Juíz nega fiança de Diddy após ser considerado culpado

Depois de ser considerado culpado em duas acusações das cinco que enfrenta, Sean Diddy teve fiança negada pela justiça dos Estados Unidos na última quarta-feira (2). A defesa de Diddy havia pedido a soltura em meio a pagamento de fiança de US$ 1 milhão (mais ou menos 5,5 milhões de reais), mas o juíz do caso, Arun Subramanian, rejeitou o pedido.
De acordo com a revista People o juíz negou o pedido alegando que a defesa não conseguiu comprovar que Diddy não representa um risco para a sociedade. Caso repercute mundialmente, e levou fãs a manifestarem na porta do tribunal.

Julgamento, absolvição e comemorações

O julgamento do rapper aconteceu em Nova York envolvendo depoimentos, vídeos e imagens explícitas. Por decisão do tribunal, Diddy foi absolvido de acusações mais graves como tráfico sexual e conspiração para extorsão, mas ele recebeu duas acusações e foi condenado por transportes usados para fins de prostituição.
Mesmo com as conquistas de absolvições parciais no julgamento, o artista permanece detido. A espera da determinação final da sentença, Diddy pode receber até 20 anos de prisão com a decisão judicial.
De acordo com a CNN, rapper comemorou com alívio a absolvição das acusações mais rigorosas. Relatos dizem que ele se ajoelhou em oração diante a cadeira do tribunal, e ainda trocou olhares emocionados a mãe e a irmã, presentes no julgamento, além de receber aplausos do público.
Fãs do cantor também se manifestaram em comemoração, na porta do tribunal eles usavam óleo de bebê, que ganhou novo significado no caso. Diversas testemunhas disseram que óleo de bebê era usados nas festas privadas do rapper para fins de práticas sexuais.

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Sean Diddy (Foto: reprodução/ShareifZiyadat/GettyImagesEmbed)

Acusações e seus pareceres

O rapper conhecido como P. Diddy recebeu cinco acusações em seu julgamento. As três às quais ele foi absolvido foram de conspiração a extorsão, por administrar sua empresa de modo criminoso, dando acesso ao tráfico sexual, coerção, distribuição de drogas e violência que poderia levar a prisão perpétua.
A segunda acusação foi de tráfico sexual usando força, fraude e coerção, acusado pela ex-namorada Cassie Ventura, ele foi inocentado e prisão poderia chegar a 15 anos, essa também foi a acusação do terceiro caso em que foi inocentado agora envolvendo Jane, nome divulgado pela ex-namorada que preferiu depor anonimamente, e prisão poderia ser perpétua.
Já as duas acusações a qual foi condenado seguem as acusações de transporte para fins de prostituição, que também envolvia Cassie, e pode levar a 10 anos de prisão e outro que envolvia Jane e pode levar a mais 10 anos, totalizando 20 anos de prisão.

“Diddy” é considerado culpado em duas das cinco acusações

Após semanas de um julgamento intenso e amplamente noticiado, Sean “Diddy” Combs, o lendário magnata do hip-hop, foi considerado culpado em duas das cinco acusações que pesavam contra ele. Este desfecho, embora o absolva dos crimes mais severos, ainda representa um golpe significativo para sua carreira e imagem. As acusações iniciais contra Diddy incluíam conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual por força, fraude ou coerção, e duas acusações de transporte para fins de prostituição.

Entenda o veredito misto

O júri, composto por oito homens e quatro mulheres, deliberou por dias antes de anunciar seu veredito. Diddy foi considerado culpado em:

Transporte para fins de prostituição (referente a Cassandra Ventura): essa acusação se baseia em alegações de que Combs transportou sua ex-namorada, Cassie Ventura, através de fronteiras estaduais ou internacionais para fins de prostituição. A pena máxima para essa acusação é de 10 anos de prisão.

Transporte para fins de prostituição (referente a uma segunda vítima, conhecida como “Jane”): similar à acusação anterior, esta envolveu o transporte de outra mulher para os mesmos fins. A pena máxima para esta acusação também é de 10 anos de prisão.

Por outro lado, Diddy foi absolvido das três acusações mais graves:

Conspiração para extorsão (Racketeering Conspiracy): esta era a acusação mais abrangente e complexa, alegando que Combs operava uma “empresa criminosa” que utilizava para cometer crimes como sequestro, incêndio criminoso e suborno, além de tráfico sexual. A pena máxima para esta acusação era de prisão perpétua.

Tráfico sexual por força, fraude ou coerção (referente a Cassandra Ventura): esta acusação implicava que Combs forçou ou coagiu Cassie Ventura a atividades sexuais. A pena para essa acusação tinha um mínimo obrigatório de 15 anos e máximo de prisão perpétua.

Tráfico sexual por força, fraude ou coerção (referente a “Jane”): similar à acusação anterior, também com pena mínima de 15 anos e máximo de prisão perpétua.



Sean Diddy é absolvido em três de cinco acusações criminais (Foto: reprodução/X/@AP4Liberty)

Futuro ainda incerto

Apesar de não ter sido condenado pelas acusações que poderiam resultar em prisão perpétua, as duas condenações por transporte para fins de prostituição significam que Sean Combs ainda pode enfrentar até 20 anos de prisão (somando as penas máximas de 10 anos para cada acusação). A sentença final será determinada pelo juiz, levando em conta diversos fatores.