Na última quarta-feira (19), os senadores republicanos bloquearam o projeto de reforma eleitoral que o presidente Joe Biden estava promovendo para defender o direito ao voto de minorias. O presidente dos EUA completou um ano como presidente na última quinta-feira (20).
Apesar de que já tinha sido aprovado na Câmara dos Representantes, os democratas não conseguiram levar os dois projetos de lei ao plenário. Os senadores democratas tinham a opção de ativar procedimento especial que permitia submeter textos para votação na Casa mesmo com bloqueio da oposição.
Após a derrota, o presidente americano declarou estar “profundamente desapontado que o Senado não tenha defendido a democracia. Estou desapontado mas não dissuadido.”
Presidente Joe Biden. (Foto: Reprodução/CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
O projeto de lei era defendido pelos democratas e ativistas como uma resposta necessária as leis que já vinham sendo aprovadas pelos republicanos, leis essas que afetam diretamente negros e latinos. Uma séria de medidas vem sendo tomadas para dificultar o direito ao voto dessas minorias em estados governados por republicanos.
O senador por Nova Jersey, Cory Booker, declarou estar indignado com o bloqueio por parte dos republicanos. “É 2022 e eles estão descaradamente removendo mais locais de votação de condados onde negros e latinos estão super-representados”, declarou o democrata.
O projeto de lei promovido por Biden iria garantir o direito ao voto nas urnas, pelo correio e no mínimo duas semanas de votação antecipada, além de tornar o dia da eleição.
Para que um projeto de lei seja votado, é necessário o apoio de 60 senadores, porém todos os republicanos foram contra. Atualmente o senado está dividido entre 50 senadores democratas e 50 republicanos. Todos os 50 senadores republicanos foram contra as reformas propostas usando o argumento de que restrições como a de limitar votos pelo correio e exigir a identificação do eleitor são apenas ideias do senso comum.
Foto destaque: Presidente Joe Biden. Reprodução/Instagram