Certos cuidados estão relacionados à vaidade, enquanto outros à saúde. Quem tem pele com espinhas, como a acne é chamada popularmente, experimenta uma doença que se manifesta trazendo queixas típicas de uma doença, como dor, e que também traz frustrações relacionadas à autoestima. Segundo dados do Ministério da Saúde, 80% dos brasileiros entre 15 e 25 anos têm essa doença de pele. E são as mulheres as mais afetadas, com três lidando com a condição para cada homem em idade adulta.
Acne grau I, com a presença de comedões (Reprodução/Pexels)
Ter essa proporção de indivíduos acometidos por essa doença impulsiona as pesquisas na área de dermocosmética, que avança cada vez mais. Por isso, muito já se conhece sobre acne, como identificar os diferentes tipos e tratar de forma efetiva. Confira a seguir os tipos, suas causas e possibilidades de tratamento.
Identificando se é leve ou grave
Não é difícil identificar a doença, todos sabem que ela se manifesta na forma de erupções inflamadas na pele, principalmente do rosto. Elas começam a acontecer a medida que as glândulas sebácias, rparte de um manto hidrolipídico de proteção da pele, começama produzir sebo em excesso, além de ficarem obstrupidos. É importante entender que existem diferentes graus, onde o I corresponde a comedões (chamados de cravos) e pequenas espinhas mas pouco inflamadas, mais vermelhas.
A acne de grau II surge quando há aumento na quantidade de cravos e espinhas, e além da vermelhidão da inflamação, também estão mais infeccionados, apresentando pus, o que caracteriza a presença de pústulas.
No grau III as espinhas são maiores, ainda mais inflamadas ou infectadas e, por serem mais profundas e dolorosas, são chamadas de cistos.
No grau IV, essas lesões numerosas e muito inflamadas estão conectadas numa camada mais profunda pele, inclusive proporcionando mais inchaço, dor e maiores cicatrizes.
Possíveis causas
A pele é o maior órgão do ser humano, com múltiplas funções e, por isso, pode refletir questões do estado emocional,hormonal, nutricional entre inúmeras outras possibilidades. Segundo os profissionais, a acne pode desencadeada por desequilíbrios hormonais, alimentação inadequada , intolerâncias e alergias, estresse excessivo, uso de medicamentos e até exposição à radiação ultravioleta. É importante que quem possui a doença, observe atentamente esses fatores e converse com especialistas médicos de acordo com a necessidade, como dermatologistas, ginecologistas e nutricionistas.
Tratamentos
Em casos mais leves, como aumento na quantidade de cravos e espinhas ocasionais, melhorar a rotina de skin care, com cosméticos adequados, associadas há uma alimentação mais saudável e rotina de exercício são considerados hábitos suficientes para melhorar a qualidade dessa pele pelos dermatologistas. Quando a acne começa a apresentar em intensidade mais moderada, como no grau II, o aumento na produção de sebo e infecções podem indicar desequilíbrios mais pertinentes, como questões hormonais e nutricionais. É importante se a acne está associada a outras queixas de saúde, como alterações no ciclo menstrual, ansiedade, problemas digestivos, entre outras possibilidades.
Nos casos mais graves, como nos graus III e IV, exames laboratoriais de diversos tipos podem ser solicitados pelos médicos, que definirão qual conduta medicamentosa poderá ser tomada.
As cicatrizes e manchas podem ser tratadas no skin care diário, com recomendações feitas pelo dermatologista e esteticistas, além de uma diversidade de tratamentos disponíveis em consultório e clínicas de estética, como peeling, laser e microagulhamentos. Com disciplina e tratamento multidisciplinar, todas essas questões têm perspectiva de excelente progressão.
Foto destaque: Acne cistica (Reprodução/Pexels)