Corpo de Juliana Marins será levado para autópsia em Bali

A informação, nesta quinta-feira (26), anunciou que o corpo da jovem Juliana Marins passará pela autópsia em Bali. A vice-governadora da província de West Nusa Tenggara, Indah Dhamayanti Putri, foi quem confirmou a notícia.

Durante seu discurso, a vice-governadora disse que “Os preparativos do corpo serão realizados em Bali. Como a autópsia em Sumatra não pôde ser realizada, pois só há uma unidade disponível, buscamos a opção mais próxima”.

Informações do acidente

A jovem publicitária e dançarina de pole dance, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, sofreu uma queda de mais ou menos 300 metros, durante uma trilha na última sexta-feira (20). Ela estava em um mochilão pela Ásia que iniciou em fevereiro, passando por Filipinas, Tailândia e Vietnã, quando fazia a trilha no vulcão Rinjani, local do acidente.




Última foto publicada por Juliana na Indonésia (Foto: reprodução/Instagram/@ajulianamarins)

Negligência no resgate

Juliana foi vista após a queda ainda com vida por turistas que imediatamente gravaram e enviaram o vídeo com a localização para a família, que assim que recebeu a notícia, mobilizou a internet durante as buscas. Familiares criaram uma página para repercutir e informar sobre o ocorrido e envolvidos no acidente, que em poucas horas ganhou milhares de seguidores, chegando a atingir a marca de 1,2 milhão.

A família disse que Juliana passou 4 dias desamparada aguardando resgate enquanto “escorregava” montanha a baixo. A jovem foi vista por drones várias vezes em pontos diferentes, antes de ser encontrada sem vida, foi avistada cerca de 500 metros penhasco abaixo, em seguida foi encontrada já morta a cerca de 650 metros do local da queda.

Prefeitura de Niterói assume translado do corpo

A prefeitura de Niterói, Rio de Janeiro, assumiu os custos do translado do corpo após impasse com o governo federal. Ministério das relações informou que, segundo artigo 257 do decreto 9.199/2017, não está autorizado a custear translado ou sepultamentos de brasileiros fora do país, a não ser em caso de natureza humanitária, condição que órgão disse não se enquadrar ao caso de Juliana.

O prefeito da cidade formalizou o compromisso com a família e em nota disse que assumiu o compromisso com o translado do corpo da Indonésia para a cidade de Niterói, onde será velada e sepultada.

ANAC afirma que voos de balão não têm certificação comercial no país

Na manhã deste sábado (21), um balão de ar quente caiu em Praia Grande (SC), provocando oito mortes e 13 feridos. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou que o piloto, Elves de Bem Crescêncio, não possuía licença válida para voos comerciais, sendo apenas habilitação para atividades esportivas. 

Segundo a Agência, “uma pessoa somente pode embarcar outra pessoa em balão livre tripulado se o usuário estiver ciente de que se trata de atividade desportiva de alto risco“.

Atualmente, segundo a ANAC, não há no Brasil qualquer operação de balonismo certificada para fins comerciais. Os balões utilizados são enquadrados como “aerodesporto”, sem garantias de aeronavegabilidade ou habilitação técnica exigida em voos pagos.

Licenciamento e prática esportiva

A ANAC reforçou que o piloto não possuía a Licença de Piloto de Balão Livre (PBL), obrigatória para voos comerciais. Em seu sistema, consta apenas um Certificado Médico Aeronáutico, válido até julho de 2026, registro que não substitui a habilitação técnica.

As aeronaves do aerodesporto não são certificadas, não havendo garantia de aeronavegabilidade. Também não existe uma habilitação técnica emitida para a prática e cabe ao desportista a responsabilidade pela segurança da operação“, declarou a Agência Nacional de Aviação Civil.


Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina no local do acidente (Foto: reprodução/CBMSC/Divulgação)

A defesa de Crescêncio afirma que ele é piloto instrutor e detém cadastro como aero desportista, com mais de 700 horas de voo e atuação em competições, condição que permite conduzir balões em contexto recreativo, porém, sem autorização para transportar passageiros pagos.

Regulamentação e riscos aos passageiros

Apesar de existirem normas que permitem voos comerciais com padrões internacionais, não há operação certificada em atividade no momento. A ANAC já havia realizado reuniões em 6 de junho com autoridades locais e o Sebrae para discutir a regulamentação do balonismo turístico na região do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, no entanto, as mudanças ainda não foram implementadas.

Como consequência, os passeios são oferecidos como esportivos e arriscados, sem controle rigoroso de segurança. Em nota, a ANAC reforça que, nesses casos, os participantes assumem a responsabilidade e devem estar cientes dos perigos envolvidos.

Acidente de avião na Índia deixou “corpos e destroços espalhados por todo lado”, diz morador no local da queda

Um avião do modelo Boeing 787-8 Dreamliner caiu na cidade de Ahmedabad, Índia, na manhã desta quinta-feira (12). A bordo estavam 230 passageiros e 12 membros da tripulação, segundo autoridades. A queda da aeronave aconteceu momentos após sua decolagem e atingiu um alojamento de estudantes de medicina na região do aeroporto. 

A última atualização das vítimas foi dada à BBC, pelo chefe da polícia de Ahmedabad. Até o momento, 204 corpos foram retirados dos destroços. Ainda não há informações das origens dessas vítimas, se elas estavam no avião ou no prédio atingido. 

Destruição e tragédia 

A queda atingiu uma área residencial da cidade por volta das 13h do horário local (5h no de Brasília). Segundo um morador, que estava na região quando o acidente aconteceu, tudo estava esfumaçado, com pessoas e destroços por todo o lado.“Quando chegamos aqui [lugar da queda], corpos e destroços da aeronave estavam espalhados por toda parte”, relatou o morador à PTI, agência de notícias indiana. 

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, publicou em suas redes sociais uma nota de luto pelo acidente e demonstrou seu apoio às vítimas e familiares afetados.”A tragédia em Ahmedabad nos deixou atônitos e entristecidos. É algo de partir o coração, além das palavras” lamentou Modi em publicação no X.


Primeiro-ministro, Narendra Modi, em publicação no X (Foto: reprodução/X/@narendramodi)

Momentos antes da queda 

Segundo registros do controle de tráfego aéreo do aeroporto, a aeronave enviou um chamado de emergência momentos antes de perder contato com a torre de comando. 

A perda na comunicação aconteceu logo após o avião decolar, a uma distância de 190 metros de altura do solo – conforme a plataforma de monitoramento FlightRadar24. O motivo do acidente ainda não foi divulgado.

A companhia aérea Air India, responsável pelo voo, divulgou que as investigações começaram e eles estão cooperando com as autoridades no processo. As atividades no aeroporto de Ahmedabad foram suspensas, sem previsão de volta.