CBF revela áudio do VAR e explica polêmica em Botafogo x Flamengo

Mesmo com a vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo, o Flamengo manteve o tom de insatisfação com a arbitragem no clássico do último domingo (15), no Estádio Nilton Santos. Jogadores e membros da comissão técnica, entre eles Arrascaeta, Filipe Luís e o diretor José Boto, questionaram a decisão do árbitro Alex Gomes Stefano de não marcar pênalti em lance envolvendo Allan e Luiz Araújo. A polêmica ganhou força nas redes sociais, com torcedores rubro-negros pedindo mais transparência nas decisões do VAR.

Diante da repercussão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu tornar pública a gravação da conversa entre o árbitro de campo e a equipe do VAR. O objetivo, segundo a entidade, foi “reforçar o compromisso com a clareza e a credibilidade do processo de arbitragem”. O lance ocorreu ainda no primeiro tempo, quando Luiz Araújo foi pisado por Allan dentro da área, mas o jogo seguiu normalmente.

O áudio divulgado mostra que o árbitro principal foi consultado pela equipe de vídeo, que considerou o contato “insignificante”. A interpretação foi de que o toque não teve impacto suficiente para alterar o desenvolvimento da jogada, o que justificou a decisão de não marcar a penalidade.

Conversa do VAR aponta “contato leve” e sem impacto na jogada

No diálogo liberado pela CBF, o auxiliar de vídeo pede para revisar o lance e rapidamente identifica o toque do jogador do Botafogo. “O jogador do Flamengo toca a bola e o adversário apenas pisa no pé dele. É dentro da área”, afirma o assistente. O árbitro de campo, no entanto, diz que viu um “contato normal de jogo”, e solicita confirmação sobre a posse de bola e a relevância do toque.

Após a checagem, o VAR conclui que o pisão foi leve e não alterou o andamento da jogada. “Vejo um contato muito leve. Ele visa a bola e nem tinha mais a possibilidade de seguir. A jogada não é impactada por esse contato”, afirma o operador. A resposta do árbitro confirma a percepção: “Correto”.


Confira o aquecimento do Botafogo no jogo contra o Flamengo (Vídeo: Reprodução/Instagram/@botafogo)

Com isso, o lance foi considerado checado e sem necessidade de intervenção. O diálogo completo, que dura pouco mais de um minuto, foi publicado pela CBF em seu canal oficial, junto com imagens da transmissão. O procedimento faz parte da nova política da entidade de divulgar áudios de decisões polêmicas após cada rodada do Campeonato Brasileiro.

Polêmica reacende debate sobre critérios do VAR no futebol brasileiro

A divulgação do áudio não encerrou a polêmica. Nas redes sociais, torcedores e comentaristas esportivos voltaram a discutir a falta de uniformidade nos critérios do VAR. Para muitos, o lance envolvendo Luiz Araújo seria pênalti em outras partidas, o que reforça a sensação de inconsistência nas decisões. Especialistas também apontaram que o contato, embora leve, ocorreu dentro da área e, portanto, deveria ter sido revisado com mais rigor.

O Flamengo, por sua vez, optou por não emitir nota oficial, mas fontes internas afirmaram que o clube seguirá atento às futuras decisões da arbitragem. A diretoria considera que a transparência da CBF é positiva, mas cobra maior clareza na aplicação dos critérios técnicos.

A equipe de arbitragem do clássico foi composta por Alex Gomes Stefano (SP) no apito, com os assistentes Figueiredo Henrique Correa (RJ) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR). O VAR ficou sob responsabilidade de Rodolpho Toski Marques (PR), auxiliado por Diogo Carvalho Silva (RJ) e Diego Pombo Lopez (BA). A CBF reafirmou que continuará publicando os áudios do VAR “para fortalecer a confiança do torcedor no futebol brasileiro”.

Flamengo vence Botafogo e segue na briga pelo título do Brasileirão 2025

Na noite desta quarta-feira(15), o Flamengo vence o Botafogo no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, por 3×0, pela 28ª rodada do Brasileirão 2025 e se manteve vivo na briga pela liderança.

A partida ficou marcada por erros de arbitragem, briga entre torcedores na arquibancada e um amplo domínio rubro-negro do início ao fim da partida.

O clássico

Antes mesmo da bola rolar, a arbitragem já era tema central da partida com o Botafogo na tarde de terça-feira(14) indo à sede da CBF pedindo uma “arbitragem profissional” para o clássico.

