Uma cena inusitada ocorreu hoje durante o primeiro tempo da partida entre Fluminense e Inter de Milão, jogo esse que classificou o Tricolor para as quartas de finais do mundial de clubes.

O técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, interferiu em uma cobrança lateral do clube italiano, o que causou dúvida nas pessoas se ele deveria mesmo ter tomado um cartão amarelo ou deveria ser expulso pela atitude.

Entenda o que aconteceu

O episódio ocorreu nos minutos finais da primeira etapa. Após uma bola sair pela lateral, o meia Mkhitaryan tentou cobrar rapidamente para dar sequência ao ataque da Inter. No entanto, Renato Gaúcho, que estava posicionado próximo à linha lateral, alcançou a bola e a desviou com o braço, interrompendo a reposição. O ato causou reação imediata dos jogadores italianos, gerando discussões e movimentação no banco de reservas de ambos os times.

O árbitro da partida, alertado pela movimentação e com visão direta do lance, optou por aplicar cartão amarelo ao treinador brasileiro. O jogo foi reiniciado pouco depois, sem outras punições disciplinares no momento.

O que dizem as regras

Conforme o Regulamento de Conduta da FIFA e com as regras do jogo publicadas pelo International Football Association Board (IFAB), membros da comissão técnica não podem interferir fisicamente em ações de jogo. Isso inclui qualquer tentativa de retardar, obstruir ou influenciar diretamente o andamento da partida por meio de contato com a bola, ou os atletas.

A regra específica que trata desse tipo de situação permite ao árbitro advertir ou expulsar o membro da comissão técnica envolvido, com base na gravidade da interferência. Ainda segundo as diretrizes da FIFA, atitudes que causem interrupção de jogadas promissoras ou alterem o ritmo da partida podem ser consideradas como “conduta antidesportiva”. É bom lembrar que há alguns anos o treinador também interferiu em uma cobrança lateral enquanto era treinador do Grêmio.

Renato Gaúcho chegando ao mundial pelo Fluminense (Foto: reprodução/x/@caiquecomk_)

Sem uso do VAR e sem consequências posteriores

O lance não foi revisado pelo árbitro de vídeo (VAR), uma vez que o protocolo de revisão só permite intervenção em casos de possível expulsão direta, gols, pênaltis ou erros de identidade. Como a arbitragem entendeu que o ato se enquadrava em advertência com cartão amarelo, a decisão foi mantida sem consulta externa.

Até o momento, não há comunicado oficial da organização do torneio sobre possíveis desdobramentos disciplinares ou abertura de inquérito contra o técnico. O relatório do árbitro, conhecido como súmula, incluirá o ocorrido e servirá de base para qualquer análise posterior por parte da comissão disciplinar da competição.