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No Peru, povos indígenas fazem manifestação após o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips na Amazônia

Nesta sexta-feira (17), diversos povos indígenas fizeram uma manifestação no Peru. Eles cobram justiça por representantes assassinados na Amazônia e cobram que o governo preserve o meio ambiente.

18 Jun 2022 - 12h00 | Atualizado em 18 Jun 2022 - 12h00
No Peru, povos indígenas fazem manifestação após o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips na Amazônia  Lorena Bueri

Centenas de indígenas peruanos saíram em manifestação nesta sexta-feira, 17. Eles percorreram a capital Lima gritando: "O sangue derramado nunca será esquecido!", exigindo proteção para à terra e a água e se solidarizando com os assassinatos do jornalista britânico e do indigenismo brasileiro que ocorreram na Amazônia.

Os manifestantes, que são de povos indígenas da serra andina, costa peruana e Floresta Amazônica, percorreram dois distritos do sul da capital peruana. Eles passaram em frente à sede do Ministério da Justiça, no distrito de Miraflores, e depois andaram quase três quilômetros até o Ministério do Interior,  localizado na cidade vizinha de San Isidro, gritando suas exigências. 

"Nos deixa indignados que nossos territórios sejam vendidos para as mineradoras. Estamos na porta do Ministério do Interior porque o governo não nos ouve", falou Margarita Atencio Mamani em entrevista para a AFP (Agence France-Presse). "Nosso lago Titicaca está muito poluído", lamentou a indígena do povo Aymara.


Na esquerda, Dom phillips e na direita, Bruno Pereira (Foto: Reprodução/Portal UOL)


Durante as manifestações, as pessoas denunciavam o assassinato de dezenove defensores do meio ambiente na Amazônia nos últimos dois anos no Peru, segundo dados de ONGs. 

A ONG Direito, Ambiente e Recursos Naturais afirmou que o Peru está em nono no ranking de países que mais registram ataques a defensores do meio ambiente no mundo. Eles também apontam que a violência contra defensores dos direitos humanos e do meio ambiente está fora de controle, chegando ao nível nacional.

Pertencente ao povo awajún, a líder amazônica Agustina Mayan, de 44 anos, disse que não se pode “permitir que continuem assassinando” quando se referiu a ativistas na Amazônia. Ela acrescentou que se solidariza com o Brasil, após a morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.

Bruno e Dom desapareceram na manhã do dia 5 (domingo), quando estavam atravessando o rio Itaguaí, e seus corpos foram encontrados no dia 15 (quarta-feira), após Amarildo dos Santos Oliveira ter confessado os assassinatos e indicado para a Polícia Federal onde os restos mortais teriam sido enterrados.

Foto Destaque: ativistas e cidadãos peruanos protestando pela preservação da natureza e de seus defensores. Reprodução/Cris Bouroncle/AFP

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