Além disso, a torcida alvinegra fez mosaicos e estendeu faixas antes da bola rolar provocando o rubro-negro por conta do lobby feito pelo time por Fair Play Financeiro, seus direitos nas negociações pela transmissão do Brasileirão pela LiBRA juntos a provocações pela goleada de 4×1 feita pelo alvinegro em 2024.

Com isso, a partida começou com o Flamengo tendo amplo domínio do jogo, mas sendo ameaçado pelo Botafogo em jogadas de contra-ataque, mas que foram sem objetivo, levando pouco perigo ao goleiro Rossi.

Dentro de seu jogo cadenciado, o Flamengo criava chances de perigo que Léo Linck conseguia defender, mas o rubro-negro levava muito perigo e parecia muito mais perto do primeiro gol do que o alvinegro.

E assim, aos 39 minutos da etapa inicial, Arrascaeta achou uma linda jogada no meio-campo e deixou Pedro na boa para marcar pela 151ª vez com a camisa do Flamengo no seu jogo de número 300 pelo clube.


Vitória do Flamengo foi a terceira sobre o Botafogo em 2025 (Vídeo: Reprodução/YouTube/ ge tv)

No segundo tempo, o domínio rubro-negro foi ainda mais amplo, com o Botafogo até tendo algumas chances nos primeiros quinze minutos, mas sem objetividade. Arrascaeta e Rodriguez ainda desperdiçaram chances em faltas próximas à área para ambas as equipes.

Aos 24 minutos da etapa final, Cebolinha recebeu lançamento de Rossi, fez a parede, rolou para Pedro que deixou Luiz Araujo na bola para entre as pernas do goleiro alvinegro ampliar a vantagem em lance paciência rubro-negra.

O 9 bolado foi substituído aos 34 minutos e logo após sair viu Carrascal roubar a bola de Cuiabano e cruzar na medida para Plata que tinha acabado de entrar em seu lugar, fazer o terceiro gol que marcou a maior vitória do Flamengo em jogos nacionais como visitante no clássico.

Arbitragem mais uma vez é protagonista da partida

O Brasileirão foi o campeonato que mais ganhou prestígio após a Copa do Mundo de Clubes, principalmente pelas boas campanhas de Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras, mas mesmo com isso algo faz a liga não ser tão prestigiada assim: a arbitragem.

Em mais um jogo do Brasileirão, ela foi a protagonista, dessa vez com um pênalti não marcado aos 34 minutos da etapa inicial após Allan dar um pisão violento e fora do lance em Luiz Araujo que o VAR comandado por Rodolfo Toski Marques se quer recomendou uma revisão.


Lance de pênalti para o Flamengo com áudio do VAR (Vídeo: Reprodução/X/@renanoguma)

Além disso, Cuiabano deveria ter sido expulso em entrada violenta em Emerson Royal logo nos primeiros minutos de jogo, mas novamente o VAR foi inoperante durante um dos jogos mais importantes do Brasileirão.

Por fim, o Flamengo pediu expulsão de Marçal após agressão em Emerson Royal, não vista pela arbitragem oriunda do Rio de Janeiro comandada por Alex Stefano, o árbitro com maior média de cartões no campeonato.

O Botafogo reclama dos cartões aplicados para Marçal, Barboza, Marlon Freitas aumentando mais ainda a lista de desfalques da estrela solitária. 

Flamengo mantém diferença na briga pelo título

Com o resultado, o Flamengo segue na segunda colocação com 58 pontos em 27 jogos realizados até aqui e segue três pontos atrás do Palmeiras que abriu a vantagem após vencer o Juventude no fim de semana e manteve após a goleada no Red Bull Bragantino por 5×1.

Já o Botafogo viu o Mirassol abrir mais três pontos de vantagem após vencer o Internacional por 3×1 e o Fluminense na semana passada por 2×1. Com 43 pontos com 28 jogos feitos, o alvinegro pode terminar a rodada na sexta colocação caso o Bahia triunfe sobre o Vitória.

Flamengo tem reta decisiva na temporada

Após a vitória estonteante no clássico, o Flamengo volta ao Maracanã, onde enfrenta o Palmeiras neste domingo(19) às 16h, buscando igualar em pontos a diferença de pontos.

Depois do confronto direto, o Mengão começa sua jornada para decidir sua vaga na decisão da Libertadores em Lima contra o Racing nos dias 22 e 29 de outubro às 21h30 com ida no mesmo Maracanã e volta em Avellaneda.

