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Tim Burton revela ter admiração por Zé do Caixão

Em visita à exposição em homenagem às suas obras em São Paulo, o cineasta Tim Burton afirma em entrevista ao Fantástico que admira o trabalho de Zé do Caixão: 'Cresci vendo os filmes dele'

11 Mai 2022 - 12h04 | Atualizado em 11 Mai 2022 - 12h04
Tim Burton revela ter admiração por Zé do Caixão Lorena Bueri

O cineasta norte-americano Tim Burton, 63, veio visitar o Brasil, mais especificamente a cidade de São Paulo, na última semana. O mesmo foi à cidade brasileira com o intuito de conferir a exposição criada pela grafiteira Luna Buschinelli em homenagem ao seu trabalho na sétima arte. 

A mostra nomeada de “A Beleza Sombria dos Monstros: 13 Anos de Arte de Tim Burton” conta com extensão de mais de 2,5 mil metros na oca do Parque do Ibirapuera e contempla títulos famosos do currículo do icônico diretor, tais como “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “A Noiva Cadáver”. 

Durante matéria exibida no “Fantástico”, em conversa com a fã brasileira após conhecer o trabalho feito por ela, o cineasta disse: “Está fantástico, realmente bonito. Realmente lindo. Eu amei, obrigado”. 

Tim Burton conversou com a revista eletrônica da Globo e revelou a sua imensa admiração por um icônico cineasta do Brasil: José Mojica Marins, recordado até hoje como o pai do terror brasileiro, com seu famoso personagem Zé do Caixão. 

O diretor hollywoodiano contou: “Cresci vendo os filmes dele. E tive a feliz oportunidade de conhecê-lo na última vez que estive em São Paulo”. Mojica faleceu em fevereiro de 2020, vítima de uma broncopneumonia.


Tim Burton conhece Zé do Caixão em exposição. (Foto: Reprodução/Cinema com Rapadura)


Para quem não sabe, José Mojica Marins era ator e diretor cinematográfico. O mesmo desenvolveu um estilo próprio de filmar que, de início foi desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult internacionalmente.  

Nascido na Vila Mariana, em São Paulo, estado de São Paulo, José era filho de artistas circenses. Segundo o site Brasil Escola do UOL, quando criança passava horas lendo gibis, assistia a filmes na sala de projeção do cinema em que seu pai trabalhava, brincava de teatro de bonecos e até montava peças com fantasias feitas de papelão e tecido.

Foi após ganhar uma câmera V-8, com 12 anos, que não parou mais de fazer cinema. Autodidata, José montou uma escola de interpretação para amigos e vizinhos  e, aos 17 anos, após diversos filmes amadores, fundou, com a ajuda de seus amigos, a Companhia Cinematográfica Atlas.

Com foco no terror escatológico, criou uma escola de atores em 1956, na qual, na década seguinte, montaria uma sinagoga (1964), no bairro Brás, onde testava a coragem dos atores amadores utilizando insetos.

Quando criou o assassino Zé do Caixão, José Mojica não se baseou em nenhum mito de horror conhecido no mundo. No primeiro longa, Zé do Caixão era um homem desiludido com sua vida, por não conseguir uma mulher fértil que lhe desse o herdeiro perfeito. No segundo filme, após conseguir escapar de duas almas penadas, deu início ao seu reinado de terror realizando, inclusive, uma viagem ao inferno.


José Mojica na pele de Zé do Caixão. (Foto: Reprodução/Cinema com Rapadura)


Da série de filmes do assassino, o mais importante foi “O Despertar da Besta - Ritual dos Sádicos” (1969), que acabou sendo censurado pelos militares no poder. Em meio a Ditadura Militar, ele lutou bravamente contra o ostracismo e a censura. Fez e apresentou na Rede Bandeirantes uma série de muito sucesso intitulada “Além, muito Além do Além” (1967-1968). Posteriormente estreou na TV Tupi (1968) com a série “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”, contando com atores consagrados como Lima Duarte. 

Foto Destaque: Tim Burton e Zé do Caixão. Reprodução/Tenho Mais Discos Que Amigos!

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