Saúde

OMS confirma mais de 1.000 casos de varíola dos macacos em 29 países

O risco da ‘monkeypox’ se estabelecer em nações não endêmicas é real, alertou nesta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), incentivando as pessoas a "reforçar as práticas de precaução" para conter o surto da varíola dos macaco

08 Jun 2022 - 14h45 | Atualizado em 08 Jun 2022 - 14h45
OMS confirma mais de 1.000 casos de varíola dos macacos em 29 países Lorena Bueri

Com a pandemia da COVID-19 ainda em andamento, uma segunda ameaça à saúde pública coloca o mundo em alerta: um surto global de varíola dos macacos. Até o dia 8 de junho, 29 países das Américas, Europa, Norte da África, Oriente Médio e Austrália haviam relatado mais de 1.000 casos suspeitos e confirmados da doença, também chamada de ‘monkeypox’. A varíola dos macacos é endêmica na África Ocidental e Central, e o vírus causa ocasionalmente surtos em outros lugares do mundo, mas a maioria é rapidamente contida ou se dissipa.

Esse surto parece muito diferente, diz Anne Rimoin, epidemiologista da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que há muito estuda a varíola dos macacos na República Democrática do Congo (RDC). "Ficamos preocupados quando notamos um vírus fazendo coisas que normalmente não vemos", diz a epidemiologista.

A confirmação da ‘monkeypox’ em pessoas que não viajaram para uma área endêmica é atípica, e mesmo um caso da doença em um país não endêmico é considerado um surto. Embora a maioria dos casos não esteja associada a viagens a partir de zonas endêmicas, os Estados-Membros estão relatando também um pequeno número de casos em viajantes da Nigéria, como foi observado anteriormente.

O aparecimento súbito e inesperado da varíola dos macacos simultaneamente em vários países não-endêmicos sugere que pode ter havido transmissão não detectada por algum tempo desconhecido seguido por eventos amplificadores recentes.


Manifestação de sintomas da varíola dos macacos no corpo. (Foto/Reprodução/TTD)


A OMS avalia o risco ao nível global como moderado, considerando que essa é a primeira vez que muitos casos e sintomas da ‘monkeypox’ são relatados simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos em áreas geográficas da OMS amplamente díspares.

A epidemiologista Rosamund Lewis, diretora da OMS e chefe do departamento de análise do vírus, salienta que a ‘monkeypox’, que causa lesões cutâneas semelhantes às da varíola humana, não é facilmente transmitida, e sua propagação pode ser tipicamente limitada por casos isolados. "Não é uma preocupação para a maioria das pessoas", declarou.

Não existem tratamentos especificamente aprovados para a varíola dos macacos, mas vários antivirais e um tratamento com anticorpos são por vezes utilizados para tratar a infecção. As pessoas que foram recentemente expostas ao vírus em países como França e EUA também podem receber uma de duas vacinas — ACAM200 ou JYNNEOS — para reduzir a gravidade dos seus sintomas ou prevenir a infecção completamente. As vacinas ainda não estão disponíveis em larga escala mundial.

Foto destaque: Vírus da varíola, dos quais existem muitos tipos, incluindo varicela, varíola dos macacos e varíola humana. (Reprodução/AFP)

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