Antes do duelo decisivo na Argentina, o rubro-negro ainda tem a partida contra o Fortaleza no dia 25 de outubro às 19h30 no Castelão na capital cearense.

Clássico entre Botafogo e Flamengo tem arbitragem carioca e clima tenso no Nilton Santos

O Nilton Santos será palco de mais um confronto eletrizante entre Botafogo e Flamengo, na próxima quarta-feira (15), às 19h30. A partida, válida pelo Campeonato Brasileiro, promete intensidade dentro e fora de campo, principalmente após a confirmação de que a arbitragem será da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

O escolhido para comandar o apito é Alex Gomes Stefano, árbitro experiente no cenário estadual e com histórico recente em jogos decisivos do Cariocão.

Escolha reacende o debate

A decisão da Ferj de escalar uma equipe 100% carioca para um dos clássicos mais tensos do país gerou reações distintas. Parte da torcida alvinegra vê a escolha com desconfiança, relembrando polêmicas recentes envolvendo decisões de arbitragem em jogos grandes. Já os rubro-negros preferem minimizar a polêmica, destacando que o foco deve estar no desempenho em campo.

Mesmo assim, o tema tomou conta das redes sociais: “É sempre bom ter um árbitro que conheça o peso do clássico, mas esperamos critério e equilíbrio”, escreveu um torcedor no X (antigo Twitter).

Botafogo busca afirmação e Flamengo quer reagir

O Botafogo, comandado por Davide Ancelotti, chega ao confronto buscando se firmar novamente entre os primeiros colocados. O time alterna bons momentos e atuações irregulares, e o clássico é visto internamente como uma chance de retomar confiança diante da torcida.


Último Flamengo e Botafogo (foto:reprodução/x/@bolavipbr)

Do outro lado, o Flamengo de Filipe Luís tenta reagir após ver o Palmeiras assumir a liderança. A equipe tem mostrado oscilações, mas mantém alto poder ofensivo com Pedro, Arrascaeta e Bruno Henrique. O objetivo é claro: vencer fora de casa e seguir firme na disputa pelo título.

O apito sob os holofotes

Alex Gomes Stefano conhece bem o ambiente dos clássicos cariocas. Apesar de ainda não ter apitado muitos confrontos entre Botafogo e Flamengo, ele tem no currículo partidas de alta pressão, inclusive decisões regionais.
A presença de um árbitro local em um duelo desse porte reforça o desafio de manter o controle emocional, tanto dos jogadores quanto das torcidas.

A expectativa é de uma partida intensa, disputada lance a lance, e que exigirá atenção redobrada da equipe de arbitragem e do VAR. No Rio, clássico é sinônimo de emoção, rivalidade e inevitavelmente, polêmica.

Eagle, grupo de John Textor que gere o Botafogo, perde seu diretor

Nesta terça-feira (07), a Eagle Football Holdings (EFH), conglomerado comandado por John Textor e responsável pela gestão do Botafogo, anunciou a saída de Christopher Mallon do cargo de diretor independente. A informação foi publicada inicialmente pelo portal “The Athletic” e confirmada por apuração do Lance!.

A decisão marca uma nova reviravolta nos bastidores do grupo britânico, que também administra o Lyon, da França, e o RWDM Brussels, da Bélgica. Mallon vinha desempenhando papel estratégico dentro da estrutura de governança da EFH, especialmente no acompanhamento das operações ligadas ao futebol brasileiro.

Um nome central nas disputas internas da Eagle

Christopher Mallon era considerado um dos principais responsáveis pela supervisão das movimentações da Eagle Football no Botafogo. Advogado escocês de formação, ele representava a presença de uma voz independente dentro do conselho da holding.


Christopher Mallon, ex-diretor da Eagle (Foto: reprodução/Fulcrum Partners)

Nos últimos meses, no entanto, seu nome ganhou destaque ao protagonizar atritos com o próprio John Textor. Mallon assinou uma carta enviada ao presidente do Botafogo, João Paulo Magalhães, na qual negava a existência de dívidas da Eagle com a SAF alvinegra e contestava a autoridade do empresário norte-americano em nomear-se representante direto da empresa.

Além disso, o ex-diretor sugeriu ao Conselho do Botafogo que avaliasse a possibilidade de afastar Textor da gestão da SAF por supostas “irregularidades financeiras”. A recomendação gerou desconforto e acentuou a divisão interna na estrutura de comando do grupo.

