Esportes

Mulheres trans deverão continuar competindo no atletismo feminino

De acordo com documentos da World Athletics as mulheres trans continuarão competindo nas disputas femininas caso sigam as regras de limitação de testosterona. Documento entrará em votação em março

23 Jan 2023 - 11h10 | Atualizado em 23 Jan 2023 - 11h10
Mulheres trans deverão continuar competindo no atletismo feminino Lorena Bueri

A World Athletics, federação que administra o atletismo mundial, está perto de manter as mulheres trans competindo na elite dos torneios femininos de atletismo do mundo todo. O documento que a federação está preparando entrará em votação em março. 

Essas mulheres, no entanto, deverão seguir com rigor, algumas regras impostas pela federação, com a ideia de equilibrar mais as competições. Uma dessas regras, é de que a testosterona plasmática máxima permitida, cairia de 5 nano mol por litro, para 2,5 nano mol por litro, e que as atletas deverão manter esses números abaixo do limite, por pelo menos dois anos, ao invés de um ano como acontece atualmente. 

Essa mudança na regulamentação da participação de mulheres trans se deve, depois do COI (comitê olímpico internacional) anunciar que cada federação deveria criar suas próprias regras, visto que cada esporte possui diferentes tipos de "vantagens" atribuídas às mulheres trans, e que uma regulamentação única não seria a correta. 

Outro detalhe que está escrito nesse documento já está gerando debate, e de acordo com a mídia britânica, será visto com controvérsia, caso seja aceito. A World Athletics, afirma que aceita que as mulheres trans "mantenham uma vantagem de massa muscular, volume e força sobre as mulheres cis, após 12 meses" de tratamento hormonal. 

De acordo com a World Athletics, essa mudança funcionaria, pois, além de permitir a participação de mulheres trans na elite do esporte feminino, também afetaria positivamente a participação de indivíduos 46 XY, como é o caso da sul africana Caster Semenya e da atleta de Namíbia, Beatrice Masilingi.


Caster Semenya competindo nos 800 metros (Arquivo Pessoal / Instagram Caster Semenya)


Indivíduos 46 XY, no caso, da Semenya, é uma mulher, criada como mulher, que possui uma "diferença no desenvolvimento sexual", possuindo também testículos, e que consequentemente possuem uma testosterona elevada, que precisaria ser reduzida. 

Um representante da World Athletics, afirmou ao portal The Guardian, jornal que teve acesso ao documento, que essa opção é a preferida, e que é a melhor maneira para se obter um feedback geral, mas que apesar disso, não quer dizer que essa será a opção apresentada ao conselho. Mas prometeu que a federação fará consultas mais amplas nas próximas semanas. 

Foto Destaque: Masilingi que possui DSD, em competição (Reprodução / Instagram Beatrice Masilingi)

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