Foz transforma memórias do interior em moda no SPFW

A marca Foz apresentou, nesta sexta-feira (17), sua nova coleção no São Paulo Fashion Week, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera. Chamada “Povoado Poesia”, a coleção propõe uma interpretação afetiva da vida no interior, por meio da recriação de um vilarejo fictício idealizado pelo estilista Antônio Castro.

Para trazer nostalgia, a trilha sonora da apresentação incluiu cantigas cantadas pelo coral infantil do Colégio Maria Montessori, onde Antônio estudou.

Além de valorizar elementos regionais no desfile, a coleção marca a parceria entre a Foz e a Prefeitura de Maceió, envolvendo grupos, ONGs, cooperativas e artesãos locais que colaboraram na produção das peças apresentadas no evento.

Looks exibidos na passarela

As roupas desta coleção apresentam elementos infantis, como pipas coloridas e estampas quadriculadas, que reforçam a proposta lúdica do universo. Também teve fitas do Senhor do Bonfim aplicadas em peças de tapeçaria e em camiseta, com as frases “Viajo porque te amo” na frente e “Volto porque preciso” nas costas.


Modelos desfilando para Foz no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@spfw)

Outro elemento regional presente na coleção é o patchwork, técnica que une pedaços de tecido em uma única peça, popularmente conhecida como retalhos. Essa técnica aparece em calças, jaquetas e calçados. A coleção também inclui peças mais escuras, feitas com fuxicos de tamanhos variados e jacquard, uma técnica que entrelaça o tecido diretamente na peça, apresentando paisagens.


Modelos desfilando para Foz no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@topviewclub)

Entre os acessórios, as bolsas chamaram a atenção, decoradas com alças e franjas de palha e feitas com faixas de tecido. O desfile também trouxe pulseiras e brincos artesanais que complementaram o visual.

O universo interiorano de Foz

“Povoado Poesia” marca o encerramento da trilogia da Foz, composta pelas coleções “Alambique Fantasia” (2023) e “O Conto de Laura” (2024). Nesta fase final, a marca explora a sensibilidade do amadurecimento e resgata memórias da infância, refletidas na arquitetura e nos contos folclóricos das cidades do interior.

Em “Alambique Fantasia”, a Foz apresenta uma fábrica de cachaça sob a perspectiva de um engenho de cana-de-açúcar. Enquanto isso, “O Conto de Laura” conta a história da tia-avó de Antônio, que, nos anos 1930, fugiu da casa dos pais para se juntar ao cangaço.

Matéria escrita por Maria Carolina Brandão no portal InMagazine.

 

 

Handred celebra a moda noturna em desfile no SPFW

A Handred apresentou sua nova coleção no São Paulo Fashion Week, na noite desta quinta-feira (16), em um desfile realizado na Casa Higienópolis. Sob direção criativa de André Namitala, a marca carioca levou à passarela a coleção “Baila”, inspirada na vida noturna antes do crepúsculo e nos tradicionais bailes do Rio de Janeiro.

As peças foram feitas à mão por mais de 50 profissionais no ateliê da marca, no Rio de Janeiro. Para envolver o público no clima da coleção, o desfile contou com torres de champanhe comandadas por Ivana Wonder e uma trilha sonora que relembrou esses bailes.

O conceito da coleção “Baila”

Ao longo do último ano, Namitala passou por diversas transformações, incluindo a mudança de sede da marca e um processo de amadurecimento profissional. Foi nesse contexto que surgiu a ideia de criar uma coleção que celebrasse essas conquistas. Em entrevista à Vogue, o estilista contou como esse momento inspirou o conceito da nova coleção:

“Ela veio de uma vontade de querer comemorar um pouco. Acho que toda a trajetória de quem tem negócio são trajetórias que vão como montanha-russa. Pode ser meio clichê, mas a gente dita um pouco da emoção que a gente quer sentir.”

A inspiração também veio de um sonho que envolvia uma celebração e da chegada da Era de Aquário, símbolo de inovação, coletividade, que celebra o renascimento, a liberdade e a espiritualidade através da noite — vista aqui como um ritual de passagem entre o crepúsculo e a madrugada.

Handred e a moda em movimento

A coleção “Baila” traz peças confeccionadas em seda e couro sustentável, que recebem o acabamento matelassê, realçando a textura e o visual das roupas. O design foi criado para acompanhar as formas do corpo, transmitindo leveza e elegância, em sintonia com o clima de celebração da coleção.


