Beleza

Trocas constantes e uso prolongado de laces e megahairs prejudicam o couro cabeludo

Vira e mexe alguns BBBs trocam suas laces e megahairs, mas será que essas trocas constantes são saudáveis? Qual impacto podem causar na saúde do couro cabeludo?

23 Fev 2023 - 17h05 | Atualizado em 23 Fev 2023 - 17h05
Trocas constantes e uso prolongado de laces e megahairs prejudicam o couro cabeludo Lorena Bueri

Se o cabelo é a moldura do rosto, a gente tem mais é que caprichar! Só que quando o cabelo demora muito para crescer, é fraquinho ou tem pouco volume, muitas mulheres recorrem a uma solução bastante comum no Brasil já há alguns anos: as laces ou o megahair.

A lace se aproxima da antiga peruca, só que muito mais moderna. Os fios são entrelaçados um a um sobre uma tela de microtule, o que permite um efeito bem natural, enquanto o megahair pode ser feito somente em algumas partes da cabeça. No caso de quem quer volume, por exemplo, ele é bem mais utilizado, tem de diversos tipos e valores e pode até ser colocado em casa mesmo.

Mas e quando não contente com volume ou tamanho, a pessoa gosta de "trocar os cabelos" como quem troca de roupa? Cor, textura, corte, tamanho são infinitas as possibilidades, mas e o couro cabeludo, como fica? Será que isso é saudável?  A médica cirurgiã plástica e especialista em medicina capilar, Dra Patrícia Marques, explica que não. 

A recomendação, em geral, é sempre deixar o couro cabeludo ‘descansar’ um pouco. “No caso da lace, o ideal é não usar muitas horas seguidas e nem dormir com ela. Outro cuidado importante é com a higiene, o uso prolongado favorece a umidade porque o local fica quente, abafado e esse ambiente é propício para a proliferação de fungos. Já no caso do megahair, a mesma coisa, entre uma troca e outra, o ideal é parar um pouco e algumas técnicas até favorecem isso, como o tic tac”, conta.

Outra coisa muito importante relacionada ao uso constante principalmente do megahair é que eles tracionam o cabelo e essa tração prolongada é tão nociva, que no longo prazo, pode gerar uma atrofia definitiva do cabelo, ou seja, não tem volta. Dra Patrícia, que inclusive tem diversos artigos científicos publicados na área de reconstrução do couro cabeludo, explica que esse dano é lento e progressivo, uma pessoa que usa o megahair há anos, por mais que faça manutenção, tem grandes chances de desenvolver alopecia de tração com pontos de rarefação capilar. “Para minimizar esse risco, a manutenção das extensões capilares deve ser regular e deve haver um intervalo entre o uso. Lembrando que quanto mais pesado e quanto mais tempo a pessoa permanecer com ela, a tração vai ser maior e o prejuízo para o cabelo também”, diz.

Um dado interessante - e que muita gente desconhece - é que pessoas da raça negra têm o cabelo mais sensível para química, para altas temperaturas e também para a tração. A médica reforça que os cabelos crespos precisam de muita atenção e cuidado. “Se uma mulher negra e uma oriental usarem o mesmo megahair, a negra tem muito mais chance de ter alopecia de tração por conta da característica genética e anatômica do fio de cabelo”, aponta.

Os apliques que utilizam cola para fixação e solvente para remoção inspiram ainda mais cuidados. Segundo Dra Patrícia, eles podem desencadear reações alérgicas e até dermatites de contato. “Existem alguns métodos que ficam no topo da cabeça, como se fossem uma tiara, e o próprio tic tac, onde a tração fica mais distribuída e o prejuízo aos fios é menor. Esses seriam os mais recomendados, além da facilidade porque a própria pessoa consegue colocar em casa”, recomenda.

Para finalizar, uma regrinha básica, mas que quase foi deixada de lado lá na casa do BBB: nunca, jamais compartilhe qualquer tipo de aplique, o uso é completamente pessoal.

Foto Destaque: Reprodução

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