Morre cantor Arlindo Cruz e deixa legado no mundo do samba

Equipe e familiares compartilharam a notícia nas redes sociais do cantor nesta sexta-feira (8). Segundo a família, Arlindo Cruz estava internado desde abril no CTI do hospital do Rio de Janeiro, Barra D’or, por conta de uma pneumonia, mas não resistiu e veio a óbito aos 66 anos de idade.

Nota

Além das sequelas do AVC, Arlindo parou de responder aos estímulos em julho deste ano e já não apresentava progresso, mesmo submetido a cirurgias. Ele também era portador de uma doença autoimune e dependia de sonda para se alimentar.
Equipe compartilhou uma nota de pesar no Instagram do artista. Em comunicado, eles deixam mensagem de luto e afirmam “ele foi um poeta do samba” . Arlindo Cruz era compositor, cantor e sambista.
Artistas como a atriz Paola Oliveira e o cantor Ferrugem comentaram lamento ao falecimento. No post, ferrugem deixou: “O sambista perfeito foi descansar”. 


Nota de pesar (Foto:reprodução/Instagram/@arlindocruzobem)

Homenagem no carnaval

Apaixonado pelo carnaval, o sambista era muito reconhecido no mundo carnavalesco. Uma de suas últimas aparições foi num desfile da escola de samba Império Serrano em 2023.
Compositor de mão-cheia, como era conhecido, Arlindo era disputado e renomeado nos sambas-enredos pelas escolas Leão de Nova Iguaçu, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de vila Isabel e Império Serrano, que era sua escola do coração.
Arlindo Cruz havia sido homenageado em um carro alegórico com uma réplica gigante do cantor tocando seu cavaquinho. Na ocasião estavam presentes, além do cantor, a família e amigos próximos, como a atriz Regina Casé, que dividiu palco com o cantor no programa “Esquenta”.

Arlindo Cruz é homenageado nos desfiles das escolas de samba pela Império Serrano (Foto: reprodução/Instagram/@arlindocruzobem)

Um legado do mundo do samba

Um artista completo, além de cantor e eleito a um dos maiores compositores da geração do Samba, Arlindo era multi-instrumentista e escreveu canções de sucesso que marcam gerações como Meu Lugar, O show tem que continuar e O Sambista Perfeito (que deu a ele esse apelido).
Com mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas, Arlindo também fez história como cantor. Dando início a carreira em 1981, quando integrava a rodas de samba ao lado de nomes do samba como Almir Guineto e Jorge Aragão no Rio, se destacou com composições a diversos artistas na década de 90. Na mesma época começou a cantar suas próprias autorias quando ficou famoso ao entrar para o grupo Fundo De Quintal.
Mesmo com o sucesso do grupo, o cantor se destacou ainda mais quando iniciou a carreira solo. Em parceria com o músico Sombrinha, lançou cinco álbuns até o ano de 2002. Em 2009 vendeu mais de 100 mil cópias do seu DVD MTV Ao Vivo Arlindo Cruz. Seu último trabalho foi um lançamento com o filho Arlindinho “Pagode 2 Arlindos” em 2017 antes do AVC.
O artista lançou o livro “O sambista Perfeito” e deixa legado ao mundo da arte, cultura brasileira e do samba.

Cazuza será o grande homenageado do prêmio da música Brasileira em 2026

O Prêmio da Música Brasileira já começou a aquecer os corações para sua 33ª edição, marcada para 2026, e o anúncio do homenageado da vez emocionou fãs, artistas e amantes da cultura nacional: Cazuza será o grande nome celebrado na próxima edição do evento.

Por que Cazuza

A decisão foi tomada de forma unânime durante uma reunião do Conselho do Prêmio, realizada no Rio de Janeiro em junho deste ano. Entre os nomes que compõem o grupo estão Zé Mauricio Machline, idealizador do prêmio, além de Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Zélia Duncan, Karol Conká, Giovanna Machline e o jornalista Antônio Carlos Miguel.

O anúncio foi feito em uma ligação coletiva para Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, que recebeu a notícia com emoção e gratidão. Para o criador do prêmio, homenagear Cazuza é reconhecer uma trajetória marcada por coragem, poesia e liberdade. “A obra de Cazuza segue viva, necessária e profundamente conectada com o tempo em que vivemos”, destacou Machline.


Anúncio compartilhado por Cazuza em suas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@cazuza.oficial

Compositor de clássicos como ‘O Tempo Não Para’, ‘Exagerado’ e ‘Codinome Beija-Flor’, Cazuza foi muito mais do que um cantor: foi um símbolo de transgressão, sensibilidade e entrega. Sua voz continua ecoando em diferentes gerações, e essa homenagem promete reforçar seu lugar na história da música brasileira.

Sobre o prêmio

A edição de 2026 do prêmio deve contar com um espetáculo especial, reunindo artistas de diferentes estilos e idades para interpretar o repertório do artista de forma inédita. A cerimônia, como de costume, também premiará os principais lançamentos musicais do ano anterior em diversas categorias.


Post feio por Cazuza em suas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@cazuza.oficial

Com a escolha de Cazuza, o Prêmio da Música Brasileira reafirma seu compromisso com a memória e a força de quem moldou os caminhos da canção no país, e prepara o palco para uma celebração à altura de um dos maiores nomes da nossa história cultural.