Escadinha ou Sérgio Dutra Santos. Simplesmente Serginho do vôlei. O ex líbero da seleção brasileira e clubes, paranaense de 47 anos que nasceu na pequena Diamante do Norte, não pensa tão cedo em parar no esporte. Em entrevista essa semana, Serginho admitiu que ainda possa colaborar para o vôlei brasileiro, dessa vez na comissão técnica. Atributos para isso ele tem. Experiência em quadra e trato com gestão de grupos ele adquiriu, desde sua primeira peneira no São Bernardo, com 21 anos. Exemplo de raça nas quadras e com uma galeria de prêmios invejável, o jogador tem um MVP (Most Valuable Player) da Liga mundial em 2009 e 2016, pela primeira vez destinado a um líbero. Currículo impecável para um atleta, que muitas vezes bateu boca publicamente com o técnico Bernardinho, conhecido pelo gênio difícil no mundo do vôlei.
Serginho ex líbero do volei brasileiro. Fonte/Reprodução Wikipedia
Sérgio na seleção é classificado hoje como um herói olímpico. No ciclo de 2004 a 2016, foi o único jogador a disputar quatro finais olímpicas seguidas, seguido somente pela soviética Inna Ryskal, de 1964 a 1976. Bicampeão em Atenas 2004 e Rio 2016. Na biografia autorizada Degrau por Degrau, contou dos momentos difíceis, no bairro de Pirituba em São Paulo e como uma infecção de pele, em 1989 atrapalhava os seus treinos na base. Problema que treze anos depois, quase o tirou da final do Mundial de 2002 em quadras argentinas. Segundo o médico Alvaro Chamecki, na época, ele suportou uma intervenção sem anestesia local, para poder jogar.
Serginho sabe na pele os desafios que é ser técnico de vôlei. Deu bastante trabalho ao hoje amigo Bernardinho, em brigas documentadas e televisionadas mundo afora. Ele acredita que em toda a carreira, foi preparado para comandar, porque brigava com todo mundo em quadra, cobrando empenho.
Foto Destaque Serginho do vôlei pensa em ser técnico no futuro. Fonte/Reprodução GE