foi apagada do perfil, seguido por um pedido de desculpas do empresário.

Um mês após a confusão, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou que o FBI não achou provas sobre a existência da “Lista de Epstein”.

Trump afirma que, sem tarifas, os EUA serão destruídos

Em comunicado à recente decisão do tribunal federal dos Estados Unidos, Donald Trump fez declarações dramáticas e polêmicas, afirmando que sem as tarifas impostas por sua administração, o país correria risco de destruição econômica e militar, por falta de fundos e controle.

Decisão judicial e contexto

No dia 29 de agosto de 2025, o Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos EUA decidiu, por 7 votos a 4, que a aplicação das tarifas globais determinadas por Trump violou a International Emergency Economic Powers Act (IEEPA). Segundo o tribunal, essa lei não autoriza o presidente a impor tarifas, pois à prerrogativa constitucional de tributar cabe ao Congresso, e não ao Executivo.

A decisão conflita com a visão da administração de Trump, que suspendeu os efeitos das tarifas apenas a partir de 14 de outubro de 2025, prazo durante o qual Trump planeja recorrer à Suprema Corte, para manter o seu plano e execução.

A declaração de Trump

Em uma postagem na plataforma Truth Social, Trump denunciou a decisão como fruto de uma “juventude radical de esquerda” e agradeceu ao único juiz que votou contra o veredito, intitulado como um “ato de coragem”.

Donald Trump afirmou que, sem a manutenção das tarifas, os Estados Unidos estariam impondo riscos à sua existência. Segundo ele, a ausência dessas medidas levaria à completa destruição do país e além de abalar a economia, resultaria na “instantânea obliteração” do poderio militar norte-americano.


Postagem de Trump (Foto: reprodução/@realDonaldTrump/Thuth)

Além disso, em outras publicações, ele alertou que a suspensão das tarifas poderia resultar em um colapso econômico semelhante à Grande Depressão e transformar os EUA em uma “nação do terceiro mundo”.

A repercussão e consequências

Especialistas alertam que a reversão da política tarifária pode implicar na devolução de até US$200 bilhões em receitas já arrecadadas, afetando seriamente o orçamento nacional. Além disso, a medida ameaça desestabilizar a confiança e a estabilidade das negociações comerciais internacionais.

Por outro lado, analistas jurídicos destacam que o entendimento de que o executivo não pode legislar sobre tarifas sem o respaldo do congresso criando um importante precedente que limita o uso de poderes de emergência com base no major questions doctrine, uma doutrina usada por cortes para barrar interpretações excessivas de autoridade executiva.

O que vem pela frente

O governo indicou que recorrerá à Suprema Corte, onde Trump tenta obter uma derrubada da decisão do tribunal de apelações. A data limite para isso é 14 de outubro de 2025, quando o efeito suspensivo será revogado.

Caso a Suprema Corte decida a favor de Trump, o Executivo pode reafirmar seu poder de impor medidas unilaterais em nome da “segurança econômica”. Se decidir o contrário, limitará consideravelmente o alcance das ações presidenciais em crises futuras.

Trump encerra proteção do Serviço Secreto para Kamala Harris

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou a proteção do Serviço Secreto à ex-vice-presidente Kamala Harris, segundo informações divulgadas pela Casa Branca nesta sexta-feira (29).

Trump também já revogou a proteção federal de outras pessoas, incluindo o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton e os filhos de Biden, Hunter Biden e Ashley Biden

Quem tem direito à proteção

Ex-presidentes recebem proteção vitalícia do Serviço Secreto, enquanto os ex-vice-presidentes têm direito a apenas seis meses de segurança, segundo a lei federal. No entanto, uma ordem assinada por Joe Biden durante seu mandato estendia a proteção da democrata por mais um ano, período que terminou em 21 de julho.

O presidente revogou a ordem por meio de uma carta datada desta quinta-feira (28), intitulada “Memorando para o Secretário de Segurança Interna”, segundo informações da CNN.