Modelos desfilando para Handred no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@spfw)

O desfile foi construído como uma narrativa em movimento: começou de forma mais introspectiva e evoluiu para um ritmo mais leve e fluido, refletindo a essência das roupas criadas por André.


Modelos desfilando para Handred no São Paulo Fashion Week. (vídeo: reprodução/Instagram/@glamourbrasil)

A trilha sonora, a performance e a ambientação reforçaram essa transição, criando uma experiência sensorial que traduz o espírito de “Baila”: uma celebração da liberdade, da expressão individual e da alegria de se reconectar com o outro através da moda.

Uma imersão na sensibilidade

Com “Baila”, André Namitala reafirma sua posição entre os criadores mais poéticos da moda brasileira contemporânea. Sua Handred mantém o equilíbrio entre sofisticação artesanal e experimentação estética, traduzindo em forma e textura uma narrativa sobre liberdade, conexão e renascimento.

O desfile foi mais do que uma exibição de roupas — foi uma experiência sensorial completa, que envolveu o público em um clima de celebração e introspecção. O encontro entre música, dança e design evocou memórias afetivas das noites tropicais, onde o vestir é também um ato de expressão e pertencimento.

Entre o passado e o futuro, “Baila” surge como uma ode à noite e ao poder transformador da arte de criar. Ao fundir o artesanal e o contemporâneo em uma mesma linguagem, a Handred convida o público a dançar sob a luz da nova era — a Era de Aquário, onde a moda é mais do que aparência: é movimento, emoção e rito.

Matéria escrita por Maria Carolina Brandão no portal InMagazine.

Fendi celebra legado com casting estrelado e diverso

A maison italiana reafirma sua tradição de apostar em desfiles com elenco de peso, equilibrando gerações, estilos e corpos em uma celebração que antecipa o centenário da marca em 2025.

Como já é tradição nas apresentações da Fendi, Silvia Venturini Fendi entregou uma passarela estrelada e significativa. Enquanto o sucessor de Kim Jones ainda não é anunciado, a diretora criativa do feminino mantém o equilíbrio entre memória e renovação, escalando modelos de diferentes fases da moda e reafirmando a importância de representar múltiplas vozes na indústria.

Reúne gerações de ícones e novas estrelas

A seleção de modelos trouxe um encontro entre tempos distintos da moda. Nomes como Karen Elson, Mariacarla Boscono, Natasha Poly e Edie Campbell mostraram a força das supermodelos consagradas, enquanto rostos mais recentes, como Alex Consani, Amelia Gray e Gabbriette, refletiram a energia da nova geração que conquista o público jovem apaixonado por moda.


Modelos que formaram o casting dos desfiles (Vídeo: reprodução/Instagram/@wmag)

Esta mistura de trajetórias não apenas fortalece o DNA da Fendi, como também celebra a longevidade de uma maison que chega ao marco dos cem anos em 2025. Ao unir passado e presente em um só desfile, a marca reforça sua habilidade em dialogar com públicos diversos sem perder sofisticação.

Valoriza a diversidade em meio a retrocessos

Além de nomes consagrados e emergentes, a Fendi também trouxe Paloma Elsesser e Devyn Garcia para reafirmar a importância da diversidade de corpos nas passarelas. Em um momento em que a moda internacional enfrenta críticas pela redução desse espaço, a maison italiana se destaca por manter a pluralidade em evidência.

Este gesto coloca a marca em sintonia com discussões atuais sobre representatividade, aproximando-se de consumidores que buscam ver sua realidade refletida nas campanhas e desfiles. É uma mensagem de resistência e evolução que amplia a relevância da Fendi dentro e fora da moda.

Ao reunir gerações de modelos e reafirmar seu compromisso com a diversidade, a Fendi transforma sua passarela em mais do que um palco para roupas: em um manifesto de identidade e continuidade. O desfile não apenas antecipa o centenário da marca, como também projeta sua visão de futuro,  fiel às tradições, mas aberta às transformações do tempo.

London Fashion Week 2025: A Nova Era começa nesta quinta-feira

A London Fashion Week de setembro de 2025 tem início hoje (17) e vai até o dia 22. Este ano, o evento adota um formato híbrido, combinando desfiles presenciais com transmissões digitais, o que amplia o alcance global e permite que o público acompanhe de qualquer lugar do mundo. A programação traz uma atmosfera de renovação, com a presença confirmada de grandes nomes como Burberry, Erdem e Simone Rocha.

