Neste último domingo (25), Wilson Vieira, ex-presidente da escola de samba Vila Isabel, foi morto a tiros no Rio de Janeiro. Wilson e a esposa, Shayene Cesário, estavam a caminho da quadra da escola de samba, onde acontecia a semifinal para definir o samba enredo do próximo carnaval. Segundo as primeiras informações sobre o ocorrido, dois homens que estavam em uma moto o abordaram enquanto estaria caminhando para uma farmácia no posto. A delegacia de homicídios do Rio de Janeiro já assumiu o caso, que aconteceu na Barra da Tijuca, na Avenida das Américas.
Em sua trajetória, Moisés, como era conhecido, fez parte dos diretores da Unidos da Vila Isabel e se tornou presidente em 2006, ano em que conquistou o título de carnaval carioca. Sua presidência durou até 2011, quando foi detido em uma operação da Polícia Federal para reprimir quadrilhas que exploravam caça níqueis.
Na época, a operação visava cumprir 29 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão em Niterói, São Gonçalo e Maricá. Segundo a PF, Wilson, que era Sargento Reformado, usava policiais para controlar a venda de selos para comerciantes, que eram trocados mensalmente sob pressão para que os comerciantes pagassem em dia.
Wilson Vieira quando era presidente da Vila Isabel. (Foto: Reprodução/ Daniel Pinheiro)
Em 2008, o agrupamento do ex-presidente da escola também foi alvo da investigação feita pelo Ministério Público pela disputa por pontos de caça níqueis. Em 2011 foi condenado a 23 anos, apontado como chefe do grupo da operação Alvará, pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha e corrupção. Entretanto, ficou preso menos de dois anos.
No caminho para reconhecer o corpo, a viúva de Wilson, Shayene Cesário,foi assaltada na manhã da última segunda-feira (22). A musa do carnaval estava na Avenida Brasil acompanhada da mãe, quando foram paradas por um ambulante que levou dois celulares e uma bolsa. O corpo de Wilson Vieira Alves será enterrado nesta terça-feira (27), no Cemitério Jardim da Saudade, Zona Oeste do Rio.
Foto de capa: Extra online