“Você está autorizado a descontinuar quaisquer procedimentos relacionados à segurança previamente autorizados pelo memorando executivo, além daqueles exigidos por lei, para o seguinte indivíduo, a partir de 1º de setembro de 2025: Ex-vice-presidente Kamala D. Harris”, diz o documento.


Kamala Harris durante evento de campanha (Foto: reprodução/Chris duMond/Getty Images Embed)

Kirsten Allen, conselheira sênior de Harris, confirmou a decisão e disse que a vice-presidente agradece ao Serviço Secreto dos Estados Unidos pelo profissionalismo, dedicação e compromisso com a sua segurança.

Revogação coincide com turnê de livro

A revogação do serviço de proteção acontece justamente quando Kamala Harris inicia uma turnê por várias cidades para divulgar seu livro “107 Days”, cujo título faz referência aos 107 dias de sua campanha, iniciados após a desistência de Biden na disputa pela presidência dos EUA. A obra reúne memórias desse período e tem lançamento previsto para 23 de setembro.

A democrata foi derrotada por Trump na eleição presidencial de 2024, mas não descartou a possibilidade de concorrer novamente em 2028.

Diretora do Fed processa Trump por tentativa de demissão

Em um confronto sem precedentes com implicações profundas para a autonomia do banco central americano, a governadora do Federal Reserve, Lisa Cook, recorreu à Justiça para contestar sua demissão, que foi uma tentativa promovida por Donald Trump.

Contexto e Alegações

Lisa Cook, que assumiu como governadora do Fed após confirmação apertada no Senado em maio de 2022, é a primeira mulher negra a ocupar essa posição. Sua cadeira permanece vaga até 2038.

Mas em 25 de agosto de 2025, Trump anunciou sua demissão alegando “má conduta e criminalidade financeira” relacionada a supostas falsificações em documentos hipotecários anteriores à sua indicação para o Fed. A ação causa forte repercussão, pois o Federal Reserve Act exige “causa justificada” para remover um governante e, até então, nunca havia sido feita.


Demissão de Lisa Cook (Vídeo: reprodução/Youtube/Uol)

A governadora assegura que Trump não tem autoridade legal para demiti-la sem motivo legalmente válido. O advogado Abbe Lowell, que a representa, classificou a ação como ilegal e sem fundamentos plausíveis.

Processo Judicial e Impacto Político

No dia 28 de agosto, Cook entrou com um processo formal contra Donald Trump, o Board of Governors do Fed e Jerome Powell, buscando uma liminar que garantisse sua permanência no cargo . O caso, intitulado Cook v. Trump, tramita na Corte Distrital de Washington, D.C., sob a relatoria da juíza Jia M. Cobb.

Especialistas alertam que uma eventual vitória de Trump pode enfraquecer severamente a independência do Fed, abrindo precedente para controle político direto sobre decisões de política monetária, adoção de juros, combate à inflação, entre outras.

A Transferência Criminal e Processos Futuros

Além da disputa judicial, Bill Pulte, diretor da FHFA (Federal Housing Finance Agency) nomeado por Trump, encaminhou ao Departamento de Justiça uma segunda referência criminal contra Cook. Ele acusa a governadora de promover declarações falsas em documentos hipotecários, ao apresentar imóveis como residência principal quando, segundo ele, eram alugados. O teor dessa acusação insinua possíveis benefícios financeiros indevidos por meio de taxas hipotecárias reduzidas.

Já a defesa de Cook justifica que se tratou de um erro de digitação, um “erro administrativo”, além de reforçar que as alegações precedem sua nomeação, já estavam expostas durante sua confirmação no Senado.

A Lisa Cook tem uma trajetória associada à promoção da equidade econômica, com trabalhos acadêmicos renomados que analisam disparidades raciais e fatores socioeconômicos. Seu embate legal não apenas desafia a autoridade presidencial, mas também simboliza a defesa de uma instituição que há mais de um século busca atuar longe de pressões políticas imediatistas. O caso por sua vez ainda pode alcançar a Suprema Corte, com efeitos duradouros no equilíbrio entre Poder Executivo e autonomia do banco central.