Ares assume papel de influência na escolha do sucessor

Com a saída de Mallon, o fundo Ares Management, que detém participação societária na Eagle Football Holdings, será responsável por indicar três nomes para o cargo de diretor independente. A escolha final, contudo, dependerá da aprovação de John Textor, que mantém o controle majoritário e o poder de decisão na EFH.

A movimentação abre espaço para que Textor reorganize sua equipe de confiança dentro da holding, num momento em que busca recuperar prestígio e estabilidade após meses de questionamentos sobre sua atuação.

Impactos no Botafogo e nos demais clubes do grupo

Dentro do Botafogo, a saída de Mallon é vista como uma oportunidade para restabelecer a harmonia entre o clube e a holding. Além do clube carioca, a mudança também deve repercutir no Lyon e no RWDM Brussels, já que Mallon exercia influência nas decisões estratégicas relacionadas às finanças e ao compliance de todo o conglomerado.

Kaio Pantaleão sofre lesão grave e vira desfalque até 2026

O Botafogo recebeu uma notícia amarga nesta segunda-feira. O zagueiro Kaio Pantaleão, um dos nomes mais regulares do elenco, teve lesão confirmada no ligamento cruzado anterior e no menisco do joelho esquerdo. O diagnóstico encerra de forma precoce a temporada do defensor e abre um novo desafio para a comissão técnica alvinegra.

De protagonista a ausência sentida

Kaio vinha sendo um símbolo de consistência na defesa do Glorioso. Desde que chegou ao clube, conquistou espaço pela entrega e liderança silenciosa dentro de campo. A lesão aconteceu na partida contra o Bahia, em uma dividida forte que torceu o joelho do jogador. A dor foi imediata, e o silêncio no Nilton Santos resumiu o tamanho da preocupação.

Poucos dias depois, os exames confirmaram o pior: cirurgia e uma recuperação estimada entre oito e nove meses. O defensor só deve retornar aos gramados em meados de 2026.


Kaio Pantaleão treinando enquanto não estava machucado (foto:reprodução/x/@PedroPPBoficial)

Reorganização forçada na zaga

Com a baixa de Kaio, o técnico do Botafogo precisará redesenhar o sistema defensivo. Gabriel Bahia surge como o substituto natural, mas o clube também pode apostar em David Ricardo ou até em uma formação mais compacta, priorizando o meio-campo na recomposição.

Além de Kaio, o elenco já sofre com outros desfalques importantes: Alex Telles e Marçal ainda não estão 100% fisicamente, e o volante Danilo segue no departamento médico. O momento exige soluções criativas — e o elenco terá de mostrar força mental para segurar a estabilidade do time na reta final do Brasileirão.

Impacto emocional e técnico

A ausência de Kaio não é apenas técnica, mas simbólica. O zagueiro representava o espírito competitivo do elenco, um jogador que raramente se escondia nos momentos de pressão. Internamente, o clube já estuda homenagear o atleta e dar suporte integral durante o processo de recuperação: “Ele é um cara que veste a camisa com orgulho. A gente vai lutar por ele”, confidenciou um membro da comissão técnica.

Olhar para frente

O Botafogo segue na parte de cima da tabela, brigando por vaga direta na Libertadores. Mas sem um dos líderes da defesa, o caminho fica mais desafiador. Cada partida, daqui para frente, será também uma prova de superação, dentro e fora de campo.

Kaio Pantaleão deixa o gramado momentaneamente, mas segue como parte essencial da identidade competitiva do Botafogo. A torcida agora espera por sua volta, com o mesmo vigor que o consagrou como um dos pilares da equipe.

Botafogo mostra fraquezas evidentes após derrota para o Internacional

Em nova apresentação abaixo do esperado, o Botafogo foi derrotado pelo Internacional por 2 a 0, demonstrando mais uma vez sua dificuldade de adaptação a variações de jogo. Sob comando de Davide Ancelotti, o time parece preso ao plano inicial, sem conseguir reagir quando as circunstâncias mudam — como gramado pesado ou adversário se ajustando. A falta de alternativas e criatividade torna-se cada vez mais visível, aumentando a pressão para o clássico contra o Flamengo no Nilton Santos.

