Ordem de Donald Trump proíbe atletas trans em disputas femininas

O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) anunciou uma mudança significativa em sua política de segurança de atletas, alinhando-se à ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump no início de 2025. A nova diretriz proíbe a participação de mulheres trans em categorias femininas em competições olímpicas e paralímpicas, sob o argumento de garantir equidade e segurança para atletas cisgênero.

A decisão gerou reações intensas em todo o país. Enquanto uns dizem que a medida protege o esporte feminino, outros enxergam exclusão de pessoas trans e riscos de discriminação. A ordem executiva, intitulada “Keeping Men Out of Women’s Sports”, também afeta o sistema educacional, exigindo que escolas e universidades sigam a mesma diretriz sob risco de perder financiamento federal.

COI é pressionado por mudanças

Além disso, o governo americano pretende impedir a entrada de atletas trans estrangeiras que desejam competir em solo norte-americano, inclusive nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028. O Departamento de Estado foi instruído a pressionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) para revisar suas regras de inclusão de atletas trans, que atualmente permitem participação sob critérios específicos de testosterona e transição de gênero.


Trump tenta barrar direitos trans (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

O Comitê Olímpico Internacional já enfrenta críticas por suas normas atuais de inclusão e pode ser levado a revisar suas diretrizes diante da postura norte-americana. Diversas entidades de defesa dos direitos LGBTQIA+ já se mobilizam para garantir que atletas trans não sejam excluídas por critérios políticos.

Decisão gera reações intensas

Apesar da repercussão, especialistas indicam que o número de atletas trans em competições universitárias e olímpicas é extremamente baixo. Segundo dados recentes, menos de dez atletas trans competem entre os mais de 500 mil vinculados à NCAA, a associação que regula o esporte universitário nos EUA.

A medida reacende o debate sobre inclusão, identidade de gênero e os limites da política esportiva. Grupos de direitos civis já se mobilizam para levar a questão aos tribunais, e o mundo esportivo segue atento ao que pode vir pela frente.

Universidade da Pensilvânia limita atletas trans após pacto com gestão Trump

A Universidade da Pensilvânia decidiu, nesta terça-feira (02), restringir a participação de atletas trans em times femininos. A medida faz parte de um acordo firmado com o governo do ex-presidente Donald Trump e encerra um processo federal que questionava a presença dessas atletas nas competições da instituição. Nos últimos meses, o caso ganhou destaque e foi alvo de uma investigação conduzida pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos. Segundo as autoridades, a participação de mulheres trans em equipes femininas poderia violar regras que garantem competições justas, o que motivou a universidade a revisar suas políticas esportivas.

Regra pode causar impacto no esporte universitário

A partir desta nova regra, apenas atletas registradas como mulheres ao nascer poderão competir nas equipes femininas. O acordo prevê ainda a revisão de resultados anteriores, com a possível devolução de títulos e medalhas conquistados em competições questionadas. Além disso, a universidade deverá enviar pedidos formais de desculpas às atletas que se sentiram prejudicadas durante o período investigado. Todas essas medidas visam cumprir as exigências das autoridades e evitar possíveis cortes no financiamento da instituição.


Nadadores competindo (Foto: reprodução/Kathryn Riley /Getty Images Embed) 

Essa mudança ocorre após meses de debates sobre a participação de atletas trans e a necessidade de preservar a competitividade justa no esporte feminino. Apesar da decisão, a universidade reforçou que continuará promovendo espaços inclusivos para atletas trans em outras modalidades, reafirmando seu compromisso com a diversidade e o diálogo.

Decisão provoca reações e debate sobre inclusão no esporte

Essa medida reacendeu o debate sobre inclusão e gerou reações variadas. Organizações que defendem os direitos LGBTQIA+ criticaram a decisão, classificando-a como um retrocesso que exclui atletas trans e dificulta a construção de ambientes esportivos acolhedores. Por outro lado, parte da opinião pública e representantes esportivos apoiaram a medida, argumentando que ela protege a competitividade justa entre as atletas femininas, garantindo regras equilibradas para todas. Esses especialistas indicam que a decisão pode influenciar políticas em outras universidades e organizações esportivas nos Estados Unidos. O tema segue em evidência e deve motivar a criação de novas regras e soluções, tanto no esporte universitário quanto em competições profissionais.