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Policial cai em voçoroca de 80 metros em Buriticupu, no Maranhão

A vítima teve um braço quebrado e uma fratura exposta em seu pé esquerdo dentre os ferimentos. Segundo a secretaria de saúde do município, ele segue internado no hospital municipal de Buriticupu

03 Mai 2023 - 11h10 | Atualizado em 03 Mai 2023 - 11h10
Policial cai em voçoroca de 80 metros em Buriticupu, no Maranhão Lorena Bueri

Um policial militar aposentado acabou sofrendo fraturas depois de ter caído em uma das voçorocas de Buriticupu que ameaçam “engolir” parte do município ao longo dos últimos 30 anos, conforme o “g1”. Nesse período, três ruas e mais de 50 casas já caíram nas crateras que crescem a cada ano.  

A vítima em questão é José Ribamar Silveira que, de acordo com testemunhas, caiu de uma altura de aproximadamente 80 metros. O acidente aconteceu durante a madrugada na Vila Isaías, porém a vítima só foi resgatada por volta das 7h desta terça-feira, 2. 

O coronel Diniz, que comanda o Batalhão de Polícia Militar em Buriticupu, afirmou: “Ele é conhecido como ‘Tenente Silveira’ e caiu com o carro particular dele. Está no hospital e o caso requer cuidado, pois teve algumas fraturas”.

O homem foi encaminhado para uma Unidade de Pronto-Atendimento. Dentre eus ferimentos, José Ribamar teve um braço quebrado e uma fratura exposta em seu pé esquerdo. Em vídeo publicado no canal do Youtube do “Diário do Nordeste” é mostrado o momento em que acontece o resgate. A vítima foi transferida para um hospital de São Luís.

Ele segue internado no hospital municial de Buriticupu, segundo a secretaria de saúde do município. O orgão também informou que ele está em observação, fora de perigo.


Assista ao vídeo. (Reprodução/YouTube)


O “g1”, em matéria, mostrou que o problema das voçorocas de Buriticupu é antigo, mas só veio à tona em 2023 por causa da chegada do período chuvoso que fez aumentarem as enormes crateras em tal município. 

Para acompanhar o caso ou fazer um planejamento de como retirar as famílias, a prefeitura possui apenas uma Coordenadoria de Defesa Civil, com poucos servidores.  

A cidade, em questão, tem mais de 70 mil habitantes e a prefeitura diz que depende de órgãos estaduais e federais para poder mapear as áreas de risco e assim planejar ações para os períodos de chuva, que é quando os deslizamentos se agravam. 

Ao “g1 Maranhão”, o prefeito João Carlos afirmou que Buriticupu não possui inviabilidade financeira de controlar tal situação devido passar por indenização de imóveis, construção de moradias novas, conjuntos habitacionais e serviços de drenagem, e por isso trata-se de uma situação complexa.


Post sobre o acidente. (Reprodução/Twitter @g1maranhao)


 No local estiveram as frentes nacionais e estadual da Defesa Civil e foi delimitada uma área de 50 metros das margens das voçorocas em que as famílias precisam ser retiradas, o que contabilizou 220 famílias. 

O prefeito justifica: “O principal gargalo é porque é diferente de uma enchente, no qual o rio sobe, baixa, e as pessoas voltam para casa. No caso das voçorocas, precisamos de uma nova área para remanejar as famílias e estamos esperando uma portaria no Diário Oficial da União para a gente poder ter a liberação de recursos para a construção de um novo habitacional para essas famílias”

Para quem não sabe, as crateras são pequenos fenômenos geológicos que surgem como fendas no solo, geralmente são provocadas pela água da chuva. Caso não seja feito nada para a contenção, uma cratera pode chegar ao grau de voçoroca, quando atinge um lençol freático, bem como aconteceu em Buriticupu. 

As voçorocas, no município, possuem dimensões que podem chegar a mais de 298 metros de comprimento. Segundo o site citado, ao todo, são 26 voçorocas que se formaram ao longo de anos de desmatamento. 


Post sobre o acidente. (Reprodução/Twitter @ipu_noticias)


No entanto, de acordo com especialistas, outros fatores que acabam contribuindo para o surgimento e o avanço das voçorocas são também a ocupação desordenada, o relevo e o solo arenoso. 

O geólogo Clodoaldo Nunes explica: “A própria atividade humana ela, sem saber, ela vai criando o problema. Como não tem uma política defensiva, ela acaba causando essas erosões. Então é um material meio solto onde qualquer chuva e qualquer enxurrada vai levar micro partículas do solo para um nível mais baixo”.

O veículo de comunicação citado mostra que nos últimos dez anos, apenas uma voçoroca engoliu três ruas e mais de 50 casas em Buriticupu. Parte da Vila Santos Dumont desapareceu por completo e as casas que ainda não desabaram encontram-se próximas aos barrancos e foram abandonadas.

Além disso, o município decretou situação de calamidade pública por conta das chuvas registradas nos últimos dias e que acabaram por agravar os problemas em Buriticupu.

Segundo Cel. Célio Roberto, comandante do Corpo de Bombeiros do Maranhão, a intervenção tem que ser tanto emergencial como preventiva. “Caso contrário, nós teremos esse processo aumentando cada vez mais e provocando maiores danos às famílias que ali residem”, disse. 

O governo do Maranhão, em nota, disse que o município foi incluído no decreto de situação de emergência estadual. O Estado que solicitaram recursos federais imediatos de ações de ajuda humanitária e em seguida, para ações de estabelecimento. 

Foto destaque: Crateras ameaçam centenas de pessoas em Buriticupu, no Maranhão. Reprodução/Marinho Drones. 

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