Desempenho que oscila com o cenário

Desde o apito inicial, o Glorioso encara desafios visíveis: com o campo encharcado pela chuva no primeiro tempo, o jogo se torna mais físico, favorecendo quem impõe ritmo e força. Após o intervalo, com o campo mais seco e condições mais favoráveis, o Internacional soube explorar melhor os espaços, enquanto o Botafogo perdeu fluidez. O time alvinegro não soube mudar sua postura ofensiva, confiou demais nas jogadas aéreas e nos itens de bola parada, e viu sua produção ofensiva minguar conforme o rival se ajustava.

Além disso, quando se exige versatilidade — seja para variar o sistema de ataque ou usar peças com mobilidade — as substituições parecem não surtir efeito. As entradas não reverteram o controle do jogo pelo adversário, e a equipe permaneceu previsível. Isso fica claro quando, em vez de circulação de bola, surgem desencontros entre os atletas e lacunas nos setores intermediários, onde normalmente o Botafogo costuma fazer a ligação entre defesa e ataque.


Santiago Rodriguez durante o jogo contra o Internacional (Foto: reprodução/Instagram/@botafogo)

Cobrança por soluções imediatas

A diretoria já reconhece que o clássico com o Flamengo será decisivo para aliviar a insatisfação da torcida. Ancelotti está com tempo curto para corrigir erros. Mais do que consertar falhas defensivas, será preciso criatividade para criar chances e ajustar o time à adversidade. Jogadores experientes terão de dar respostas, os reservas devem mostrar que podem corresponder e as escolhas do banco terão peso fundamental. Se nada mudar, o Botafogo corre o risco de permanecer estacionado em resultados medíocres, mesmo com talento disponível.

Botafogo vence o Bahia e entra no G4 do Brasileirão 2025

Na noite desta quarta-feira(01), o Botafogo venceu o Bahia no Estádio Nilton Santos por 2×1 pela 26ª rodada do Brasileirão 2025 e entrou pela primeira vez no G4 nesta temporada.

A partida ficou marcada por equilíbrio entre as equipes, com o Botafogo aproveitando melhor as chances e com ambas as equipes saindo com desfalques, seja por lesão ou por excesso de cartão.

O jogo

A partida começou com equilíbrio entre as equipes, com ambas criando grandes chances e obrigando os goleiros Ronaldo, que fez grandes defesas no início da partida, e Léo Linck a trabalhar desde o início da partida para evitar a derrota.

Porém, mesmo com boa atuação de Ronaldo, Santiago Rodríguez abriu o placar para o Botafogo após cruzamento de Vitinho que encontrou o meia livre na entrada da área.

O alvinegro passou a dominar o jogo e ter ainda mais chances de ampliar o resultado, principalmente em lançamentos de Marlon Freitas para o ataque. O Bahia ainda acertou uma bola na trave com Zé Guilherme em lance de contra ataque, mas o placar se manteve um 1×0 ao fim da etapa inicial.


Primeiro gol do glorioso na partida (Vídeo: Reprodução/X/@Botafogo)

No segundo tempo, o alvinegro se lançou ao ataque e com 20 segundos após chute torto de Cuiabano, coube a Jeffinho desviar a finalização e ampliar a vantagem alvinegra. Até esse momento parecia que o Botafogo iria fazer um resultado até maior que o 2×0, mas Rodrigo Nestor entrou em campo e mudou a partida.

Com Nestor, o Bahia passou a ir mais ao ataque e com qualidade e foi após cobrança de falta do meia que o tricolor de aço diminuiu a diferença após a bola desviar na barreira e tirar as possibilidades de defesa de Léo Linck. Rodrigo ainda levou perigo em outra cobrança de falta, mas dessa vez o goleiro botafoguense levou a melhor.

Após isso, o tricolor da boa terra passou a ir mais ao ataque, porém em lance dentro da área, o árbitro viu simulação de Sanabria em lance com Kaio Pantaleão e o atacante acabou expulso.

O Botafogo ainda teve um gol anulado após Pantaleão desviar de cabeça o cruzamento de Artur mesmo estando impedido. O zagueiro ainda saiu de campo lesionado e deve fazer exames nas próximas horas para se saber a gravidade da lesão.

Por fim, cada equipe teve uma falta para bater, mas ambas mandaram para fora e o placar de 2×1 se manteve.

Botafogo entra pela primeira vez no G4 do Brasileirão

Com o resultado, o Botafogo pela primeira vez na edição 2025 do Brasileirão entrou no G4 por além de vencer seu jogo, o Mirassol empatou por 1×1 contra o Red Bull Bragantino. A equipe está em quarto com 43 pontos em 26 jogos disputados até aqui.


