Os hormônios, no geral, têm uma importante função no comportamento humano, ouvimos dizer por exemplo, que durante a menstruação as mulheres ficam com eles à flor da pele e por isso se intensificam as emoções e sensibilidade. Para um sentimento tão complexo como o amor, perguntaram-se muitas vezes o que atuava em nosso corpo, já que durante a paixão nossas emoções e percepções ficam tão alteradas. Em 1909 o inglês Henry H. Dale, descobriu a oxitocina, o conhecido “hormônio do amor”.
Este não está somente ligado a formação dos casais, mas também nos instintos maternos. Recentes pesquisas realizadas em camundongos puderam perceber que ele também está associado aos aguçamentos dos sentidos sociais, de forma a contribuir e levar o comportamento mais preciso na comunidade. O experimento foi realizado de forma a bloquear essa molécula nos animais, que perderam a capacidade de sociabilidade e reconhecimento dos próprios semelhantes.
Mólecula de oxitocina (Foto: Reprodução/ Depositphotos)
Visto isso, é imprescindível notar a importância de um simples hormônio em toda uma esfera de desenvolvimento cultural, humanístico e social. Essa descoberta abre portas para uma série de perguntas sem respostas sobre a atuação do mesmo não só no corpo individual, mas em um aspecto estrutural da formação do convívio humano.
O sistema de recompensas também é aguçado graças a oxitocina, podendo-se usar o próprio parceiro como exemplo, já que ele é por si só um benefício para o indivíduo. O hormônio é capaz de modificar os sentidos de forma a beneficiar o odor de determinado companheiro, e isso é nítido, visto que o cheiro de quem amamos é algo entrelaçado em nossa memória afetiva.
Portanto, o que antes era uma resposta simples para a pergunta: “O que acontece no amor?”, sendo a resposta apenas “oxitocina”, acaba se tornando muito mais complexo com as recentes pesquisas, criando inúmeras outras perguntas. “Qual o impacto do hormônio para a sociedade?”.
Foto Destaque: Amor paterno. Reprodução/ aleksandarlittlewolf/ Freepik.