Marcas Estabelecidas e Novos Talentos

A LFW deste ano celebra o retorno de ícones como Burberry, Erdem, Emilia Wickstead, Simone Rocha e Roksanda, que marcam presença com coleções inovadoras. Além disso, a nova geração de designers também ganha destaque, com nomes como Conner Ives, vencedor do BFC/Vogue Designer Fashion Fund, e marcas emergentes como Dreaming Eli e Ksenia Schnaider, que estreiam suas coleções na passarela.


CEO da British fashion council (Foto: reprodução/Instagram/@britishvogue)

Inovações e Colaborações

Uma das grandes novidades é o retorno da H&M com o desfile “The London Issue”, e a colaboração especial do estilista Harry Lambert, conhecido pelo seu trabalho com Harry Styles, que lança uma coleção cápsula Disney x Zara na Selfridges. Essas iniciativas refletem a tendência de fusão entre luxo e streetwear, atraindo um público cada vez mais diversificado.


Burberry irá encerrar semana de moda em Londres (Foto: reprodução/Instagram/@burberry)

A London Fashion Week de setembro de 2025 reafirma o papel de Londres como epicentro da moda, equilibrando tradição e inovação. A cidade mantém sua essência criativa e continua a influenciar tendências globais, reafirmando sua relevância e prestígio no cenário fashion.


Dilara findikoglu marca confirmada para london fashion week (Foto: reprodução/Instagram/@dilarafindikoglu)

A moda de Londres equilibra tradição e modernidade, refletindo o contraste entre clássicos icônicos e inovações ousadas. Passarelas revelam o estilo britânico autêntico, onde história e vanguarda se encontram, influenciando designers e consumidores globalmente. Londres se mantém como referência criativa, ditando tendências e inspirando a moda em todo o mundo.

NYFW Verão 2026 abre temporada com tradição e apostas ousadas

De 11 a 16 de setembro, Nova York se prepara para mais uma edição emocionante da New York Fashion Week, evento que marcará o início das principais semanas de moda do mundo. Com mais de 60 desfiles e exibições agendadas para a temporada primavera/verão 2026 feminina, a programação inclui marcas consagradas, retorno de grifes que estavam ausentes e espaço para marcas emergentes que buscam reconhecimento. As expectativas são elevadas tanto para quem participa do desfile quanto para quem assiste, em relação às tendências estéticas e comerciais que surgirão no cenário internacional.

Proenza Schouler minimalismo urbano na passarela

Durante a NYFW Verão 2026, a Proenza Schouler reafirmou sua identidade sofisticada e contemporânea com uma coleção caracterizada por cortes precisos, alfaiataria desconstruída e uma paleta de cores neutras. Os diretores criativos Jack McCollough e Lazaro Hernandez investiram em peças que harmonizam estrutura e fluidez, priorizando a utilização de tecidos naturais e silhuetas que destacam o movimento. A proposta destaca a essência urbana da marca e se conecta com uma consumidora atual que procura sofisticação discreta e praticidade na vestimenta.

 


Modelo em desfile para maison Proenza Schouler no primeiro dia da NYFW  (Foto: reprodução/Instagram/@proenzaschouler)   

        

Ralph Lauren com toque western

Embora não estivesse no calendário oficial, Ralph Lauren apresentou uma coleção com grande impacto, celebrando as origens do estilo americano com uma elegância digna do cinema. Inspirado no Velho Oeste, o desfile apresentou franjas, couro envelhecido, botas de montaria e vestidos fluidos em tons terrosos, tudo com a elegância distintiva da marca. Com um ambiente intimista e a presença de celebridades, o desfile destacou a habilidade de Lauren em converter referências históricas em desejo atual, mantendo sua assinatura clássica.

 


Desfile primavera/verão 2026 da maison Ralph Lauren no NYFW (Vídeo: reprodução/Instagram/@cfda)


A temporada de primavera/verão 2026 da New York Fashion Week se apresenta não apenas como uma vitrine de tendências emergentes, mas também como uma oportunidade para analisar quais marcas irão reconfigurar seus posicionamentos e como o equilíbrio entre tradição, inovação e responsabilidade será estabelecido.

As decisões tomadas atualmente por estilistas, curadores de moda e organizadores do calendário não apenas refletem tendências futuras, mas também atendem às expectativas do mercado e aos anseios por mudanças sociais. Em um mundo onde a moda é um diálogo, cada desfile será um componente de uma conversa mais ampla  e, sem dúvida, a atenção estará voltada para aqueles que conseguirem equilibrar ousadia e consistência.

