O Grammys pode ser o evento mais esperado quando se trata de premiações na indústria da música ao redor do mundo, porém a cerimônia do Songwriters Hall of Fame é sem hesitar a mais original e única. Num evento só para convidados, acontecerá em 16 de junho no Marriott Marquis em Nova York, e seus prêmios homenageiam as pessoas mais importantes e ainda mais negligenciadas da indútria da música, os compositores. Será uma reunião familiar anual para a comunidade de compositores e editores de música.
Em cada cerimônia, os superstars que recebem homenagens frequentemente dizem à sala que o prêmio significa mais para eles do que qualquer outro prêmio que receberam, porque é um endosso e uma validação de seus colegas. É um lugar onde Lionel Richie disse: “Sinto-me humilhado pela grandeza desta sala”. É um espaço onde você verá superstars como Billy Joel ou Smokey Robinson ou Ed Sheeran elogiando nomes como Allee Willis, John Bettis e Chip Taylor como iguais, como influências, como ícones, porque eles sabem que essa pessoa escreveu ou co-escreveu “September”, “Top of the World” ou “Wild Thing”, mesmo que grande parte do mundo não o faça.
Lady Gaga cantando "What's Up" na 46th Songwriters Hallof Fame". (Vídeo: Reprodução/Youtube).
Os artistas musicais do show são invariavelmente da lista A. Ao longo dos anos, vimos Neil Diamond , Drake, Tom Petty, Bonnie Raitt, Justin Timberlake, Ariana Grande, Van Morrison, Cyndi Lauper, John Prine, Leon Russell, Elvis Costello e dezenas de outros, além de várias homenagens completamente únicas, como Lady Gaga cantando o hit “What's Up” de Four Non-Blondes para Linda Perry, Stevie Nicks cantando “The Rose” para Bette Midler, Emmylou Harris tocando o hit comovente de Eric Clapton, “Tears in Heaven”, para o co-escritor da música, Will Jennings e em uma das premiações passadas a noite terminou com Billy Joel e Garth Brooks em dueto ao piano com chapéus Stetson combinando. Assim como na gala pré-Grammy de Clive Davis, uma compilação em vídeo das inúmeras apresentações clássicas do Songwriters' Hall of Fame seria uma das poucas memórias remanescentes do mundo da música.
A próxima 51ª cerimônia do Hall está sendo realizada com atraso, retomando de onde parou com o show que teria apresentado em 2020, de acordo com a CEO do Hall e madrinha Linda Moran, ex-executiva da Warner Music.
Os homenageados são Mariah Carey, Annie Lennox e Dave Stewart do Eurythmics, os Isley Brothers, Steve Miller, Pharrell Williams e Chad Hugo do Neptunes, Lana Del Rey/Stevie Nicks colaborador Rick Nowels e o veterano da Motown William “Mickey” Stevenson.
O mestre compositor e presidente da ASCAP, Paul Williams, receberá o prestigioso prêmio Johnny Mercer, Lil Nas X será homenageado com o Hal David Starlight Award para jovens compositores promissores e o presidente e CEO da Universal Music Publishing, Jody Gerson, receberá o Abe Olman Publisher Award.
“O pensamento de que criamos um evento que traz sentimentos tão fortes e que todos estão ansiosos como uma catarse depois de ficarem presos durante o COVID é incrivelmente gratificante”, disse Moran a revista americana Variety. “É como uma reunião de família, e quando discutimos a possibilidade de mudar o local ou o formato do show, percebi que as pessoas querem a familiaridade e o conforto de voltar para casa como se lembram.”
Ela observa que os organizadores estão tomando “medidas extraordinárias de precaução contra o COVID”, reduzindo o número de mesas e participantes para criar mais espaço, exigindo comprovação de vacinação e recomendação de máscaras, e o convite observa que “outros requisitos podem ser implementados”. Moran também diz que os microfones do palco serão trocados com frequência e que não haverá área de bastidores ou salas verdes em um esforço para proteger os artistas.
Foto Destaque: Mariah Carey e outros. Reprodução/Instagram.
