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Veja as pespectivas para o mercado profissional depois da inteligência artificial

O cientista afirmou esta semana que para que os profissionais não sejam prejudicados a substituição deles por robôs precisa ser discutida e explicada para a sociedade.

07 Mai 2023 - 20h58 | Atualizado em 07 Mai 2023 - 20h58
Veja as pespectivas para o mercado profissional depois da inteligência artificial  Lorena Bueri

 

O especialista em inteligência artificial, Ben Goertzel, esteve no Rio de Janeiro esta semana para um evento de tecnologia. Durante a sua apresentação na conferência, ele disse que 80% dos profissionais da atualidade vão ser substituídos por robôs.

O cientista americano de 56 anos veio a edição da Web Summit do Rio apresentar sua robô Grace, que é programada para cuidar de idosos. Ben Goertzel registrou o termo “Inteligência Artificial Real” e fundou a SingularityNET.

Segundo ele, faltam poucos anos para termos robôs com inteligência artificial e autonomia. “Se queremos máquinas que sejam realmente tão inteligentes como as pessoas e tão ágeis para lidar com o desconhecido, precisamos que sejam capazes de saltos ainda maiores em seu treinamento e programação”.


Ben Goertzel (Reprodução/ Instagram)


Ben Goertzel também se mostrou contrariado com o intervalo de seis meses nas pesquisas relacionadas a inteligência artificial. Ele também afirma que não acredita que o ChatGPT possa representar algum perigo.

“Há quem diga que deveríamos parar as pesquisas, porque esses sistemas podem disseminar a desinformação. Não concordo”, disse o cientista em entrevista à Folha de São Paulo.

Mas a transformação no mercado de trabalho acontecerá, e será abrangente. Goertzel fala qual será o pior momento, “O problema que vejo é o período de transição, quando as inteligências artificiais começarem a tornar obsoleto um trabalho atrás do outro (...) Não sei como resolver esses problemas sociais”.

Mas Ben Goertzel acredita que existe solução para o problema. “A governança dessas tecnologias deveria ser, de alguma forma, participativa, envolver a população. E tudo isso é tecnicamente possível. O problema é que as companhias que estão financiando a maioria das pesquisas em IA não se importam em fazer o bem. Importam-se em maximizar o seu valor para os acionistas”.

A robô criada pelo cientista é um bom exemplo da importância do desenvolvimento destas pesquisas. Segundo ele, em poucos anos, não haverá enfermeiros e cuidadores de idosos suficientes para atender a população e Grace poderá substituir esses profissionais completamente.

Foto Destaque: Ben Goertzel e Grace. Reprodução/ Instagram 

 

 

 

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