Segundo gol do alvinegro(Vídeo: Reprodução/X/@Botafogo)

Já o Bahia vê o G4 mais longe com a derrota, mas ainda se manteve na zona de classificação para a Libertadores por conta do empate do Fluminense contra o Sport em 2×2.

Apesar disso, ambas as equipes perderam jogadores por lesão. Pelo lado alvinegro, Kaio Pantaleão saiu machucado, enquanto pelo lado do tricolor de aço Luciano Juba virou desfalque e preocupa tendo em vista a sequência do Brasileirão.

Equipes voltam a campo no Brasileirão

Após o confronto direto, as equipes voltam a jogar pelo Brasileirão neste fim de semana em dias diferentes, mas às 18h30.

No sábado(04), o Botafogo vai até o Beira-Rio enfrentar o Internacional em busca de se manter no G4 independente do resultado da partida entre Corinthians e Mirassol que ocorre no mesmo dia às 21h na NeoQuímica Arena.

O Bahia entra em campo no domingo(05) enfrentando mais um confronto direto na briga pelo G4 do Brasileirão. O duelo da vez é na Fonte Nova contra o Flamengo.

Botafogo poderá disputar a Copa do Brasil após alterações no calendário da CBF

Ao que parece, o Botafogo já garantiu sua vaga em uma competição nacional no próximo ano sem grande esforço. Com a mudança do formato e calendário divulgados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quarta-feira (1º), todos os 20 clubes que disputarem a Série A de 2026, terão uma vaga automática na Copa do Brasil e entrarão na quinta rodada da Copa do Brasil do próximo ano, segundo o critério número 1  do novo formato de competição.

Benefício em boa hora

Depois de uma temporada gloriosa em 2024 e uma derrocada inesperada em 2025, o Botafogo já sabe que no próximo ano, está confirmado na Copa do Brasil. O time carioca irá entrar na quinta fase e disputará dois jogos (ida e de volta). Em caso de vitória, avançará para as oitavas de final.

Se o formato atual fosse mantido para o próximo ano, o Glorioso não disputaria a Copa do Brasil porque não se classificou para as semifinais do Campeonato Carioca, em março deste ano. Desta forma, teria que conquistar uma das seis vagas para a Libertadores de 2026 e garantir sua participação no torneio nacional, o que ainda é incerto até a rodada atual do Brasileirão.


Taça da Copa do Brasil (Foto: reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)

Mudanças democráticas no futebol masculino

Na manhã desta quarta-feira (1º), a CBF divulgou o novo formato que todas as competições do futebol masculino profissional adotarão a partir de 2026 e se estenderão até 2029.

No caso da Copa do Brasil, as mudanças irão permitir que clubes de todas as 27 federações participem do torneio, o que até então não acontecia no cenário nacional. Segundo o diretor de competições da entidade, Julio Avellar, foi dado o pontapé inicial para reduzir a desigualdade no futebol masculino, promovendo assim, uma democratização no esporte. “Times que passavam meses inativos, após seus Estaduais, agora terão competições nacionais para jogar”, enfatizou.

As mudanças incluirão três critérios importantes para a participação a partir de 2026. O primeiro, é relacionado as 20 vagas destinadas aos clubes que se classificarem para a Série A do próximo ano, e entrarão a partir da quinta fase. O segundo, destinará 4 vagas para os campeões da Copa do Nordeste, Copa Verde, além dos campeões das Séries C e D. No terceiro e último critério, serão disponibilizadas 102 vagas para os times que se classificarem em competições estaduais deste ano. A quantidade de clubes passará dos atuais 92 para 126 competidores.

Com cinco fases antes das oitavas de final, as quatro primeiras terão o formato de mata-mata, com partida única. A final também seguirá o mesmo formato. A Copa do Brasil terá início em 28 de janeiro com término previsto em 2 de dezembro de 2026.

Gabriel Bahia estreia pelo Botafogo em derrota no Clássico Vovô

A tarde de domingo(28) marcou a estreia de Gabriel Bahia com a camisa do Botafogo. Apesar da derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no Maracanã, o zagueiro deixou boa impressão em seu primeiro jogo pelo time de General Severiano e se apresentou como uma opção consistente para Davide Ancelotti.

