Pesquisa internacional apresentada no Congresso Europeu sobre Obesidade aponta que a falta de conversa sobre obesidade na adolescência ainda é extremamente falha, o levantamento foi realizado com 5,2 mil jovens, 5,3 mil cuidadores e 2,3 mil especialistas de dez nacionalidades distintas.
De acordo com o estudo, 85% dos participantes, com idades entre 12 e 18 anos, tem preocupações com a saúde por apresentarem sobrepeso no passado e que 24% dos jovens obesos ainda não foram diagnosticados com a doença.
Os dados acendem um alerta para a realização de exames periódicos, pois quanto mais cedo a obesidade for descoberta, mais efetivas se tornam as medidas e maior a chance de recuperação.
Criança sedentária (Foto: Reprodução/ Metrópolis)
No entanto, não somente a ausência de exames regulares é o fator principal para o baixo índice de diagnósticos, o levantamento também aponta outros dados preocupantes a respeito da comunicação entre os adolescentes sobre a obesidade.
Apenas 31% dos jovens se sentem à vontade de falar sobre obesidade com profissionais de saúde, 55% afirmam conversar mais com a mãe sobre o assunto e apenas 36%, com o pai, 25% conversam com colegas e amigos, e 10% não fala a respeito do tema com ninguém.
A comunicação, tanto entre pais e filhos, quanto entre médico e paciente é de fundamental importância para a detecção precoce de quadros de obesidade e seu tratamento mais eficaz para evitar uma das doenças com maior incidência atualmente em crianças e adolescentes.
Segundo a OMS, no Brasil, 9,4% das garotas e 12,4% dos garotos são considerados obesos segundo os critérios de classificação da obesidade infantil adotados pela organização, também conforme o estudo a maior incidência da doença é em países de média e baixa renda.
Foto Destaque: Criança sedentária. Foto: Reprodução/Dr. Ana Lucia Marques