Neste mês de maio, ocorreram duas viagens de 312 touros brasileiros do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para o Aeroporto Internacional Blaise Diagne, em Dakar, Senegal.
Em um processo que começou em 2015, o governo do Senegal encomendou os touros da raça Guzerá para o melhoramento genético dos seus rebanhos. Raça é conhecida por produzir leite e carne.
No dia 7 de maio, aconteceu a primeira viagem com 155 touros da raça Guzerá. Três dias aconteceu a viagem do restante do rebanho, com 155 touros da raça Guzerá e um casal da raça Sindi.
Antes da viagem, os touros ficaram 20 dias em quarentena em Ibitinga, onde foram vacinados contra a febre aftosa, brucelose e tuberculose; e passaram por um andrológico. Além disto, os touros receberam chips nas suas orelhas para rastreamento do Ministério da Agricultura.
Baia de transporte dos touros (Foto: reprodução/Cristiano Lima/G1)
As duas viagens aconteceram em um avião do modelo Boeing 777F da Companhia Área da Etiópia. Os touros foram divididos em 33 baias, onde cada uma tinha capacidade para quatro ou cinco ouros.
Antes de entrar abordo, os animais foram alimentados com feno e água. Já no avião, a alimentação foi cortada durante todo o percurso, voltando apenas quando eles foram descarregados na fazenda de destino.
Além dos veterinários disponíveis para qualquer eventualidade, os touros viajaram com um ar-condicionado entre 15°C e 18°C, para que ficassem calmos durante toda a viagem.
Em entrevista para o G1, Antônio de Salvo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, disse:
“Normalmente a África compra muito zebu brasileiro. Eu já vendi mais de 100 cabeças pro Senegal, porque eles entendem que temos um clima semelhante da África. E eles preferem buscar aqui do que na Índia peal performance, pelo melhoramento que os produtores brasileiros têm”.
As baias foram forradas com palha de arroz, para os dejetos dos animais não sujarem o piso do avião.
Foto destaque: Touros da raça Guzerá foram vendidos para o Senegal. Thiago de Jesus/G1
