Nesta sexta-feira (10), o presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional e disse que a divisão da sociedade norte-americana é “tão grave quanto no Brasil” e fez comparações entre Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump.
Nesta tarde, o presidente se reuniu com o senador norte-americano Bernie Sanders, em Washigton, parlamentar que é conhecido como umas das principais referências da esquerda do Partido Democrata. Logo mais, ele se encontrou com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais e com o presidente Joe Biden. “Aqui também há uma divisão, tão grave quanto no Brasil. Democratas e republicanos estão muito divididos”, disse ele, que complementando que o Brasil não tem “uma cultura de ódio”. De acordo com Lula, “nunca poderíamos imaginar que em um país que era o símbolo da democracia no mundo alguém pudesse tentar invadir o Capitólio”.
O compromisso com o senador e presidente acontece pouco mais de um mês depois do ataque antidemocráticos de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A TV norte-americana, o petista definiu Bolsonaro como “fiel imitação de Trump” e afirmou “eles não gostam de sindicatos, do setor de negócios, de trabalhadores, de mulheres e de negros”. Porém, Lula disse que acreditar que nem todos que votaram em Bolsonaro seguem o bolsonarismo.
Mais tarde, assim que se encontrou com Joe Biden na Casa Branca, Lula o agradeceu pelo cumprimento após a vitória nas eleições, agradeceu pela defesa da democracia e parabenizou Biden pelo discurso do Estado da União no Congresso norte-americano. O presidente do Brasil citou sobre a necessidade da preservação da Amazônia e propôs a construção de uma aliança contra o aquecimento global. Joe Biden reafirmou o apoio à democracia brasileira, reforçou que os dois países são as duas maiores democracias do hemisfério ocidental e reafirmou o combate ao aquecimento global.
No fim, Joe agradeceu a Lula pela parceria: “Presidente, obrigado pelo seu empenho em avançar a nossa parceria. Este é um momento importante para os nossos países e acredito que para o mundo inteiro. Eu pessoalmente espero com otimismo trabalhar com o senhor. Obrigado pela sua presença”, finalizou o presidente dos Estados Unidos. O encontro também significa uma reaproximação entre os dois governos, já que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, não possuía um diálogo com Joe, logo, Biden pretende aproveitar a mudança de gestão no Brasil para estreitar laços entre as duas economias das Américas.
Foto Destaque: Lula e Biden se reúnem no Salão Oval da Casa Branca — Foto: Reprodução: Jonathan Ernst/Reuters