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Pré-candidatos à presidência revelam planos de geração de emprego para jovens

De acordo com dados da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a maior parte das pessoas entre 17 e 29 anos são as que mais sofrem com o desemprego de longo prazo, e os pré-candidatos à presidência foram questionados sobre isso.

11 Mai 2022 - 20h39 | Atualizado em 11 Mai 2022 - 20h39
Pré-candidatos à presidência revelam planos de geração de emprego para jovens  Lorena Bueri

Segundo o levantamento feito em março pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), havia por volta de 12,1 milhões de pessoas sem emprego no Brasil. A taxa de desemprego cresceu 1,3 ponto percentual no primeiro trimestre de 2020. Com as eleições batendo à porta, os problemas dos brasileiros comuns voltam a ser problema e interesse dos governantes também. O “combate à taxa de desocupação”, como é formalmente chamada a tentativa incessante de resolver o desemprego no país, será um problema sério e constante para aquele que assumir a presidência do Brasil em outubro de 2022. 

Segundo informações da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a questão do desemprego de longo prazo no Brasil é caracterizada principalmente pela supremacia de jovens com idades entre os 17 e os 29 anos. Outro fator alarmante é saber que, entre aqueles que estão nesta faixa etária, 80% não possui nada além do ensino médio completo. 


O desemprego no Brasil registra números alarmantes. Foto: REUTERS / Amanda Perobelli


Em favor aos debates públicos que irão ocorrer em breve, a CNN Brasil perguntou diretamente aos pré-candidatos como gerar empregos para os jovens com baixa escolaridade. Confira o que foi respondido até agora:

 

Lula (PT) : A assessoria do ex-presidente disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.

 

Jair Bolsonaro (PL): O presidente não respondeu até o momento da publicação.

 

Ciro Gomes (PDT): O Brasil precisa de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que compreenda a importância da educação e invista em todos os seus níveis. O Ceará hoje conta com quase 60% de suas matrículas do ensino médio com cursos profissionalizantes em tempo integral. Os alunos já saem da escola com estágio remunerado pago pelo governo em empresas de sua própria região. A grande maioria é contratada pelas empresas após o período de experiência. Isso é possível levar para todo Brasil.

Para além disso, é fundamental reativar as mais de 14 mil obras paradas no Brasil. Elas geram emprego rapidamente e principalmente em funções que não exigem alta escolaridade.No entanto, é fundamental expandir também o ensino superior no Brasil e garantir acesso para a maioria de nossos jovens

 

João Doria (PSDB): As propostas consistem em:

  • subsídio parcial para qualificação profissional de recém-contratados (on the job training), com participação de organizações de trabalhadores para a efetividade do programa (qualidade do treinamento);
  • financiamento público de cursos técnicos e vocacionais oferecidos pelo setor privado para indivíduos fora do ensino médio (modelo Fies), com avaliação dos cursos oferecidos e participação de organizações de empregadores para adequação dos cursos às demandas de mercado;
  • políticas para acesso ao crédito para jovens de perfil empreendedor;
  • programa temporário de experiência no trabalho no setor público e privado (modelo de jovem aprendiz), incorporando assistência e aconselhamento aos mais vulneráveis.

André Janones (Avante): O ideal não é discutir subemprego para quem não tem qualificação. É gerar qualificação para dar dignidade ao jovem. E não é aquela que só o mercado precisa. Falta a que aproveita a vocação que a geração de hoje esbanja e mais ainda as que estão chegando. Isso limita a possibilidade de emprego e rouba dignidade dos mais jovens.

O Brasil precisa  oferecer  formação profissional de acordo com os tempos em que estamos. O jovem brasileiro é criativo e empreendedor. Ficou muito claro com as oportunidades de renda que nosso povo criou durante a pandemia, mas isso ele aprendeu na marra, enquanto outros povos e as classes mais privilegiadas daqui aprendem na escola também.

Não podemos mais tolerar o analfabetismo, que voltou a crescer, ou que 87% dos jovens não falem inglês em um momento de oportunidades globais. A “NASA tem de estudar o brasileiro” não é um meme, é o reconhecimento de nossa capacidade de fazer. Falta ao sistema educacional dar as ferramentas para isso.

 

Simone Tebet (MDB): É inegável que gerar empregos é uma ação urgente no Brasil. E sabemos que quando a crise bate na porta ela é mais cruel com os menos qualificados. Ampliar os postos de trabalho é crucial, mas para isso o Brasil precisa de um bom ambiente de negócios para dar segurança jurídica e institucional, com regras claras, para empreendedores, empresários e investidores.

Neste cenário conturbado que vivemos, os jovens são os mais afetados, pois não precisam só de emprego, mas de qualificação na busca de uma melhor colocação no mercado de trabalho. A baixa escolaridade gera emprego de baixa qualidade. Não é isso o que quero. Não é isso o que o Brasil quer e precisa. Assim, educação e qualificação são palavras-chave desde já para o país.

Por isso, precisamos com urgência de um ensino técnico vocacionado, voltado para as aptidões dos nossos jovens. É necessário ainda avançar com a reformulação do Ensino Médio, para que possamos abrir as portas para o ingresso dos jovens nas universidades, com as mesmas oportunidades para todos. Com educação, tecnologia e inovação os jovens do Brasil poderão olhar para o futuro. É isso, é essa visão de um país com oportunidades iguais e forte tanto na educação como na qualificação das pessoas, que dá sentido à minha pré-candidatura à Presidência da República.

 

Felipe d’Avila (Novo): Primeiro temos que atacar a raiz do problema, que é a baixa escolaridade. E, no caso desses jovens, o incentivo ao ensino técnico e profissionalizante é fundamental. Isso deve ser feito de forma descentralizada, com cada região de cada estado oferecendo cursos técnicos voltados às suas vocações produtivas, seja no agro, no setor metalmecânico, turismo etc.

Sobre o desemprego que esses jovens enfrentam hoje, é preciso fazer a economia voltar a crescer, para gerar mais oportunidades, e é preciso modernizar a legislação trabalhista. Nossas leis trabalhistas dificultam o emprego formal criando muitos encargos e dificuldades para quem quer contratar. E quem mais sofre com essas barreiras são os trabalhadores com menos experiência e qualificação – esses jovens de 18 a 29 anos com baixa escolaridade.  Acabar com o monopólio da CLT nas leis trabalhistas vai abrir as portas para muitos jovens que ainda não tiveram uma oportunidade.

Primeiro, temos que atacar a raiz do problema, que é a baixa escolaridade. E no caso desses jovens, o incentivo ao ensino técnico e profissionalizante é fundamental. Isso deve ser feito de forma descentralizada, com cada região de cada estado oferecendo cursos técnicos voltados às suas vocações produtivas, seja no agro, no setor metalmecânico, turismo etc.

 

Luciano Bivar (União Brasil): Nosso plano de governo inclui amplo incentivo ao primeiro emprego de jovens, começando pela isenção de tributos no primeiro ano para empresas que contratarem jovens sem experiência.

Por meio da implementação do Imposto Único Federal (IUF), será possível desonerar a folha de pagamentos e destravar a economia. Além disso, considero essencial investir nos ensinos técnico e profissionalizante.


Foto Destaque: Lula, Bolsonaro, Ciro, Doria e Simone Tebet. Ricardo Sucket / Alan Santos / Enquadrar / Agência Brasil / Agência Senado.

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