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Massacre do Carandiru completa 30 anos com projeto de anistia aos policias

Trinta anos depois, ninguém foi responsabilizado pela morte dos 111 detentos no massacre do Carandiru e um projeto tenta garantir anistia para os policiais envolvidos antes do julgamento.

23 Set 2022 - 12h00 | Atualizado em 23 Set 2022 - 12h00
Massacre do Carandiru completa 30 anos com projeto de anistia aos policias Lorena Bueri

O massacre do Carandiru, a maior tragédia carcerária do país, completa 30 anos no próximo 2 de outubro. No mês passado, um projeto de anistia para os policiais envolvidos na morte dos 111 detentos foi aprovado.

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou o projeto de anistia antes mesmo da condenação dos agentes. Na prática, não existem motivos para os envolvidos serem anistiados, visto que, não existe uma decisão condenatória por parte do Estado. O projeto, de autoria do deputado Capitão Augusto (PL), representa um uso desvirtuado da função legislativa para confrontar a decisão do Poder Judiciário, sobre um julgamento ainda sem conclusão. A pauta em questão deveria ser a responsabilização necessária dos envolvidos, mas essa decisão vai na direção contrária. Movimentos sociais e familiares ainda lutam pela penalização dos policiais militares.


Ato em protesto pelos 20 anos do massacre, em 2012. (Foto: Lalo de Almeida/Folhapress)


No dia 2 de outubro de 1992, o maior complexo prisional da América Latina, em São Paulo, abrigava quase o dobro da sua capacidade, 7.500 presos. No pavilhão 9, iniciou uma briga entre grupos rivais e a PM foi acionada depois que a situação saiu de controle. A ordem do governo estadual era de resolver o conflito, assim, 500 policiais conduziram uma ação violenta dentro do complexo que resultou na morte de 111 detentos. A acusação é de que não houve esforços para negociação e a polícia agiu com alto poder letal, além das humilhações e agressões relatadas pelos sobreviventes.

Em 2022, o quadro é de impunidade. Nenhum dos policiais envolvidos no massacre do Carandiru foi condenado ou cumpriu pena, muitos continuam na corporação e alguns até foram promovidos. Três décadas após o massacre que ficou marcado na história do Brasil, a população carcerária triplicou, as metrópoles estão mais violentas e o sistema prisional ainda enfrenta os mesmos problemas.  

Foto destaque: Presos seguram faixas de luto três dias depois do massacre.Reprodução/ Itamar Miranda/Estadão

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