Contratado junto ao Volta Redonda, Gabriel Bahia começou entre os titulares devido às suspensões de Kaio Pantaleão e Alexander Barboza. Ao lado de David Ricardo, o defensor teve atuação segura e não comprometeu mesmo em dia de dificuldades coletivas. O camisa 26 registrou 80 ações com bola, sendo presença constante também no campo de ataque. Teve 89% de acerto nos passes (58 em 65), venceu cinco de seis duelos pelo chão e todos os três dribles que tentou. No jogo aéreo, também levou a melhor em cinco de seis disputas.

Retrospecto quebrado

Do outro lado, a vitória do Fluminense quebrou uma escrita de nove jogos sem vencer o Botafogo, sendo oito derrotas consecutivas. Os gols foram marcados por Germán Cano e Lima, garantindo um resultado comemorado pelos tricolores após mais de dois anos de jejum em clássicos. “Estávamos incomodados com essa sequência. O time está de parabéns, mostramos nossa força dentro de casa e com a nossa torcida”, disse Martinelli após o apito final.


Melhores Momentos de Fluminense e Botafogo (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)

Com o triunfo, o Fluminense chegou aos 34 pontos e ocupa a oitava colocação do Campeonato Brasileiro. O Botafogo, por sua vez, perdeu a oportunidade de se aproximar da liderança e viu o rival encerrar a longa invencibilidade no confronto.

Contrato de Gabriel Bahia

Revelado pelo Volta Redonda, onde atuou em 17 partidas da Série B, Gabriel Bahia assinou contrato de empréstimo com o Botafogo até o fim do próximo Campeonato Carioca. O vínculo prevê cláusula de obrigação de compra caso metas de desempenho sejam atingidas.

Apesar do resultado negativo, a estreia de Gabriel Bahia mostrou potencial para reforçar o setor defensivo do Botafogo. Com números consistentes e postura firme em campo, o zagueiro surge como alternativa para a sequência da temporada, enquanto o time busca retomar a confiança após a derrota no clássico.

Suspensões complicam Botafogo e aumentam pressão sobre equipe

O Botafogo vive momento crítico no Brasileirão às vésperas de confrontos decisivos. Suspensões se acumulam por acúmulo de cartões e expulsões, ameaçando a escalação ideal do time em jogos-chave. O técnico Davide Ancelotti reconhece que essas ausências pesam, mas reforça que o elenco precisa manter concentração e resiliência para reagir.

Desfalques por suspensão erguem desafio tático

Segundo o técnico, os desfalques já deixaram marcas — não só físicas, mas emocionais. Ele falou em “gestão da frustração” após partidas em que o Botafogo teve de lidar com decisões de arbitragem desfavoráveis, mas que não podem se tornar desculpas permanentes. Para Ancelotti, é natural que exista desgaste quando atletas importantes ficam de fora, mas esse cenário precisa ser encarado com maturidade e estratégia. O treinador acredita que a consistência mental do grupo será determinante para evitar que a sequência de suspensões comprometa o rendimento coletivo. Além disso, ele ressaltou a importância de líderes dentro de campo assumirem maior protagonismo nesse momento, ajudando a manter o foco e a competitividade do elenco.

O treinador reforça que a temporada ainda está aberta e que a recuperação depende da disciplina dentro de campo. Para ele, controlar os ânimos e evitar suspensões desnecessárias será tão importante quanto treinar jogadas e manter o ritmo físico. Se conseguir equilibrar esses fatores, o Botafogo pode transformar a crise em aprendizado e voltar a brigar entre os primeiros colocados.


Técnico Davide Ancelotti (Foto: Reprodução/Instagram @foto_vitorsilva)

Ancelotti reconhece impacto emocional, mas cobra reação

Segundo o técnico, os desfalques já deixaram marcas — não só físicas, mas emocionais. Ele falou em “gestão da frustração” após partidas em que o Botafogo teve de lidar com decisões de arbitragem desfavoráveis, mas que não podem se tornar desculpas permanentes. Ancelotti solicita que o grupo se ajuste, valorize o que está à disposição e mantenha ambição nos próximos jogos.

O treinador reforça que a temporada ainda está aberta e que a recuperação depende da disciplina dentro de campo. Para ele, controlar os ânimos e evitar suspensões desnecessárias será tão importante quanto treinar jogadas e manter o ritmo físico. Se conseguir equilibrar esses fatores, o Botafogo pode transformar a crise em aprendizado e voltar a brigar entre os primeiros colocados.