Julgamento de Bolsonaro é destaque na “The Economist” como exemplo de democracia

A “The Economist” destacou, como uma lição democrática para os Estados Unidos, o julgamento de Jair Bolsonaro. O ex-presidente é capa da revista britânica desta semana.

A publicação, que começou a circular nesta quinta-feira (28), aponta que o Brasil, ao lidar com as acusações contra Bolsonaro, oferece um contraponto a uma América que, segundo a revista, está mais autoritária, protecionista e corrupta.

Julgamento se aproxima

Bolsonaro, descrito como “Trump dos trópicos” e um líder polarizador, enfrenta julgamento a partir do dia 2 de setembro por tentativa de golpe de Estado. A revista o retrata com o rosto pintado nas cores do Brasil e usando um chapéu semelhante ao do “viking do Capitólio”, que invadiu o Congresso americano em 2021.


Bolsonaro na capa da "The Economist" (Foto: reprodução/The Economist)

Para a “The Economist”, o fracasso do suposto golpe no Brasil se deve mais à ineficiência do que à falta de intenção, e o Supremo Tribunal Federal (STF) provavelmente vai considerar Jair Bolsonaro e aliados culpados.

Críticas ao governo americano

A revista elogia a maturidade política do Brasil, com líderes de vários partidos unidos por reformas e democracia, em oposição aos EUA. Lá, o governo Trump é criticado por ações como sanções contra o Brasil, com tarifas de 50% sobre produtos e a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.

Enquanto o Brasil fortalece suas instituições, os Estados Unidos enfrentam instabilidade com ameaças a cidades democratas e tentativas de interferir no Federal Reserve.


Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Jim Watson/Getty Images Embed)

Ao destacar o caso brasileiro, a “The Economist” sugere que os EUA, outrora desestabilizadores de nações latino-americanas, agora podem aprender com o Brasil. A revista conclui que a postura de Donald Trump pode ser contraproducente, enquanto o Brasil assume, ao menos temporariamente, o papel de referência democrática no hemisfério ocidental.

Donald Trump parabeniza Taylor Swift e Travis Kelce pelo noivado

Nesta terça-feira (26), O noivado da cantora pop com um dos jogadores mais famosos da NFL chamou atenção não apenas do público e da mídia, mas também de figuras políticas de destaque. O presidente dos Estados Unidos comentou o evento de forma inesperada. A notícia sobre o casal surpreendeu analistas e jornalistas, diante de seu histórico de declarações e críticas à cantora. O relacionamento do casal, acompanhado de perto há algum tempo, se tornou tema de debates sobre cultura pop, esportes e política. A repercussão evidencia como eventos pessoais de celebridades podem se entrelaçar com posicionamentos públicos, influenciando percepções e gerando discussões em múltiplos setores da sociedade norte-americana.

Trump muda o tom e comenta noivado de Taylor e Travis

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o noivado da cantora Taylor Swift com o jogador de futebol americano Travis Kelce nesta terça-feira (26), adotando um tom surpreendentemente amistoso. Durante reunião do gabinete, ele afirmou: “Desejo muita sorte a eles. Ele é um grande jogador, um grande cara, e ela é uma pessoa incrível.”. A imprensa destacou a declaração considerando o histórico conturbado de Trump com Swift, marcado por críticas à influência cultural e política da cantora.


Donald Trump Fala sobre noivado de Taylor Swift (Vídeo:Reprodução/YouTube/@EntertainmentTonight)

Em 2024, após a vencedora do Grammy apoiar publicamente Kamala Harris, o empresário chegou a escrever nas redes sociais: “Eu odeio Taylor Swift.”. Na ocasião, ele também questionou sua popularidade. Apesar disso, a recente manifestação positiva do presidente é interpretada por especialistas como uma combinação de cortesia institucional e reconhecimento da relevância de Swift nas redes sociais e entre os jovens, evidenciando a atenção que seu relacionamento com Kelce desperta tanto no público quanto na mídia.

