NBA aprova venda de Boston Celtics por maior valor da história

A NBA liberou a venda do Boston Celtics para um grupo de investidores liderado por Bill Chisholm. O time é atualmente avaliado em US$ 6,1 bilhões, o que corresponde a R$ 39,2 bilhões. A venda ainda não aconteceu, mas o Celtics poderá ser a franquia vendida pelo maior valor da história.  

Wyc Grousbeck, antigo proprietário do time, o adquiriu em 2002 por US$ 360 milhões. Agora, ele e Chisholm atuarão juntos na transição da franquia com o empresário assumindo, a princípio, 51% do controle. A aquisição será progressiva até o controle total, em 2028 e o valor pode chegar a US$ 7,3 bilhões, que equivalem a R$ 39,4 bilhões. 

Quem é o novo proprietário do time

Bill Chisholm é sócio-gerente do Symphony Technology Group, empresa da Califórnia. Ele nasceu em Massachusetts e se formou na Dartmouth College e na Wharton School of Business da Universidade da Pensilvânia. Boston Rob Hale, atual acionista do Celtics, e Bruce Beal Jr. também fazem parte do grupo de proprietários.

Chisholm precisou superar outros dois grupos interessados na compra do Celtics incluindo o de Steve Pagliuca, ex-sócio minoritário da franquia.


Jogadores do Celtics (Foto: reprodução/Instagram/@celtics)

Outras grandes vendas da NBA

A maior venda de uma franquia de basquete até então era a do Phoenix Suns em 2023, na qual o empresário Mat Ishbia adquiriu o time por US$ 4 bilhões, o equivalente a R$ 21,6 bilhões. No entanto, a venda do Celtics pode ser superada pela transação envolvendo o Los Angeles Lakers, de US$ 10 milhões, mas que ainda precisa de aprovação da NBA. 

Outras grandes vendas foram a do Milwaukee Bucks, em 2023, por US$ 3,5 bilhões; a do Brooklyn Nets em 2019 por US$ 2,35 bilhões e a do Houston Rockets em 2017 por US$ 2,2 bilhões. 


Torcedores do Boston (Foto: reprodução/Instagram/@celticscommunity)

O Boston Celtics é o maior vencedor da história da NBA, com 18 títulos na liga. O time se isolou como maior campeão ao vencer em 2024, ultrapassando o Lakers, com 17 títulos.

NBA: Oklahoma City Thunder conquista título inédito

A espera chegou ao fim. Quase duas décadas após sua última aparição em uma final, o Oklahoma City Thunder conquistou pela primeira vez o título da NBA desde sua mudança de Seattle para Oklahoma. No Paycom Center lotado, tomado por uma onda azul de torcedores empolgados, a equipe derrotou o valente Indiana Pacers por 103 a 91 no jogo 7 da série decisiva.

Comandado pelo MVP da temporada 2024/25, Shai Gilgeous-Alexander, que teve mais uma atuação de gala ao lado de Jalen Williams e do novato Chet Holmgren, o Thunder quebrou o jejum e celebrou um feito inédito em sua atual fase como franquia.

O brilho de Shai e o drama de Haliburton

A noite foi marcada pelo brilho de Gilgeous-Alexander, cestinha das finais com 29 pontos, além de 12 assistências e cinco rebotes. Mas nem só de festa viveu a decisão: o Pacers sofreu um duro golpe logo no primeiro quarto, quando Tyrese Haliburton, principal nome da equipe, rompeu o tendão de Aquiles após uma queda em quadra. Chorando, ele deixou o ginásio carregado pelos companheiros, em uma cena que abalou emocionalmente o time de Indiana.

Apesar do baque, o Pacers seguiu competitivo, coroando uma temporada digna de elogios. Já o Thunder viveu o melhor ano de sua história desde a mudança de cidade, encerrando a campanha com impressionantes 68 vitórias e apenas 14 derrotas.

Campanha histórica na NBA e redenção após a derrota de 2012

O título de 2025 é o segundo da franquia — o primeiro foi em 1979, ainda sob o nome Seattle SuperSonics. Em 2012, já como Oklahoma City Thunder, o time chegou à final com Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden, mas acabou derrotado pelo Miami Heat de LeBron James.

Dessa vez, o desfecho foi diferente. Sob a liderança técnica e emocional de Shai, a equipe mostrou maturidade e consistência durante todo o ano, culminando com a consagração diante de sua torcida.


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Título inédito para o Thunder (Foto: Reprodução/Mostafa Bassim/Anadolu/Getty Images Embed)

Jogo 7: do susto à glória

O último confronto começou equilibrado. Andrew Nembhard abriu o placar para o Pacers, rapidamente respondido por Shai. Chet Holmgren teve um início dominante, mas foi Haliburton quem incendiou o começo da partida com duas bolas de três consecutivas. Porém, pouco depois, veio o drama: em um contra-ataque, o armador sofreu a lesão que mudaria o rumo do jogo.

Mesmo sem seu líder, o Pacers manteve o ritmo. Siakam, Mathurin e Nembhard lideraram a pontuação, enquanto o Thunder alternava entre bons momentos e dificuldades. Ao fim do segundo quarto, o placar marcava 48 a 47 para os visitantes.

Explosão no terceiro quarto decide o campeonato

Após o intervalo, o Thunder voltou com tudo. Chet Holmgren retomou a liderança, e uma sequência de bolas de três — com Shai, Caruso e Williams — abriu nove pontos de vantagem. Myles Turner até ensaiou uma reação, mas o time de Oklahoma foi implacável. Com uma defesa consistente e ataques bem distribuídos, chegou ao último quarto vencendo por 81 a 68.

Nos minutos finais, mesmo com tentativas de recuperação do Pacers, o Thunder controlou o ritmo. A vantagem oscilou entre 12 e 22 pontos, e a cada cesta, a torcida sentia que o título estava próximo. Nos instantes finais, o excesso de faltas do Indiana ajudou a selar a vitória nos lances livres.

Festa azul em Oklahoma

Quando o cronômetro zerou, a explosão foi inevitável. Torcedores invadiram os arredores do ginásio, cantando e chorando. O Thunder, enfim, era campeão da NBA. E para uma cidade que abraçou a equipe com paixão desde sua chegada, a taça de 2025 é muito mais do que um troféu — é o início de uma nova era.