Mundo Animal

Pesquisa da Unicamp aponta período em que surgiu característica responsável por gigantismo dos dinossauros

Estudo analisou três fósseis brasileiros, os mais antigos já descobertos na América Latina, com cerca de 233 milhões de anos. Pesquisar da Unicamp explicou importância dos sacos aéreos para desenvolvimento e adaptação dos maiores dinossauros

13 Mar 2023 - 12h00 | Atualizado em 13 Mar 2023 - 12h00
Pesquisa da Unicamp aponta período em que surgiu característica responsável por gigantismo dos dinossauros Lorena Bueri

Um estudo da Universidade de Campinas (UNICAMP) buscou entre os fósseis brasileiros a característica responsável pelo tamanho gigante dos dinossauros: os sacos aéreos. Esses animais habitam a Terra há mais de 230 milhões de anos e exercem fascínio tanto na comunidade científica, quanto fora dela, pelas adaptações que permitiam esses animais se adaptarem ao clima da época, além de serem as maiores criaturas que existiram. 

Os fósseis mais antigos do mundo são os Patagotitan mayorum, têm cerca de 100 milhões de anos e são conhecidos como Titãs da Patagônia. Essa espécie podia atingir até 8 metros de altura, 37 metros de comprimento e pesar 70 toneladas, o que equivale a 12 elefantes africanos. O surgimento da adaptação responsável pelo gigantismo, no entanto, é ainda mais antigo, sendo objeto de pesquisa de Tito Aureliano, doutorando da Instituto de Geociências da Unicamp, que explicou a importância dos sacos aéreos nos dinossauros, a mesma estrutura que permite o voo das aves.


Evolução dos sacos aéreos permitiu dinossauros gigantes e mais ágeis (Foto: Reprodução/Taylor & Wedel)


"Como é que pode um bicho de 30 metros conseguir ficar em pé? Descobrimos, então, que esses animais gigantescos, ao invés de serem cheios de gordura e músculos, possuíam sacos aéreos, como os das aves, dando sustentação para o corpo e diminuindo a densidade, permitindo o aumento do tamanho", disse Aureliano.

A pesquisa de Aureliano analisou fósseis de três espécies de dinossauros brasileiros, datadas do Período Triássico Tardio, que estão entre os mais antigos do mundo, com cerca de 233 milhões de anos. Esses fósseis foram descobertos entre 2011 e 2019, em Santa Maria (RS) e são os mais antigos já descobertos na América Latina. Eles passaram por análise a partir de Tomografia Computadorizada e foi constatado que não possuem os sacos aéreos.

Apesar da pesquisa não encontrar essa importante estrutura que explica o desenvolvimento dos dinossauros, ela aponta, segundo o pesquisador,  para o período em que pode ter ocorrido a adaptação

"Concluímos que surgiu em algum momento depois desses fósseis e antes da viradinha para entrar no período Jurássico. Então fica um intervalo de tempo bem restrito para escavarmos e encontrarmos um bicho que apresente características das aves", disse Aureliano

Além disso, as evidências apontam que os sacos aéreos surgiram ao menos três vezes ao longo da evolução dos dinossauros, de forma independente entre as espécies. A característica já foi observado em espécies mais desenvolvidas como o tiranossauro e o velociraptor.

“Agora nós temos a evidência sólida que sugere que os sacos aéreos evoluíram pelo menos três vezes independentemente de ancestrais em comum do grupo Avemetatarsalia, nos pterossauros, nos terópodes e nos sauropodomorfos", afirmou Aureliano

As pesquisas atuais analisam os ancestrais dessas espécies mais desenvolvidas para descobrir em que período aconteceu a importante adaptação nos ossos e fisiologia. A pesquisa de Tito Aureliano teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e foi publicada na revista Scientif Reports.

Foto destaque: Dinossauro - Reprodução/Pixabay

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