O relacionamento de Swift e Kelce

As notícias sobre o relacionamento de Taylor Swift e Travis Kelce surgiram em setembro de 2023, quando o jogador declarou interesse na cantora em entrevista ao Wall Street Journal. Segundo Kelce, a aproximação começou durante um show do Eras Tour e foi facilitada por conhecidos da intérprete de “So High School”. Em novembro, a cantora confirmou publicamente o romance ao alterar a letra de “Karma” durante um show na Argentina.

O noivado foi divulgado em uma postagem no Instagram, mostrando o casal em um momento privado, com a presença das famílias. Swift, que recentemente detalhou seu novo álbum, “The Life of a Showgirl”, no podcast “New Heights Show” de Kelce, explicou que gravou o disco durante a turnê europeia do Eras Tour, destacando o equilíbrio entre a agenda intensa e a dedicação ao trabalho artístico. O anúncio provocou reação imediata da mídia e do público. O comentário favorável de Trump sobre Swift e Kelce adicionou um elemento político à narrativa, mostrando como figuras públicas modulam seu discurso diante de eventos culturais de destaque. O episódio demonstra a sobreposição entre política, cultura pop e esportes no país.

Trump aumenta pressão sobre Venezuela com envio de mais um navio e submarino nuclear

De acordo com a agência Reuters, o governo dos Estados Unidos determinou o envio de mais um navio de guerra e de um submarino de ataque rápido para o sul do Mar do Caribe, nas proximidades da costa venezuelana. A informação foi confirmada à Reuters por dois membros do Departamento de Defesa dos EUA, que pediram anonimato. Segundo as fontes, o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e o submarino nuclear de ataque rápido USS Newport News devem chegar à região no começo da próxima semana.

Ampliação do efetivo militar

O destróier USS Lake Erin, equipado com 122 mísseis, e o submarino de propulsão nuclear USS Newport News reforçarão a presença militar dos EUA na costa da Venezuela, já monitorada por aeronaves de vigilância. Na semana passada, também foram enviados à região, três destróieres da classe Arleigh Burke, mas recuaram temporariamente devido ao furacão Erin. Nesta segunda-feira (25), retomaram o deslocamento.

Elas contarão com o apoio do avião de patrulha marítima P-8 Poseidon, da Marinha dos EUA, que opera a partir de San Juan, em Porto Rico. Além disso, um avião Boeing E-3 Sentry também foi detectado na região costeira da Venezuela, ele é usado para rastrear e identificar alvos estratégicos.

Com esse reforço, o poder de fogo dos EUA na região cresce mais de 50%, superando, em teoria, toda a capacidade militar de Maduro. Ainda assim, os navios americanos não estão totalmente imunes, já que a Venezuela possui mísseis anti navio de origem chinesa, russa e iraniana, embora sua quantidade exata seja desconhecida.

As embarcações dos Estados Unidos poderão ser empregadas em diversas missões, que vão desde ações de inteligência e vigilância até possíveis ataques de precisão em solo venezuelano, segundo uma autoridade que falou à Reuters sob anonimato.


Nicolas Maduro, presidente da Venezuela (Foto: reprodução/Juan Barreto/Getty Images Embed)

Palavras dirigidas a Maduro

Na semana passada, os EUA enviaram ao sul do Caribe cerca de 4.000 militares, navios de guerra, aviões e um submarino, segundo Reuters e Associated Press. A operação visa combater cartéis de drogas que atuam na região. O governo Trump vem intensificando a pressão sobre Nicolás Maduro, tratado como alvo direto. Seis navios foram deslocados sob a justificativa de conter o narcotráfico. Na terça (19), a porta-voz Karoline Leavitt chamou Maduro de “fugitivo”, “chefe de cartel” e “não legítimo”, afirmando que os EUA usarão “toda a força” contra seu regime.

Washington oferece US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Maduro, acusado de narco terrorismo, tráfico de drogas e ligação com o Cartel de los Soles, rotulado pelos EUA como organização terrorista.