Avião de carga da UPS Airlines cai em Louisville e deixa ao menos sete mortos

Na tarde de 4 de novembro de 2025, um avião cargueiro da UPS saiu da pista de decolagem e explodiu em chamas logo após a decolagem no aeroporto de Louisville, Kentucky. O acidente matou pelo menos sete pessoas — incluindo tripulantes e pessoas em solo — e deixou outros 11 feridos, enquanto equipes de resgate enfrentavam incêndios e destroços na área industrial próxima.

Acidente e primeiros relatos

Na tarde desta terça-feira (4), um avião de carga da UPS caiu poucos instantes após decolar do Aeroporto Internacional Louisville Muhammad Ali, nos Estados Unidos. A aeronave, modelo McDonnell Douglas MD-11F, seguia para o Havaí quando apresentou falhas logo após a decolagem.


Reportagem sobre a queda do avião em Louisville (Vídeo: reprodução/YouTube/ @g1)


Testemunhas relataram que uma das asas pegou fogo antes de o avião perder altitude e explodir em uma área industrial próxima. O impacto provocou uma grande nuvem de fumaça e espalhou destroços por vários quarteirões. As equipes de resgate atuaram por horas no controle das chamas e na busca por vítimas.

Investigações e medidas

O aeroporto foi temporariamente fechado e todos os voos suspensos. A polícia e o corpo de bombeiros isolaram a região e pediram que moradores permanecessem em casa. A National Transportation Safety Board (NTSB) e a Federal Aviation Administration (FAA) iniciaram uma investigação para apurar as causas do acidente.

As caixas-pretas já foram localizadas e serão analisadas nos próximos dias. Segundo a UPS, a aeronave estava em boas condições e havia passado por manutenção recentemente.

Repercussão

O acidente gerou forte comoção em Louisville, sede mundial das operações aéreas da UPS. O governador de Kentucky, Andy Beshear, lamentou as mortes e decretou luto oficial em todo o estado.

Especialistas afirmam que o caso reacende o debate sobre a segurança no transporte aéreo de carga e a necessidade de revisão dos protocolos de manutenção e fiscalização.

Além disso, autoridades federais ressaltaram que a investigação pode levar meses, e seus resultados servirão de base para aprimorar normas técnicas e prevenir novos desastres.

A tragédia também reacendeu discussões sobre as condições de trabalho e pressão sobre pilotos de companhias de transporte de carga, que enfrentam jornadas longas e operações intensas em horários noturnos.

Avião cai em São José do Rio Preto causando duas mortes

Na manhã desta terça-feira (1°), um avião caiu na Estrada Municipal José Domingues Neto, bairro Vila Azul, na zona rural da cidade de São José do Rio Preto (SP).
A aeronave era utilizada para fins de instrução e, de acordo com os bombeiros, infelizmente os dois ocupantes, piloto e aluno, morreram na queda, porém ainda não foram identificados.

O acidente

Por volta das 11:50, o corpo de bombeiros foi acionado para atender o ocorrido. A queda aconteceu em um terreno aberto, não atingiu estruturas e não houve vazamento de combustível ou fogo. A Polícia Técnico-Científica e o Cenipa também foram acionados.
Segundo o RAB ( Registro Aeronáutico Brasileiro) da ANAC ( Agência Nacional de Aviação Civil), o avião CAP-4 Paulistinha com ano de fabricação de 1943, pertence ao Aeroclube de São José do Rio Preto e está com a situação regularizada para voos de instrução privada, apesar do vencimento do CVA (Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade) constar a data de hoje (1°).
A FAB (Força Aérea Brasileira) será responsável pela investigação das causas que provocaram o acidente.


Acidente aéreo SP (Vídeo: reprodução/YouTube/DiáriodaRegiãoOficial)

Acidentes aéreos no Brasil

Embora a aviação no Brasil mantenha critérios rigorosos para certificar a segurança de suas aeronaves, os aviões de pequeno porte particulares e geralmente agrícolas são os que mais se envolveram em acidentes com fatalidades no país nos últimos dez anos.
Em 2024, foram 33 acidentes com 137 mortes envolvendo aviões e helicópteros. Na soma de uma década, esse número chega a 277 acidentes, com 650 vítimas fatais, sendo 81% deles em aeronaves particulares e agrícolas, com apenas um acidente com avião comercial da Voepass, que deixou 62 mortos em agosto de 2024.
As regras da aviação no Brasil mudam conforme o tipo de operação e, no caso dos aviões particulares e dos agrícolas, a maior parte das responsabilidades fica nas mãos do piloto, que tem o dever de abastecer, checar a meteorologia, fazer o plano de voo e decidir as condições na decolagem e no pouso.
Todos os acidentes aéreos que ocorrem no Brasil são registrados e analisados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Corpo de brasileira é resgatado após queda em vulcão na Indonésia

O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) do Monte Rinjani, na Indonésia, após mais de quatro dias de buscas intensas. Juliana caiu de uma trilha no vulcão no último fim de semana e foi encontrada sem vida cerca de 600 metros abaixo do trajeto principal.

A operação de resgate foi realizada por agentes da Basarnas, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, com o apoio de voluntários especializados. De acordo com as autoridades locais, o processo de içamento do corpo durou mais de sete horas e foi dificultado pelas condições climáticas adversas, como neblina intensa, baixa visibilidade e variações bruscas de temperatura.


https://www.youtube.com/watch?v=s_r4A6DevZ4

Reportagem sobre o resgate de Juliana Martins (Vídeo: reprodução/YouTube/

Mau tempo complica

O mau tempo também impossibilitou o uso de helicópteros na operação, obrigando as equipes a atuarem exclusivamente por via terrestre. A trilha onde Juliana caiu é considerada de difícil acesso e exige experiência dos montanhistas. Segundo o comandante da operação, diversos pontos de ancoragem foram utilizados durante o resgate, reforçando o risco da região.

Após o resgate, o corpo foi levado de maca até o posto de Sembalun, base de onde partem as expedições rumo ao cume do Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok. Em seguida, foi transportado para o hospital Bayangkara, na capital local, Mataram. A repatriação do corpo ao Brasil ficará sob responsabilidade da família e das autoridades brasileiras e indonésias.

Equipes voluntárias

Um montanhista voluntário que participou do resgate relatou, emocionado, que tentou ajudar da melhor forma possível. Em uma publicação nas redes sociais, o montanhista compartilhou os desafios enfrentados durante o percurso e deixou uma mensagem de apoio aos familiares de Juliana.

As causas exatas da queda ainda não foram oficialmente esclarecidas. A morte da jovem causou grande repercussão online e levantou um alerta sobre os perigos de trilhas em regiões de difícil acesso e com atividade vulcânica.