Saúde

Ministério da Saúde apura desvios de medicamentos destinados a Terra Yanomami

Garimpeiros também ofertam mercúrio, balsas para extração de ouro, além de voos e vagas em canoas usadas para entrar ilegalmente no maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami.

31 Jan 2023 - 20h15 | Atualizado em 31 Jan 2023 - 20h15
Ministério da Saúde apura desvios de medicamentos destinados a Terra Yanomami Lorena Bueri

Remédios do SUS indicados ao tratamento de malária estão sendo vendidos em grupos de garimpeiros no WhatsApp. Grupo este do qual os garimpeiros comercializam tudo, desde balsa para exploração de minérios a mercúrio e compras de remédios, em Roraima. O Ministério da Saúde apura se houve desvios dos medicamentos seriam encaminhados a indígenas Yanomami.

O grupo com o nome “Amigos do Rio Uraricoera”, em referência à principal via fluvial usada pelos garimpeiros para chegar aos acampamentos da Terra Indígena Yanomami, em uma das fotos, uma pessoa segura cartelas de medicamentos e faz a oferta: "tratamento para malária". Outra pessoa do grupo anuncia: "remédios para malária disponível".


Remédios comercializados em grupo de garimpeiros (Foto: Reprodução/g1)


Em seguida, um homem compartilha uma foto do medicamento “artesunato + mefloquina” e pergunta: "alguém tem disponível eu quero 50 tratamento desse (sic)". O remédio em questão seria o “plasmodium falciparum” indicado para o tratamento de malária, o tipo mais grave da doença e que pode levar à óbito.

A FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) suspeita que o artesunato + mefloquina foi desviado para atender garimpeiros invasores. Por está razão, uma investigação foi aberta. Já o Ministério da Saúde disse que está apurando as denúncias e irá investigar os casos junto aos órgãos competentes.

Nas mensagens sobre o medicamento de malária, os participantes do grupo apresentam os números de telefone com o DDD 95, de Roraima. Em um grupo com o mesmo nome “Amigos do Rio Uraricoera” que, em maio de 2022, uma mulher foi ofertada como prêmio principal de um bingo destinado a garimpeiros.

No mesmo grupo, onde os usuários comentam sobre remédios para malária, pessoas também fazem pedidos de tudo que envolve a cadeia ilegal do garimpo, como canoas, balsa e voos que navegam e sobrevoam sobre o rio com mantimentos que sustentam os invasores dentro da reserva.

Em um dos casos, um dos integrantes pergunta se há canoa disponível para transportar 70 kg de comida, motor e uma pessoa.

A maior reserva indígena brasileira em extensão territorial, a Terra Indígena Yanomami está no centro das discussões políticas e de saúde nacional em razão da grave crise sanitária, com registros de casos de malária e desnutrição severa em adultos, principalmente, entre crianças. O problema é causado pelo avanço do garimpo ilegal, que, em um ano, aumentou mais de 45% no território.

Foto Destaque: Medicamentos. Reprodução/Senado Federal.

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