 

Paris Fashion Week revela o aguardado calendário da temporada primavera-verão 2026

As principais marcas são esperadas nessa temporada para o grande desfile na semana  de moda parisiense. O desfile mais aguardado promete ser histórico já que contará com estreia de novos nove designers estão Mark Howard Thomas na Carven, Miguel Castro Freitas na Mugler, Glenn Martens na Maison Margiela, Duran Lantink na Jean-Paul Gaultier, Lázaro Hernández e Jack McCollough na Loewe, o maestro italiano Pier Paolo Piccioli na Balenciaga e para fechar a lista o Michael Rider na Celine.

Desfiles diários

Durante esses dias, haverá 36 apresentações programadas com hora marcada e 76 desfiles presenciais no Paris Fashion Week. O evento começará às 10h e irá até às 20h, apresentando grifes como Christian Dior, Loewe, Hermès, entre outras. A programação contempla tanto marcas consolidadas quanto nomes em ascensão, reunindo uma diversidade de propostas criativas que refletem a pluralidade da moda contemporânea. Ingressar no calendário tem seus desafios, já que os parisienses mantêm altos padrões no quesito criatividade, qualidade, produção e encenação.


Desfile Chanel Semana de Moda de Paris (Foto: reprodução/Pascal Le Segretain/Getty Images Embed)

 

Calendário Semana de Moda

Confira os maisons presente nas datas divulgadas pela Fédération de la Haute Couture et de la Mode (FHCM) (29 de setembro a 03 de outubro)

Segunda 29 de setembro: Saint Laurent, Julie Kegels, Hodakova, Abra, Vaquera, Burc Akyol, Kimhēkim, Vautrait, Weinsanto

Terça 30 de setembro: Ruohan, Ganni, Mame Kurogouchi, Situationist, Stella McCartney,Mossi, Zomer, Courrèges, Anrealage, Dries Van Noten, Louis Vuitton, Matières Fécales, Lanvin

Quarta 01 de outubro: Tom Ford, Balmain, Alainpaul, Acne Studios, Pressiat, Marie Adam-Leenaerdt, Maitrepierre, Icicle, Christian Dior, Cecilie Bahnsen, Reverie By Caroline Hú, Gabriela Hearst, Casablanca, Litkovska

Quinta 02 de outubro: Carven, Loulou de Saison, Mugler, Uma Wang, Christian Wijnants, Enfants Riches Déprimés, Rabanne, Schiaparelli, Nehera, Rick Owens, Isabel Marant, Gauchee, The Row

Sexta 03 de outubro: Giambattista Valli, Yohji Yamamoto, Vaillant, Nina Ricci, Loewe, Leonard Paris, Gabriele Colangelo, Benmoyal, Vetements,Victoria Beckham, Givenchy,  Jitrois, Undercover, Issey Miyake

 

Finalização do Parisiense

Fechando a temporada primavera-verão 2026 com os desfile dos dias (04 de outubro e 07 de outubro)

Sábado 04 de outubro: Dice Kayek, Noir Kei Ninomiya, Elie Saab, Maison Margiela Hermès, Ann Demeulemeester, Maxhosa Africa, Florentina Leitner, Elie Saab, Barbara Bui,  Florentina Leitner, Balenciaga, Alaïa, Comme des Garçons, Vivienne Westwood, Junya Watanabe,

Domingo 05 de outubro: Niccolò Pasqualetti, Valentino, Jean Paul Gaultier, McQueen, Junko Shimada, Paloma Wool, Margaret Howell, Celine, Ottolinger, Akris, Chloé, Lacoste, Magda Butrym

Segunda 06 de outubro: Sacai, Thom Browne, Zimmermann, Coperni, Ungaro, Chanel, Miu Miu, Boyarovskaya, Agnès b., Shiatzy Chen, Paula Canovas Del Vas

Terça 07 de outubro: Ruibuilt., Ujoh, Véronique Leroy, CFCL, Kiko Kostadinov, Didu, Christopher Esber, XULY.Bët, Meryll Rogge, Façon Jacmin, Pierre Cardin


D-3 da Semana de Moda Masculina de Paris® Primavera/Verão 2026 (Vídeo: reprodução/Youtube/

 

Será uma semana intensa, mas transformadora para o mundo da moda, trazendo peças esperadas e inovações revolucionárias. Durante os dias do evento, a edição contará com um formato inovador, expansões de localização, designs de espetáculos sustentáveis, realidade aumentada e experiências multissensoriais. A programação está recheada de desfiles e pode ser acompanhadas no fashion week online.