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SWIFT, a resposta do mercado financeiro mundial contra a Rússia

O sistema SWIFT é responsável por lidar com mais de 10 mil instituições financeiras em todo globo. Além disso, a rede entrega milhares de mensagens por dia. A exclusão da Rússia é considerada uma catástrofe para sua economia

28 Fev 2022 - 19h05 | Atualizado em 28 Fev 2022 - 19h05
SWIFT, a resposta do mercado financeiro mundial contra a Rússia Lorena Bueri

A alta cúpula do G7, comissão europeia composta pelos países que apresentam força e influência industrial no mundo, tais como: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, anunciaram no último domingo, 27, que países aliados do ocidente decidiram por interromper o acesso de certas instituições bancárias da Rússia, ao sistema SWIFT (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais).

Esse sistema, tem por objetivo padronizar as informações financeiras entre as instituições, permitindo pagamentos e transações de recursos entre companhias de países distintos de forma segura. O anúncio de corte de acesso ao sistema, não informa quais instituições russas serão impactadas. Entretanto, reforça a existência de um plano em elaboração para tratar das penalidades econômicas aplicadas ao governo russo.

Considerado pelo “Washington Post” o “Gmail do banco global”, o sistema SWIFT é uma rede de poder financeiro compartilhada entre, aproximadamente, duas mil instituições financeiras e bancos. Esta rede está sediada na Bélgica, e é administrada pelo Banco Nacional do país. Sua atuação engloba atender a solicitações e mensagens de pagamentos. No ano passado, por dia, a rede transacionou mais de 40 milhões de comunicações de pagamentos entre instituições financeiras.


Putin e logo do SWIFT ao lado das banderias da Rússia e da União Europeia. (Foto: Reprodução/World-today-news)


Ainda que as instituições financeiras e bancos da Rússia tenham a possibilidade de negociar e realizar transações fora do sistema SWIFT, o “Financial Times”, vê como um trabalho custoso. Impedir a Rússia de transacionar via esse sistema é causar uma forte sequela em sua economia.

Em 2014, quando o governo russo anexou a região da Crimeia ao seu Estado, o governo americano, afim de rechaçar, cogitou punir a Rússia cortando seu acesso ao sistema SWIFT. Na época, o então ex-ministro das Finanças do governo russo, Alexei Kudrin, anunciou que o feito impactaria negativamente, em apenas um ano, 5% do PIB russo. Tal cogitação foi vista pelo Dmitry Medvedev, primeiro-ministro, como uma incitação à guerra.

Se feito e mantido, a ação pode representar um prejuízo gigantesco para o governo de Putin. A capacidade de lucro do país com exportações de gás e petróleo pode ser reduzidas de forma drástica. Atualmente, o lucro dessas duas commodities representam, para a nação russa, 40% de toda a sua receita.

Buscando não sofrer tanto com o impacto de sua retirada do sistema SWIFT, o governo russo vem tentando, como possibilidade, um próprio sistema já estabelecido, além fortalecer a aliança comercial com a China, que também possui um sistema próprio. Entretanto, segundo a Atlantic Council (companhia americana que atua no campo das relações internacionais), nenhum desses sistemas são páreos para o SWIFT em tamanho e estrutura, não seriam suficientes para a demanda da Rússia.

Na última quinta-feira, 24, em sua conta em uma rede social, o ministro ucraniano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba disse, “Não serei diplomático sobre isso. Todo mundo que agora duvida se a Rússia deve ser banida da Swift tem que entender que o sangue de homens, mulheres e crianças ucranianas inocentes também estará em suas mãos”.


Logo do sistema SWIFT. (Foto: Reprodução/Seguridad)


Segundo reportagem ao FT, um executivo sênior de uma grande instituição bancaria estrangeira disse, referente ao corte da Rússia no SWIFT, “Você criaria uma grande confusão na Rússia, mas também para serviços de pagamento transfronteiriço ... Como a Europa pagaria sua conta de gás sem o Swift?”. Entretanto, para o governo dos Estados Unidos, objetivando interromper a ação russa na Ucrânia, “nenhuma opção está fora da mesa”, informou o FT.

O que existe até o momento é que, no último dia 24 de fevereiro, quinta-feira, o presidente da Rússia Vladimir Putin, decidiu invadir e atacar a Ucrânia. A ação veio depois de constantes especulações. Como resposta, governos contrários estabeleceram penalidades econômicas, sanções. EUA, visando não expandir o conflito, decidiu não enviar suas tropas em auxílio a Ucrânia, caso o fizesse, eclodiria um conflito mundial.

A União Europeia (UE), já havia estabelecido penalidades a Rússia quando o então presidente Putin optou por assentir, junto aos rebeldes e de maneira formal, os estados de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. A decisão provocou as primeiras sanções emitidas pelo presidente dos Estados Unidos, e em seguida, os bloqueios de acesso a mercados financeiros ocidentais, aos bancos e elite russas.

 

(Foto destaque: Bandeira da União Europeia e da Rússia, ao centro logo do SWIFT e máquina de passar cartão. Reprodução/PYMNTS)

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