Uma fonte não identificada do Pentágono afirmou que o navio de guerra mais importante da Rússia, o Moskva, foi atingido por um míssil ucraniano, com probabilidade de serem pelo menos dois mísseis, quando afundou na quinta-feira (14). A informação foi publicada nesta sexta (15), pelos veículos de comunicação americanos "The New York Times" e a agência de notícias "Associated Press". Segundo a fonte, que preferiu ficar no anonimato: "O Moskva foi atingido por pelo menos um, e provavelmente dois, mísseis do tipo "Neptune" na quarta (13), criando um incêndio a bordo."
Navio de guerra Moska é um dos símbolos do poder russo. (Foto: Reprodução/Alexey Pavlishak/Reuters)
Pouco tempo após o navio de guerra afundar a Ucrânia reivindicou o ataque, afirmando que havia atingido com sucesso a embarcação com mísseis, contudo a Rússia negou o ataque dizendo que a causa da explosão teria sido um acidente causado por munições internas. Segundo informações da agência estatal russa, Interfax, todas as 500 pessoas presentes no navio cruzador antimísseis foram retiradas.
Nesta sexta (15/04), a Rússia afirmou ter atingido uma fábrica de mísseis em Kiev. Neste local eram fabricados os mísseis que supostamente teriam atingido o Moskva, segundo a Ucrânia, que ainda não se posicionou sobre o ataque russo mais recente. De toda forma, caso haja confirmação sobre o bombardeio causado pela Rússia, crescem as probabilidades de ter sido uma retaliação aos mísseis disparados contra o navio de guerra russo pelos ucranianos. Até o momento, o Kremlin nega o ataque dizendo que o ocorrido foi apenas um acidente interno.
O Moskva era conhecido como "assassino de porta-aviões", sendo o navio-símbolo da Rússia desde a União Soviética, sendo palco para missões diplomáticas, como quando o presidente Vladimir Putin recebeu Abdel Fattah al Sissi, presidente egípcio, em 2014. Também participou de guerras e chegou a ser reformulado e modernizado duas vezes, segundo a agência de notícias russa Ria Novosti.
Foto destaque: Navio cruzador antimísseis Moskva. Reprodução/Reuters